Português
Gamereactor
antevisões
Homefront: The Revolution

Homefront: The Revolution

Com o encerramento da THQ, Homefront conheceu um retrocesso significativo. Agora, sob a tutela dos criadores de Crysis, conseguirá renascer?

HQ

Quando a THQ abriu falência, a maioria dos seus jogos e direitos foram vendidos a outras editoras, e isso criou a oportunidade para que algumas séries pudessem receber uma nova visão e direção. Muitos dos projetos vendidos já tinham arrancado, mas existiam três séries que estavam numa espécie de limbo quando a desgraça bateu à porta da THQ, três séries que terão a oportunidade de renascer debaixo de nova gerência. Um deles é Darksiders, que deverá ressurgir em breve (quem sabe na E3), o outro é Red Faction, cujo futuro é ainda incerto. Por último temos Homefront, que foi a tentativa da THQ de competir no mercado de Call of Duty e Battlefield.

Até ao lançamento do Homefront original, os jogadores e a imprensa foram bombardeados com campanhas de marketing dispendiosas. O jogo de 2011 passou-se num futuro próximo, onde também a Coreia do Norte tinha invadido e ocupado os EUA. O conceito, embora promissor, acabou por se perder numa jogabilidade na primeira pessoa excessivamente familiar e uma campanha curta. O jogo acabou por não ter o sucesso esperado e terá um dos fatores que contribuíram para o encerramento da THQ.

Homefront: The Revolution

A sequela chegou a ser mencionada e confirmada pela THQ, mas o trabalho da produtora original, Kaos Studios, acabou por ser cancelado e Homefront passou para a Crytek, mas não mais ouvimos falar do jogo, até à semana passada, quando a Crytek nos convidou para uma visita aos seus estúdios. Foi assim revelado Homefront: Revolution, que está a ser produzido pela Crytek UK (antiga equipa da Free Radical - TimeSplitters) para PS4, Xbox One, PC e Mac, com lançamento previsto para 2015.

Publicidade:

O conceito original mantém-se - a Coreia do Norte invadiu e ocupou os Estados Unidos da América - mas a narrativa decorre quatro anos mais tarde, em Filadélfia. Homefront permanece um jogo de ação na primeira pessoa, mas a abordagem da Crytek UK é bastante diferente. Revolution terá um foco maior na sobrevivência e irá passar-se em áreas enormes, que o jogador poderá explorar a solo ou com a companhia de três amigos em modo cooperativo. Um mapa no ecrã indica que ruas proporcionam os melhores esconderijos, mas a exploração não leva imediatamente a tiroteios. Se mantiverem a arma longe de vista e não participarem em atividades ameaçadoras, poderão explorar a área com relativa descrição. Podem observar as rotas dos inimigos, detetar falhas nas estações de controlo e anotar as localizações das câmaras, enquanto se misturam com os outros habitantes.

Homefront: The Revolution

Isto não é um jogo de ação na primeira pessoa tradicional e os tiroteios serão normalmente a conclusão de algo muito maior, não a base da experiência. Com as tropas norte-coreanas fortemente armadas, terão de tentar uma abordagem de guerrilha - emboscadas e infiltração serão componentes essenciais para sobreviverem aos combates. Se roubarem um smartphone das tropas vão conseguir a localização de várias ameças, enquanto que uma invasão furtiva aos armazéns pode valer itens valiosos, como peças de armas que permitirão construir armamento personalizado.

Os melhores brinquedos estarão guardados por soldados, atrás de portões de segurança. Tanques e helicópteros podem ser chamados se considerarem que a ameaça da resistência é digna disso, por isso todo o cuidado é pouco. Com o evoluir da ação, eventualmente vão desbloquear bases para a resistência, de onde podem planear maiores assaltos.

Publicidade:

Durante a demo que a Crytek nos mostrou, observamos enquanto o protagonista criou um carro telecomando explosivo. À distância, conseguiu guiá-lo pelas sombras até se colocar por baixo de um carro de transporte dos norte-coreanos. A detonação é também um sinal para os nossos três parceiros, que aproveitam o caos para atacar os guardas a partir de esconderijos. De arma em riste, juntámo-nos ao tiroteio.

Homefront: The Revolution

A demonstração foi curta, mas visualmente impressionante. O CryEngine (tecnologia de Crysis) parece estar a funcionar bem na nova geração e em termos de ambiente lembrou-nos mais The Division do que exatamente Homefront. É um mundo desgastado aquele que presenciámos enquanto a chuva acrescentava ao ambiente desolador. A cidade não estará totalmente disponível de início e nem devem assumir que é um mundo aberto, mas antes uma cidade dividida por várias áreas grandes, não uma única zona massiva.

A Crytek Uk promete uma ocupação reativa por parte dos norte-coreanos, com resposta orgânicas dos inimigos controlados pela IA. As ações dos jogadores também terão impacto na forma como a cidade se desenvolve e no comportamento dos cidadãos, gradualmente inspirados pela resistência.

Foi uma amostra curta, mas promissora, e queremos ver mais do jogo na E3 e na Gamescom. De aspeto parece um título genuíno de nova geração e as ideias, embora não particularmente inovadoras, podem resultar numa experiência interessante. Esperemos então que seja uma revolução verdadeira ao contrário do Homefront original.

HQ
Homefront: The RevolutionHomefront: The Revolution

Textos relacionados



A carregar o conteúdo seguinte