LIVE
HQ
logo hd live | No Rest for the Wicked
See in hd icon

Chat

X
      😁 😂 😃 😄 😅 😆 😇 😈 😉 😊 😋 😌 😍 😏 😐 😑 😒 😓 😔 😕 😖 😗 😘 😙 😚 😛 😜 😝 😞 😟 😠 😡 😢 😣 😤 😥 😦 😧 😨 😩 😪 😫 😬 😭 😮 😯 😰 😱 😲 😳 😴 😵 😶 😷 😸 😹 😺 😻 😼 😽 😾 😿 🙀 🙁 🙂 🙃 🙄
      Português
      Gamereactor
      análises
      Civilization: Beyond Earth

      Civilization: Beyond Earth

      Civilization mostrou-nos o futuro - da humanidade e da série - e impressionou-nos.

      HQ

      Numa das melhores sessões de jogo que tivemos com Civilization: Beyond Earth, nada correu como planeado. Estávamos a jogar com a African Union, e aterrámos no canto sudoeste de um continente desértico. A norte existia espaço para mais uma, ou talvez duas, cidades adicionais. A leste também encontrámos território desocupado, que permitiria nova expansão. Mais do que isso e estaríamos demasiado perto das áreas governadas por raças alienígenas. Não era uma situação perfeita, mas teria de ser suficiente.

      Alguns turnos mais tarde, e a facção Brasilia - a que tem maior predisposição para guerra - aterrou mesmo no meio da área que tínhamos decidido tomar. Como se não fosse suficiente, encontrámos um enorme ninho alienígena pouco a norte da nossa capital. Perdemos vários turnos e muitas tropas a limpar esse ninho, antes que se tornasse numa ameça séria. Entretanto, os sul-americanos enviaram um colonista e encontraram uma cidade na nossa fronteira.

      Civilization: Beyond Earth

      O nosso plano inicial era mais contido, mas não podíamos deixar que isto continuasse. Concentrámos todos os recursos num ataque para correr com os sul-americanos das nossas terras, que resultou. Mantendo essa área fortemente armada, obrigámos os sul-americanos a expandirem noutra direção. Ainda assim, temos muito menos espaço do que desejávamos, e a maior parte dessa área é um deserto. Através de rotas de comércio muito lucrativas, conseguimos que Brasilia perdoasse o nosso conflito inicial, e tornámos-nos aliados. Enquanto expandem para leste, e confrontam outras nações, nós tentamos conseguir uma vitória rápido, estabelecendo contacto com vida inteligente no espaço. É uma vitória à justa, mas conseguimos, antes que Brasilia - quem mais podia ser - conseguisse a vitória por emancipação, e conquistasse a Terra antiga com um exército de ciborgues.

      Publicidade:

      Caso não tenham ainda lido muito sobre Civilization: Beyond Earth, este é o primeiro jogo oficial da série que esquece o passado e concentra-se no futuro, enviando-nos para o espaço à procura da colonização de um planeta novo. O jogo é uma óbvia referência a Alpha Centauri, um jogo também criado pela Firaxis, mas que nunca chegou a pertencer à série. Foi criado numa altura em que os direitos de Civilization estavam com outra editora. Beyond Earth não é uma sequela de Alpha Centauri, e difere em muitos aspetos, mas é um jogo obrigatório para fãs de Civilization e Alpha Centauri.

      Beyond Earth é baseado no mesmo motor de jogo que o antecessor, Civilization V. Tanto graficamente, como ao nível da interface, existem claras semelhanças com o jogo anterior, mas globalmente, Beyond Earth é muito mais que Civ V no espaço. Existem muitos conceitos novos em funcionamento e várias mecânicas de jogo inovadoras.

      Civilization: Beyond Earth

      A fundação da experiência é a mesma de sempre - explorar, expandir, aproveitar, exterminar. Explorem o novo planeta, cresçam e utilizem os vossos recursos para esmagarem os inimigos. O jogo está sempre a apresentar decisões interessantes ao jogador, e existe sempre algo para considerar em quase todos os turnos. O que deve cada cidade produzir? Que tecnologia deve ser investida? Será uma jogada inteligente partilhar recursos com outra fação?

      Publicidade:

      São decisões clássicas, mas Beyond Earth tem muitas mais na forma de novas missões. Alguns destes objetivos são lineares, como enviar um explorador investigar uma ruína, ou lançar dois satélites. Normalmente serão recompensados com mais recursos ou novas oportunidades científicas. Mais interessantes são as histórias que acompanham as vossas estruturas. O jogo relata episódios de como o povo começou a rezar para a vossa relíquia da Terra antiga, ou como uma raça de plantas alienígenas começou a criar raízes e a expandir-se junto a local crítico. Estas missões envolvem sempre uma escolha relacionada com um bónus para esse edifício. No fim, tudo se resume a escolher entre +1 de ciência ou +1 de saúde por turno, mas essa escolha raramente é óbvia, e no fim é uma forma de personalizar a experiência. Mais curioso ainda, podem ignorar a narrativa, se quiserem.

