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Tennis World Tour

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Finalmente um simulador de ténis para a geração atual.

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Já se passaram sete anos desde o lançamento de Top Spin 4, o último jogo de ténis a abraçar por completo um espírito de simulação. Está mais que na hora de aparecer um novo jogo que preencha esse vazio, o primeiro para a geração atual, e é isso que a Breakpoint Studio pretende oferecer com este Tennis Would Tour. O facto de estarem presentes vários membros da equipa que produziu Top Spin ajuda a legitimar essa transição, e dois desses membros, o Diretor Criativo Etienne Jacquemain e o Produtor Romain Ginocchio, conversaram com o Gamereactor sobre o objetivo do projeto.

Ficou bem definido que o caminho de Top Spin é o percurso a seguir, e não algo como Virtua Tennis, que é uma experiência mais arcade. O estúdio afirma que esse objetivo obriga a um trabalho mais elaborado, com animações realistas que possam corresponder a uma física da bola mais solta e trabalhada. O estúdio afirma que vão apresentar uma jogabilidade de 60 frames por segundo, completa com animações criadas com a ajuda de um estúdio de captura de movimentos e vários tenistas profissionais.

Existe grande ambição por parte da Breakpoint Studio, mas também um claro problema de orçamento. Isso será mais evidente ao nível das licenças, com a ausência de vários tenistas famosos - Rafael Nadal e Andy Murray são dois ausentes, por exemplo. Ainda assim, podem contar com a presença de grandes estrelas como Roger Federer, Stanislas Wawrinka, Gael Monfils, e Lucas Pouille. O jogo será lançado com algo como 30 tenistas licenciados, embora a maioria sejam jovens atletas que ainda estão a criar o seu nome na indústria. O número em relação a tenistas femininas é ainda mais reduzido, com apenas cinco nomes licenciados. Caroline Wozniacki e Garbiñe Muguruza são duas atletas já confirmadas.

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Este é o plano para o lançamento do jogo, mas a Breakpoint Studio não exclui a hipótese de introduzir mais atletas via expansões. Isso, contudo, ainda está a ser discutido ao nível dos direitos com as respetivas entidades.

Ao nível dos courts, o objetivo de recriar a experiência mais autêntica possível manteve-se. O jogo será lançado com 18 campos de vários tipos, que não só simulam as características das superfícies, mas também jogos a grandes altitudes, onde a respiração é mais difícil. Terra, tapetes, madeira... cada campo terá as suas próprias características com físicas realistas que vão afetar a bola e os atletas.

Tennis World Tour vai incluir os modos de jogo mais típicos, nomeadamente partidas isoladas, jogabilidade online, e um modo carreira - o principal modo de jogo. Os jogadores vão jogar com a sua própria personagens, totalmente personalizável, e ao longo da carreira vão desbloqueando mais de 500 acessórios que podem usar para destacar ainda mais a personagem. Também terão de conseguir um treinador, que vos ajudarão a personalizar as habilidades do atleta através de cartas específicas. Antes que perguntem, não, estas cartas não são disponibilizadas através de loot boxes. Em vez disso têm de progredir na carreira e interagir com o treinador para desbloquearem cartas de habilidade. Cada treinador tem um conjunto específico de cartas, e o jogador deve escolher os treinadores de acordo com o estilo de jogo que preferem.

Estas cartas dividem-se em dois tipos - movimentos que podem executar no jogo e características passivas. Terão várias cartas dos dois tipos, mas a Breakpoint Studio assegura que o objetivo não é tanto uma mentalidade das "melhores cartas", mas antes uma estrutura que proteja mais a variedade de estilos do que a qualidade das cartas. Por outras palavras, devem escolher as cartas de acordo com o vosso estilo de jogo, e não pela qualidade pura das cartas. Além dos acessórios e das cartas, existe um outro campo de personalização - os atributos. Podem gastar pontos em três áreas específicas: defesa, ataque, e serviço; mas não de forma desequilibrada. Podem especializar-se numa área, mas não podem gastar os pontos todos numa só área. O jogo foi desenhado de forma a que obrigue a um mínimo de equilíbrio.

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No modo carreira também será importante gerir a resistência física da personagem, dentro e fora do court. Existem vários elementos que podem a resistência, como a proximidade de datas dos eventos, e também a distância. Se um torneio tiver lugar num local que crie jet-lag, o jogador irá cansar-se mais rápido e até pode lesionar-se com maior facilidade. Isto significa que os riscos dos treinos e dos jogos são maiores, criando um dilema ao jogador - jogar pelo seguro para evitar cansaço e lesões, ou arriscar essas possibilidades mantendo o progresso gradual da personagem?

O que jogámos, tanto no modo carreira, como nos outros modos, foi sempre um contra um. A Breakpoint Studio garante que eventualmente irá introduzir um modo de pares em Tennis World Tour, de forma gratuita, mas avisa que esse modo não vai estar disponível a tempo do lançamento. Aparentemente ainda não conseguiram garantir 60 frames por segundo no modo de pares, e para a Breakpoint Studio, essa fluidez de jogo é essencial para a jogabilidade.

O que jogámos pareceu-nos bastante fluído, e ainda que existam alguns por 'bugs' por retirar, a jogabilidade está já num bom estado. Como se esperava, é uma jogabilidade a roçar a simulação, mais exigente que algo como Virtua Tennis. O timing é muito importante, tal como o posicionamento do jogador, a direção da bola, e o poder da jogada. Existe aqui grande promessa, mas também arestas por limar.

Também experimentámos a versão Nintendo Switch, a correr em modo portátil, e pareceu-nos igualmente fluída. Existe um óbvio compromisso gráfico comparando com as outras versões, mas o tamanho do ecrã ajudou a disfarçar essas deficiências. Esta versão Switch será também mais acessível, com uma curva de aprendizagem mais suave que as outras versões. Independentemente da plataforma, Tennis World Tour mostra potencial para preencher um vazio nos jogos de desporto atuais, sobretudo se os problemas menores que referimos forem resolvidos e a jogabilidade afinada.

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