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Raiders of the Broken Planet

Visitámos o estúdio que criou Castlevania: Lords of Shadow, e descobrimos o seu novo projeto.

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Depois do excelente Castlevania: Lords of Shadow, a Mercury Steam perdeu-se um pouco com a sequela. Alvos de muitas críticas, Enric Álvarez, Dave Cox, e o resto da equipa, estiveram calados durante vários anos. Agora decidiram mostrar-nos o seu novo projeto, Raiders of the Broken Planet, um shooter assimétrico online. A apresentação foi interessante, no sentido em que nos mostrou os vários sistemas que estão a trabalhar nos bastidores do jogo. Contudo, um jogo deste género, de jogabilidade cooperativa e competitiva, deseja-se imediato e acessível, e é isso que Raiders of the Broken Planet pretende oferecer.

Segundo a Mercury Steam, a ideia é apresentar ao jogador uma experiência que seja de acesso imediato, fácil de pegar e jogar, mas que exija esforço para ser dominada. Ainda é cedo para dizer se o jogo vai cumprir esse objetivo, mas podemos já garantir que nos parece algo original e único. Parte desta criatividade surge com o facto de não estarem presos a uma editora, como estavam com Castlevania e a Konami.

Raiders of the Broken Planet é um jogo de ação na terceira pessoa, de quatro conta 1. O grupo de quatro elementos representa os Raiders, enquanto que o jogador solitário é o antagonista. Existem outros jogos assimétricos que permitem ao jogador solitário controlar uma personagem muito mais poderosa, como Evolve, por exemplo, mas o que distingue Raiders of the Broken Planet, é que neste caso isso não acontece.

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O jogador solitário terá o objetivo de impedir que a equipa oposta cumpra os seus objetivos, e para isso terá o auxílio de soldados controlados pela inteligência artificial. Do outro lado, o objetivo da equipa não será o de matar o antagonista, mas antes o de cumprir as missões que receberam. Claro que podem matar o jogador solitário, mas este vai sempre reaparecer depois de morto, algo que não acontece com o grupo, que tem um número de mortes limitado. Mais, sempre que um dos elementos do grupo morre, o tempo que demora para esse jogador voltar a aparecer vai aumentando.

Quando estão a jogar em equipa, devem tentar formar um grupo que se complete, com personagens cujas características funcionem bem em conjunto. O tipo de ojbetivos que terão de cumprir são variados, e incluem missões como escoltar uma personagem, destruir um robô gigante, ou aceder a um terminal escondido. Embora as personagens sejam idênticas para os dois lados, a forma como as usam muda. Enquanto em equipa devem ter em consideração os companheiros, o jogador solitário pode dar primazia a outras habilidades mais destrutivas.

Raiders of the Broken Planet não vai ter um formato episódico, mas será lançado em quatro vagas. Depois de uma beta que está prevista para breve, o plano é lançar quatro campanhas separadas, que contam a estória de algumas das personagens do jogo. Não existem ligações importantes, nenhuma ordem específica, ou grandes surpresas no fim. O objetivo é que o jogador possa jogar a campanha que quiser independente das outras. Cada campanha pode ser comprada avulso "por um preço incrível", que ainda não sabemos, enquanto que o passe de época vai englobar todo o conteúdo. Podem no entanto jogar o prelúdio de cada campanha gratuitamente.

A Mercury Steam recusa reconhecer um formato de acesso antecipado, mas admite que outro dos objetivos é permitir uma evolução consistente do jogo, através do feedback dos jogadores e do que vão descobrindo ao longo do caminho. Em termos de modos de jogo, não esperem muitas opções. Além da escolha entre Raider ou Antagonista, não existem modos de jogos para considerar (excepto o treino a solo). Mais do que dispositivos narrativos, as missões pretendem mostrar ao jogador táticas e estilos jogo.

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O que isto significa é que vão ver uma sequência introdutória no início da missão, vão saber quem está envolvido, e o que pretendem fazer. Os objetivos serão depois definidos em contexto com a estória, seja enfrentar ondas de inimigos, derrotar bosses, controlar pontos do mapa, resgatar Raiders, ou manter personagens vivas. A base é a de um jogo de arenas com objetivos, mas o contexto narrativa acaba por dar outra imersão à experiência.

Raiders of the Broken Planet é um projeto ambicioso, com níveis de produção elevados para o que é um jogo independente. O estilo artístico é propositadamente exagerado, mas as personagens são detalhadas, a qualidade das cutscenes é elevada, e a música impressiona. A Mercury Steam afirmou que as quatro campanhas já está escritas e definidas, e que agora só precisam de perceber a direção em que os jogadores pretendem caminhar.

A jogabilidade tem grande profundidade, com um elaborado sistema de combate de curto alcance. Esperem contra-ataques, agarrões, desvios, e uma constante motivação para conseguir o timing e a distância perfeitas. Uma componente importante do jogo é a ação furtiva, que embora não seja o foco da jogabilidade, é essencial para a experiência. Fora do combate há a considerar habilidades, armas, papéis a desempenhar, e até um sistema de cartas ligado ao progresso do jogador. Para manter o jogo dinâmico ao longo dos meses, serão apresentados eventos que vão mudar os parâmetros normais das missões, e ainda existe uma Liga de Antagonistas para consultarem os melhores jogadores solitários.

É bom ver que a Mercury Steam voltou a tentar algo arrojado depois de ter desaparecido com Castlevania: Lords of Shadow 2. Raiders of the Broken Planet parece ter ingredientes únicos suficientes para ganhar destaque entre o género, e do que vimos, consegue mascarar os muitos sistemas de jogo com uma boa interface e menus simples. Parece ser algo fresco e corajoso, e estamos muito interessados em acompanhar o seu progresso.

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