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The Legend of Zelda: Twilight Princess HD

The Legend of Zelda: Twilight Princess HD

Será uma lavagem HD suficiente para este clássico Gamecube/Wii atrair a nossa atenção?

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Há quem diga que a nostalgia tem uma forma engraçada de embelezar as memórias, em particular quando se tratam de experiências ligadas aos meios de entretenimento. Uma das séries que recordamos sempre com mais saudade, é a de The Legend of Zelda, mas quando repetimos a versão Wii de Twilight Princess durante o ano passado, a nossa memória de um jogo lindo esfumou-se em poucos minutos. A última vez que o tínhamos jogado, foi numa televisão quase tão profunda quanto era larga, mas entretanto ficámos mal habituados, com resoluções cada vez maiores e uma qualidade de imagem muito superior. Isso impediu-nos de conseguir jogar durante mais de cinco horas de jogo.

De forma mais objetiva, é fácil olhar para Twilight Princess e reconhecer os seus defeitos, como o início dolorosamente lento a que nos sujeita. Isso não significa que tenha perdido a capacidade de ser especial, porque ainda o é, beneficiando de um design, uma estrutura, e mecânicas de jogo bastante sólidas. Infelizmente, o lado técnico não envelheceu tão bem, e este será um dos jogos de The Legend of Zelda que mais acusou a idade.

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A intenção artística é óbvia, a de criar um tom sombrio e atmosférico que raramente vimos associado a um The Legend of Zelda, mas ao apostar em tantos detalhes de baixa resolução, Twilight Princess acaba por ser mais duro à vista que os clássicos de Nintendo 64 ou o antecessor Wind Waker. Uma pena, porque este capítulo de Zelda tornou-se numa experiência muito difícil de consumir numa televisão moderna.

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Felizmente, para quem como nós gostava de revisitar esse clássico, mas não suporta o grafismo antiquado, vai sair em breve uma remasterização HD para a Wii U. Foi a forma que a Nintendo encontrou para celebrar o décimo aniversário do jogo e os 30 anos que a série já leva a encantar os nossos corações. Recentemente passámos perto de 10 horas com a nova versão de Twilight Princess, e para dizer a verdade, ficámos mais impressionados com o resultado do que esperávamos.

A maior diferença surge no grafismo superior, melhorado em todos os campos, de tal forma que os trailers não lhe fazem justiça. As texturas foram todas trabalhadas de forma a se ajustarem à nova resolução de alta definição, e até podem reparar em alguns símbolos e detalhes que provavelmente eram demasiado pequenos ou desfocados na versão original. Também permite desfrutar dos pormenores nos trajes das personagens, e das localização, reforçando ainda mais a qualidade artística que já tínhamos elogiado. A Nintendo também trabalhou as cores e a iluminação, o que acabou por retirar um pouco o tom pesado do original. Nem todos os fãs vão apreciar essa decisão, mas parece-nos muito mais equilibrado como está agora. Quanto aos modelos 3D, retêm a mesma quantidade de polígonos, mas todos os outros melhoramentos gráficos são suficientes para transformar a experiência.

Esta mudança visual também acaba por melhorar o apreciamento de algumas sequências. Lembram-se do berço de Uli, roubado na vila de Ordon? Na versão de Gamecube era difícil descortinar onde estava exatamente o berço, porque tudo estava desfocado. Nesta versão de alta definição tudo está muito mais claro e limpo. Visto que Twilight Princess foi lançado em simultâneo para duas plataformas Nintendo, também vale a pena referir que a nova versão é baseada nos controlos tradicionais de Gamecube. Quem preferir um pouco de sensor de movimentos, também pode apontar na primeira pessoa utilizando o GamePad.

Reparámos que alguns pormenores da jogabilidade também foram refinados, sobretudo o controlo da égua Epona e da forma lobo de Link, embora ainda exista alguma sensibilidade exagerada nos comandos contextuais. Continua a ser frustrante que Link salte contra uma porta em vez de apanhar o item desejado, a não ser que esteja exatamente em cima do objeto. A interface e os menus também foram trabalhados, e apresentam uma elegância e simplicidade modernas, que facilita a gestão do inventário. Além de beneficiar de controlos táteis do GamePad.

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Entre os extras também encontrámos um novo alfabeto colecionável, que pode ser utilizado em mensagens no Miiverse. Nada de revolucionário, mas é um toque engraçado. Twilight Princess HD será também compatível com vários Amiibos de Zelda, que conferem várias vantagens e efeitos. A figura de Ganondorf, por exemplo, aumenta a dificuldade do jogo.

Alguns jogadores podem olhar para The Legend of Zelda: Twilight Princess HD como um título para encher catálogo, enquanto não chega o verdadeiro Zelda de Wii U que esperamos há tanto tempo. Felizmente, parece-nos que esta nova versão não merece ser catalogada dessa forma. As melhorias parecem suficientes para reclamarem a visita de antigos jogadores, e será uma excelente oportunidade para quem nunca experimentou esta gema. Da parte que nos toca, depois de 10 horas com a versão inacabada, estamos ansioso para gastar mais 50 ou 60 no produto final.

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