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Hitman - Episódios 2 e 3

O que podem esperar da continuação de Hitman?

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Talvez entusiasmados com o sucesso de Life is Strange, a Square Enix decidiu implementar a mesma estrutura episódica para o novo Hitman. Isso significa que o jogo que está atualmente à venda por € 14.99 é apenas o prelúdio e a primeira missão em Paris (podem ler a nossa análise a esse conteúdo inicial aqui). Mais tarde serão lançados os episódios que vão completar a experiência, e o Gamereactor já teve a oportunidade de conhecer melhor os próximos capítulos durante uma visita à IO Interactive.

Cada episódio de Hitman pretende introduzir a continuação da história, mas não só, vão também incluir novas zonas para o jogador explorar. São áreas massivas com várias oportunidades secundárias, além da peça de história que acrescenta ao arco geral da experiência. Vão encontrar vários contratos para realizarem, criados pela IO Interactive, mas podem também experimentar os desafios inventados pelos jogadores. Os mais atentos podem descobrir documentos ou ouvir conversas que, embora possam parecer pouco importantes no momento, farão mais sentido no contexto geral da história. A IO pretende que seja o cenário e os eventos a contarem a narrativa, e não apenas as sequências de vídeo.

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Durante a apresentação tivemos a oportunidade de conhecer melhor os dois próximos episódios - Sapienza e Marrakesh. O primeiro é localizado numa cidade fictícia na costa de Itália, com vários monumentos, muitos turistas, e uma praia lindíssima. O turismo será o centro deste episódio, que embora seja baseado num local que não existe, parece autêntico. Os primeiros instantes a caminhar por Sapienza encheram-nos de esperança quanto ao futuro de Hitman. O sol estava a bater bem quente no centro de uma praça em frente a uma igreja antiga, enquanto o Agente 47 lia um jornal sentado num banco. Caminhámos por ruas apertadas, mas acolhedoras, visitámos um barbeiro, apreciámos a vista para a praia, e resistimos à tentação de apreciar um café na esplanada. Este é afinal de contas um jogo sobre um assassino profissional, mas o nível transpira atmosfera.

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No meio da cidade está uma enorme mansão, a Villa Caruso, onde um perito em bioengenharia chamado Silvio Caruso vive. Infelizmente para a sua saúde, Silvio está a desenvolver um vírus bastante importante, que algumas pessoas pretendem recuperar depois da vida de Silvio terminar. Não podemos revelar grandes detalhes sobre o tipo de opções que vão encontrar neste nível, mas fiquem descansados que terão muita oportunidade para exploração e homicídios criativos.

Este nível em Sapienza é também um bom exemplo de um estilo de design que a produtora refere como "queijo-suíço". Não existem pontos sem saída, no sentido em que existe sempre uma estratégia que podem tentar, ou um método novo de completar um objetivo. Por exemplo, entrámos num edifício, trepámos várias janelas e varandas, e interrompemos as tardes descansadas de vários morados. Não foi discreto, mas mostrou a liberdade do nível. Supostamente também existe um laboratório secreto e um sistema de catacumbas na cidade que os jogadores podem descobrir. A hora que passámos a jogar não chegou para testar nem um terço das possibilidades que existem em Sapienza, mas este segundo capítulo mostrou claramente que a qualidade do primeiro episódio é para manter, e o que vimos do terceiro parece seguir o mesmo caminho.

Ao contrário do que se passou com Sapienza, não tivemos a oportunidade de experimentarmos nós próprios Marrakesh, já que ainda está numa fase atrasada de desenvolvimento. Tivemos no entanto direito a uma visita guiada virtual. Esta cidade marroquina está a atravessar um momento difícil, gerado por um golpe militar do governo. No meio do caos está um banqueiro suíço, que roubou dinheiro ao estado e escondeu-se na embaixada suíça. Apesar de toda a confusão e manifestações públicas, ainda existe muito turismo na cidade, com vários cafés, pontos de interesse e ruas onde podem agarrar novos objetivos.

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Este terceiro capítulo também mostra que a IO Interactive está a tentar manter a experiência geral muito variada, com temas para cada área do jogo. Paris é uma área contemporânea clássica, Sapienza lembra-nos das aventuras de espiões dos anos 70, e Marrakesh transborda com a intensidade dos thrillers políticos. Existe grande tensão no ar, reforçada com uma forte presença militar nas ruas. Cabe ao jogador descobrir formas de aproveitar essa intensidade a seu favor, mas a atmosfera é genial. Os ecrãs de televisão mostram notícias de última hora, os turistas regateiam o preço de tapetes persas e helicópteros militares patrulham os céus. É um cenário completamente diferente do que vimos na costa italiana ou na capital francesa.

A embaixada faz naturalmente parte do nível, desenhada com vários andares. Entrar não será fácil, mas se forem criativos e atentos vão descobrir mais do que uma maneira de acederem ao edifício. Uma escola abandonada é também o cenário de uma base militar improvisada, que promete ter ainda mais oportunidades para o jogador explorar. E ficaríamos surpreendidos se o Agente 47 não encontrasse forma de criar algum tipo de distração com os manifestantes que reclama na rua.

Gostámos imenso do capítulo inaugural de Hitman, e as primeiras impressões dos próximos dois episódios são francamente positivas. O facto de ser necessário esperar pelo menos um mês entre cada episódio é aborrecido, e aqui será interessante perceber de que forma os desafios criados pela Ubisoft podem ocupar os jogadores entretanto. Continuamos a não ser fãs da estrutura episódica que a Square Enix escolheu para o novo Hitman, mas como experiência geral, o jogo promete.

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