      Este tipo de interação pessoal está também presente nas bases do jogo, chamadas Affinities. Existem três: Purity é sobre manter uma ligação à humanidade, e tentar aproximar o novo mundo da Terra antiga. Harmony incentiva a uma co-existência com a biologia do novo mundo, e à procura de mudanças genéticas que nos evoluam. Quanto a Supremacy, é tudo à base de tecnologia - melhoramentos cibernéticos e a fusão de vida e máquina - enquanto subjugam o mundo com tecnologia superior.

      Civilization: Beyond Earth

      Isto irá determinar o tipo de unidades que têm disponíveis, de que forma as podem evoluir, que tecnologias devem priorizar, que recursos precisam e como são interpretados pelas outras civilizações. Estas ideologias distintas podem causar fricção entre as fações, e embora seja possível manter uma aliança com qualquer civilização, é mais um motivo para que os vossos inimigos vos odeiem.

      As diferenças são cosméticas, mas não só. Por exemplo, as unidades de Supremacy recebem bónus quando estão em conjunto, enquanto que as unidades de Harmony funcionam melhor quando estão separadas. No cenário que descrevemos no início do texto, a nossa intenção passava por jogar como Purity, mas não existiam suficientes Floatstone por perto - um recurso essencial para essa fação. Pelo contrário, estávamos rodeados de Xenomass, que é o recurso de Harmony. Quanto ganhámos espaço e tempo suficiente para pensar nisso, não foi preciso pensar muito no rumo a seguir. É um exemplo do tipo de reflexão e ajustamento que terão de fazer enquanto estão a jogar Beyond Earth.

      De certa forma, Beyond Earth parece ser uma experiência muito mais inovadora do que Civ V quando saiu. Parte disso estará ligado aos quatro anos de experiências e ajustamentos que resultaram das duas expansões de Civ V, mas é mais que isso. A quantidade de novas ideias e conceitos - como o nevoeiro que cobre algumas áreas e que é muito perigoso ao início, mas que pode ser utilizado taticamente mais tarde - conferem ao jogo uma identidade muito própria comparando com o resto da série. Ainda é Civilization, mas numa forma numa vista.

      Civilization: Beyond Earth

      Também adorámos a opção para mudar o ritmo do jogo. Nós preferimos claramente jogar com a definição mais veloz, onde ainda não tivemos nenhum jogo maior que 300 turnos. Isso significa que podem acabar o jogo em relativamente pouco tempo, o que em conjunto com as imensas possibilidades disponíveis, realmente encoraja a múltiplas sessões. Mas, se por outro lado preferem levar o vosso tempo, existe a opção para mapas e sessões muito maiores.

      Há muito tempo que não gostávamos tanto de um Civ, mas isso não significa que o jogo seja perfeito. Existem falhas evidentes, algumas técnicas. Numa das sessões, a interface dedicada à espionagem deixou de funcionar, impedindo-nos de observarmos as cidades com espiões. Também acontecem alguns erros gráficos, como unidades que se fundem, ou informações importantes que não estão na Civilopedia, a enciclopédia do jogo. Além disso, a versão que jogámos não corria acima da resolução 1368x768, em ecrã inteiro, mas felizmente corria bem em modo janela. Falhas que não são determinantes, e que até podem ser corrigidas com atualizações, mas que têm de ser referidas.

      Civilization: Beyond Earth

      Existe ainda um outro problema, que tem um impacto mais significativo na experiência - o final abrupto. Consequentemente, a sensação de vitória acaba por ser algo desapontante. São presenteados com uma imagem, um pequeno monólogo... e acaba. Sim, é também verdade que a viagem é mais importante que o destino, mas isto denota alguma falta de esforço neste capítulo.

      Por vezes a disponibilização da informação também deixar algo a desejar. Por exemplo, existiram várias ocasiões no jogo em que, do nada, fomos informados que tínhamos subido vários níveis de afinidade com Purtiy, apesar de não termos feito nada nesse sentido. Mais tarde percebemos que um dos espiões tinha roubado tecnologia que levou a essa evolução, mas deveria existir uma disposição mais eficaz do contexto.

      Mas esqueçam tudo isto. Não nos lembramos de um Civilization que nos tenha deslumbrado tanto como Beyond Earth. Estamos ansiosos para voltar a jogar, para elevar um pouco a dificuldade e assistirmos enquanto os nossos planos 'perfeitos' se esfumam contra a dura realidade. Civilization: Beyond Earth é um fantástico jogo de estratégia, e apesar de alguns problemas menores, merece uma recomendação energética.

      HQ
      09 Gamereactor Portugal
      9 / 10
      +
      Grande profundidade. Muitas decisões importantes. Experiência personalizada. Abordagem inovadora a um conceito clássico.
      -
      As sequências finais são algo desapontantes. Algumas falhas técnicas menores.
      overall score
      Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

      Textos relacionados



      A carregar o conteúdo seguinte