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Mafia III

Mafia III

Fomos espreitar Mafia III uma última vez, antes do lançamento em outubro.

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O terceiro capítulo de Mafia será diferente dos dois anteriores, desviando-se da estória do império do crime para contar a luta de vingança de um homem. E pareceu-nos uma boa abordagem. A estória não linear, casada com uma experiência que intercala jogabilidade e sequências de vídeo, levou-nos numa sessão intensa de algumas horas. A nossa viagem de vingança começou nas ruas calorentas de New Bordeaux, e durou quatro horas de jogo. Foi o maior tempo que passámos com o jogo, e deixou-nos com indicações positivas para o lançamento em oututbro.

O protagonista de Mafia III, Lincoln Clay, regresso a New Bordeaux (versão fictícia de Nova Orleães) depois de ter servido na guerra do Vietname, em 1968. Lincoln pretende despedir-se dos seus amigos, mudar-se para a Califórnia, e começar um trabalho que um colega lhe ofereceu. Antes disso, contudo, Lincoln descobre que os seus amigos estão a enfrentar dificuldades devido aos gangues locais. Como o homem de ação que é, decide fazer algo para ajudar, e em pouco tempo os seus sonhos de um trabalho honesto junto à praia transformam-se num banho de sangue pelas ruas da cidade.

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O forte tom cinemático de Mafia III salta imediatamente à evidência, e a narrativa não linear torna a estória ainda mais poderosa, libertando pormenores acerca do contexto e das personagens. As sequências cinemáticas fazem brilhar o grafismo de qualidade do jogo, que se misturem ininterruptamente com a jogabilidade. As escolhas do jogadores durante a aventura também vão influenciar eventos e diálogos com as personagens.

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A Hangar 13 fez um excelente trabalho na forma como capturou o ambiente dos anos 60, e a banda sonora encaixa como uma luva para cumprir esse objetivo. A seleção de músicas é uma delícia, e vão ouvi-las em vários contextos, como a tocar num café, por exemplo. A banda sonora também é usada para intensificar as sequências de ação, e não resistimos a largar um sorriso quando ouvimos clássicos de Rolling Stone e Little Richard a tocar.

Tecnicamente, Mafia III não é nada de revolucionário, mas o jogo tem bom detalhe. Mais importante que isso, New Bordeuax é uma cidade cheia de vida, e as suas pessoas parecem ser interativas. Encontrámos contudo alguns problemas técnicos menores, mas como ainda não era uma versão final, não sabemos se vão estar no jogo ou não. Pelo menos é possível garantir que as animações das personagens são bem diversas, tanto para as figuras principais, como para as secundárias. As animações faciais foram particularmente impressionantes durante as sequências cinemáticas.

Mafia III funciona como os jogos anteriores - é um jogo de ação na terceira pessoa em mundo aberto -, e inclui tiroteios, condução, combate corpo-a-corpo, e exploração. Também existe uma mecânica para abrir fechaduras, mas pelo que vimos na demo, só é usada em pontos específicos da estória. E se gostam de ação furtiva, sim, também existem formas de eliminar inimigos silenciosamente. Como referimos em cima, podem fazer escolhas durante o jogo, mas não conseguimos perceber se isso influenciou a narrativa ou não. Seja como for, a Hangar 13 garante que o jogo pode ser mais ou menos violento dependendo das ações do jogador.

A mudança de personagem e de cidade em relação a Mafia II marcaram imenso as primeiras horas de jogo. Este Mafia III pareceu-nos estar bem mais perto de um Grand Theft Auto do que do conceito original de Mafia. Outro factor diferenciador é que em Mafia III podem gerir um negócio, dividido entre as habituais fases de conquista, gestão, e proteção para que o dinheiro continue a entrar. O tempo disponível não nos permitiu desfrutar desta função devidamente.

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Pareceu-nos que a produtora dedicou imenso tempo às personagens, de forma a torná-las tão reais e distintas quanto possível. O protagonista Lincoln não nos atraiu numa primeira instância, algo frio e distante, mas foi ao encontro do seu passado como veterano de guerra. Esse afastamento foi dissipando ao longo das horas, conforme percebíamos o tipo de dificuldade que está a enfrentar. A cidade de New Bordeaux também tem grande personalidade, e oferece vastas oportunidades para atividades criminosas. Existem vários distritos repletos de objetivos secundários, que até incluem a procura e a recolha de edições clássicas da Playboy.

Mafia III pareceu-nos um jogo em mundo aberto muito promissor. Não tivemos muitos jogos deste tipo nos últimos meses, sobretudo com este tom tão realista e atmosférico. Embora não seja um género incomum, Mafia III pareceu-nos único o suficiente para ganhar o nosso interesse e entusiasmo. Nunca estivemos tão ansiosos por Mafia III como depois desta sessão de jogo, e mal podemos esperar pelo dia 7 de outubro para voltarmos a New Bordeaux.

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