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Star Wars Battlefront II

Star Wars Battlefront II - Antevisão da Estória

Já jogámos a campanha a solo, e estas são as nossas primeiras impressões.

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A ausência de praticamente qualquer tipo de conteúdo a solo foi uma das maiores queixas de Star Wars Battlefront, e é algo que a DICE pretende resolver com o auxílio da EA Motive, estúdio encarregue da campanha de estória. O objetivo internamente é fazer algo parecido com o que a Respawn fez com Titanfall e a sequela, ou seja, passar de um jogo sem estória, para um jogo com uma campanha capaz de se manter firme por si só.

Num evento recente em Espanha tivemos finalmente a oportunidade de experimentar estar campanha, e ainda que partes da demo tenham sido pouco ativas, e ainda existam problemas que têm de ser resolvidos, no cômputo geral acabámos por desfrutar do nosso tempo com a demo. Gostamos que, para variar, a estória seja contada através da perspetiva do Império. O jogo arranca durante o final de Star Wars: O Regresso do Jedi, quanto a estrela da morte está prestes a explodir depois da morte do Imperador. Os jogadores vão assumir o papel da nova personagem original, Iden Versio, a comandante de uma unidade de elite do Império chamada Inferno Squad. É uma abordagem interessante, porque aos olhos de Iden Version, os rebeldes são os vilões.

A primeira missão serve de introdução às mecânicas de explorador e soldado que vão evoluir ao longo da campanha. Inicialmente começa como um jogo de ação na primeira pessoa contido, confinado a corredores, mas com uma curiosa surpresa. Estamos a controlar ID-10, o andróide tático de Iden. É um andróide voador, semelhante ao Viper Probe Droid, capaz de explorar o cenário e aceder a terminais, navegar condutas de ventilação, e atordar inimigos. ID-10 consegue ainda adaptar-se às costas de Iden, num formato semelhante à de Clank em Ratchet e Clank.

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Esta secção introdutória está cheia de pormenores engraçados, como rebeldes com estilos de penteados semelhantes a Leia, andróides atarefados a apagar planos do Império, cápsulas de fuga, e portas automáticas emperradas. Pareceu-nos um arranque digno de Star Wars. Não esperávamos, contudo, que se notassem tantos as raízes multijogador do jogo. As animações são fracas (boas para um contexto online, mas pobres para uma campanha), e o comportamento da inteligência artificial é bastante fraco.

O primeiro capítulo, The Battle of Endor, arranca com o assalto final dos rebeldes, na floresta dos Ewoks, que todos sabemos como acaba. Também aqui a jogabilidade arranca num espírito muito semelhante ao que encontramos na experiência online, enquanto trabalham com o resto do pelotão de Iden. A protagonista tem também acesso às suas próprias habilidades, e existem várias armas que se adequam a diferentes situações.

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Star Wars Battlefront era um jogo impressionante numa perspetiva gráfica, e a sequela não lhe fica atrás, nem mesmo na campanha. É um ambiente luxuoso, e apesar de lembrar o modo online, existem algumas atividades diferentes, como explorar o cenário à procura de itens ou colecionáveis, e emboscar os rebeldes. No modo multijogador podem usar Star Cards, que aqui são as habilidades pre-definidas de Iden. Existem cartas para diferentes situações, como a Killstreak Vanguard, que permite continuar a disparar uma poderosa caçadeira enquanto continuarem a eliminar oponentes de forma sucessiva. É uma carta de risco e recompensa, já estarão mais expostos à procura de inimigos, mas equipados com uma arma muito poderosa. Também usámos granadas e escudos, por exemplo.

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Lembram-se das Supply Crates, as Loot Boxes do modo online? Também vão estar na campanha a solo, embora aqui não sejam tão intrusivas como no espaço multijogador. Ainda assim, é uma escolha que funciona mal, mesmo considerando apenas o lado de design, já que abrir uma Supply Crate envolve ir a um menu próprio, e isso quebra o ritmo de jogo. O sistema em si tem o seu apelo, permitindo receber novas cartas, e se não gostarem, podem destruí-las e construir mais cartas com os recursos. Também achámos curioso que algumas cartas estejam presas a um espaço específico, o que significa que terão de escolher entre várias cartas boas para uma posição.

No fim da missão assistimos ao momento que já foi exibido nos trailers, quando Iden e o seu esquadrão assistem à destruição da Estrela da Morte e à morte do Imperador. A missão aqui transforma-se numa luta pela sobrevivência, enquanto tentam chegar a um dos poucos Tie Fighters que restam. O que se seguiu foi uma perseguição espacial com uma espetacular sensação cinemática.

A transição da sequência a pé, para o Tie Fighter correu bastante bem, mas os momentos seguintes marcaram o ponto mais alto da demo, com passagem para secções a pé, e depois novamente para o espaço. No capítulo 2, The Dauntless, vão começar a voar pelos destroços massivos da Estrela da Morte. É uma forma eficaz de habituar o jogador aos controlos da nave. Depois de receberem instruções a bordo da nave Corvus, regressam ao espaço para nova batalha espacial.

Um dos pormenores que mais nos impressionaram é que, depois da batalha, podem voar com o Tie Fighter para uma enorme nave dos rebeldes, "estacionar" lá dentro, e transitar para combates a pé. É tudo muito cinemático, com valores de produção dignos de Star Wars, e uma boa variedade de situações de jogo. Mostra um nível de cuidado interessante, uma atenção importante ao detalhe, que gostaríamos de ver ao longo do resto da campanha. Se isso acontecer, podem ser um atrativo interessante mesmo para quem não está investido no modo online. Quanto à longevidade, a EA Motive já revelou que está a apontar para as cinco a sete horas de jogo, ou seja, algo na linha habitual de Call of Duty e Battlefield.

Evitámos referir momentos específicos da estória, além do que já tem sido mostrado nos trailers, mas gostamos deste conceito por trás da campanha de Star Wars Battlefront II. O facto de pertencer oficialmente à saga principal (vale o que vale, mas a Disney já disse que é oficial), dá uma importância acrescida a esta estória. A base multijogador notou-se mais do que gostaríamos, mas é inegável que estão aqui alguns momentos cinemáticos de grande qualidade. E independentemente de como correr, qualquer modo estória é melhor que nenhum modo estória como no jogo anterior.

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