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I am Bread

I am Bread

Alguém deixou queimar esta torrada...

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Com este I Am Bread, a produtora Bossa Studios tentou seguir o mesmo espírito ridículo, mas cómico, de fenómenos como Goat Simulator, Octodad ou até o seu próprio Surgeon Simulator, ao criar um jogo onde vão controlar pães em vários níveis abertos. E sim, é tão ridículo quanto soa, mas só vão perceber o quão absurdo é este conceito quando o experimentarem. O que não percebemos, antes de jogarmos, é que os controlos para as fatias de pão são uma autêntica trapalhada, que nos causaram mais momentos de frustração do que diversão.

O objetivo do jogo é levar a fatia de pão para um local dentro da sala onde possa aquecer e tornar-se numa gloriosa torrada, mas sem causar muita confusão. É uma tarefa mais complicada do que possam julgar, dado os controlos trapalhões do pão (imaginem Octodad). Vão controlar cada uma das quatro pontas da fatia de forma independente, que podem colar-se a praticamente tudo no cenário, quase como se fossem tentáculos. Isto significa que podem trepar paredes e até apanhar pequenos objetos.

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Os quatro gatilhos do comando controlam as quatro pontas da fatia, e a ideia é que ao moverem essas pontas de forma independente, possam navegar o mundo de jogo. Tudo é governado por um sistema de física semi-realista, mas muito trapalhão. Honestamente, é provável que consigam aprender a tocar violino com mais facilidade do que vão dominar esta fatia de pão.

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Durante o percurso é provável que o pão comece a ganhar elementos extra, a maioria indesejáveis, como pó, formigas ou até pedaços de vidro. Se o pão se tornar demasiado estragado, perdem. Existem dois medidores que têm de observar com atenção. Um indica a percentagem comestível do pão, e o outro indica o nível de força com que a fatia se consegue segurar. Se perderem a força enquanto estão a trepar a parede, por exemplo, a vossa fatia vai cair. Imaginem que acabam dentro da caixa de areia do gato, ou num balde com água. Isso iria castigar severamente a barra de comestível do pão e teriam de recomeçar com uma nova fatia.

Se por acaso se fartarem do modo principal, existem mais algumas alternativas, mas não são melhores. Em Rampage podem criar o caos total com uma baguete, e embora seja um pouco mais cómico, ainda existe menos profundidade neste modo. Outra opção é Zero G, onde vão controlar um pedaço de pão equipado com um Jetpack. O objetivo passa por tostar ligeiramente o pão sem tocar em objetos. Ainda existe Bagle Race, que é muito simples, e Cheese Hunt, onde vão jogar como um pedaço de pão duro à procura de pedaços de queijo. Por último, podem jogar em Free Roam e explorar o cenário sem objetivos.

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Existem alguns elementos de I am Bread que têm um certo charme. O conceito é ridículo, mas pode ser divertido, enquanto que a música e o design têm um certo apelo. Infelizmente, I am Bread é uma experiência demasiado frustrante para ser divertida e em última análise é preciso perguntar: "divertimos-nos a atirar um pedaço de pão através do cenário?". A resposta, para a esmagadora maioria do tempo que passámos com o jogo, é "não".

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I am Bread baseia-se em mecânicas de jogo que não deixam espaço para erro, e é uma experiência extremamente aleatória e injusta. Além disso, não é assim tão cómico quanto isso, e muito menos quando é jogado a solo. É um jogo claramente apontado à "geração Youtube", sobretudo porque é o tipo de jogo que é bem mais divertido de ver do que jogar.

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05 Gamereactor Portugal
5 / 10
+
Design cheio de charme. Conceito divertido. Ver outros jogar é hilariante.
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Controlos extremamente frustrantes. Modos de jogo aborrecidos. Pouco conteúdos. Problemas técnicos frequentes.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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