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Not A Hero

Not A Hero

Uma proposta... diferente, dos criadores de OlliOlli.

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"Votem em BunnyLord!" Ou pelo menos é isto que a Roll7 quer que os jogadores façam. A sua criação, um coelho antropomórfico, está a concorrer para o governo e precisa da vossa ajuda. "Então mas é suposto fazermos campanha nas ruas ou telefonar às pessoas?" Não, o vosso trabalho neste jogo de ação 2D, é matar pessoas. Disparar repetidamente. E depois disparar mais um pouco, de preferência na cabeça.

A Roll7 é mais conhecida pela sua implacável série de jogos de skate, OlliOlli. O ADN desses jogos está bem visível em Not A Hero, sobretudo mais próximo do fim, quando a dificuldade sobe consideravelmente. As últimas missões são um pesadelo, e vão obrigar-vos a muitas repetições. Como acontece nos jogos de skate da Roll7, vão precisar de reflexos apurados e um entendimento claro dos níveis para completarem Not A Hero.

Vão controlar várias personagens de um elenco que vai crescendo com o tempo, guiando-os através de níveis cheios de inimigos. Cada personagem tem uma habilidade que o distingue. Uma consegue correr e disparar ao mesmo tempo, outra consegue deslizar e disparar, e assim por diante. Outras conseguem equipar armas exclusivas, como uma caçadeira ou uma metralhadora. Todas são razoáveis durante os níveis iniciais, mas perto do fim pareceu-nos que certas personagens eram mais fortes que outras.

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Not A Hero é um jogo que envolve muitos tiroteios. Os inimigos abatidos deixam munições especiais que vos permitem mudar a tática de combate, embora existam opções melhores que outras. Algumas munições podem colocar os inimigos em chamas e outras fazem-nos voar para trás antes de explodirem. Alguns itens vão aumentar o clip de munições, acelerar o processo de recarregamento da arma ou permitir disparar através de cobertura. Também existem armas secundárias que podem colecionar, como granadas, armas estacionárias e um gato que explode, obviamente.

Not A Hero tem um sistema de cobertura, que é uma parte essencial do jogo, e existem vários tipos de inimigos que têm de aprender a ultrapassar. Com o avançar da aventura, os inimigos começam a utilizar habilidade diferentes, e isto obriga a um reajustamento constante por parte do jogador. Os seus números também começam a aumentar consideravelmente nos níveis mais avançados. Enquanto deslizam de cobertura em cobertura, o jogo começa a tornar-se numa dança frenética de balas e morte. Not A Hero (com gráficos pixelizados) é extremamente violento.

Cada personagem tem uma voz característica, que atira comentários sarcásticos tão frequentemente como disparam. Alguns desses comentários são particularmente engraçados, e foi um elemento que deu um charme muito especial ao jogo. É difícil não soltar um sorriso com algumas 'tiradas' das personagens, e existem momentos do jogo onde os argumentistas mostram bem o seu músculo criativo. O valor cómico de Not A Hero é sem dúvida um dos seus pontos mais fortes, mas existem momentos em que a produtora foi um pouco longe demais, chegado a um ponto quase obscuro ou absurdo.

Como podem esperar do estúdio que nos trouxe OlliOlli, a banda sonora do jogo é fantástica e o mesmo pode ser dito sobre a qualidade dos atores que dão voz às personagens. Também gostamos do grafismo pixelizado, complementado com grande detalhe e animações deliciosas. O jogo segue claramente o estilo característico da produtora, mas nota-se que a Roll7 começa a dominar as suas maiores forças neste campo visual.

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Not A Hero está recheado de níveis, e à semelhança de OlliOlli, podem desbloquear desafios extra para cada nível depois de os completarem. Dito isto, o último terço da campanha pode ser um pouco frustrante. O jogo nunca chega a ser injusto, mas existem momentos em que a precisão da jogabilidade não nos parece tão alta como em OlliOlli. Outro elemento que acrescenta ainda mais frustração é o comprimento desses níveis - ninguém gosta de morrer 'na praia' para ter de recomeçar tudo de novo. Se não queriam usar um sistema de Checkpoints, deviam ter feito níveis mais pequenos.

Depois de várias horas com Not A Hero, chegámos à conclusão de que é um bom jogo, mesmo que nunca nos tenha deslumbrado. Existem alguns níveis de qualidade, momentos genuinamente divertidos e certas sequências impressionantes, mas Not A Hero não é o melhor trabalho da Roll7. Se depender de nós, BunnyLord ganha as eleições, mas não com a maioria absoluta.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
Animações fantásticas. Banda sonora interessante. Habilidades originais. Experiência desafiante. Humor peculiar.
-
O humor por vezes é demasiado peculiar. Ritmo estranho e ineficaz da narrativa. O tamanho dos níveis pode originais algumas repetições frustrantes.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Mike Holmes

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