Português
Gamereactor
análises
Evil Genius 2: World Domination

Evil Genius 2: World Domination

Se nos filmes de super-heróis está sempre a torcer pelo vilão, este jogo é para si.

HQ
HQ

Gosta de filmes como Gru - O Maldisposto, Austin Power, e James Bond, mas também de jogos como Theme Hospital, Overlord, Dungeon Keeper, e Tropico? Se sim, então talvez fique contente por saber que Evil Genius 2: World Domination vai buscar grande inspiração a todos esses projetos. O conceito passa por encarnar o papel de um Génio do Mal, que deseja conquistar o mundo, e para fazer isso terá de gerir a sua base maléfica. Pelo caminho vai encontrar muitas referências à cultura pop, momentos de humor, e mecânicas de jogabilidade excelentes.

Para ser o melhor Génio do Mal que conseguir terá primeiro de perceber quais são os pilares de Evil Genius 2, a começar pelos trabalhadores. Este operários irão ajudá-lo com várias tarefas essenciais, e pode recrutá-los com dinheiro ou através de recrutamento automático em intervalos específicos. Depois de conseguir os seus trabalhadores de terá cuidar deles, em termos de comida, sono, e moral. Também pode especializar os operários em áreas diferentes, como técnicos, cientistas, soldados, e agentes de infiltração. Cada categoria pode depois assumir várias profissões específicas à sua categoria e ajudar a manter a sua base.

Outro pilar importante é a ciência, necessária para obter novos edifícios e melhoramentos. Por fim temos o terceiro pilar, o mapa-mundo, que nos lembra de XCOM. A jogabilidade divide-se entre a construção da base e o mapa-mundo, e é uma estrutura que funciona bastante bem. A ideia passa por ir construído bases em várias partes do mundo, a partir de onde pode realizar missões como roubar bancos e derrubar aviões (não se esqueça que é um vilão!). Nesse mapa-mundo, tudo é visto à base de texto, o que pode ser um ponto negativo para alguns jogadores, mas é aqui que vai conseguir a maior parte do seu dinheiro - e quanto mais dinheiro fizer, maior será a atenção que irá receber por parte da Forces of Justice, que são os "heróis" desta história.

Publicidade:
Evil Genius 2: World DominationEvil Genius 2: World Domination

Antes da aventura pode escolher um de quatro génios do mal, desenhados para seguirem diferentes estilos de jogo. São quatro campanhas com ligeiras diferenças, em temos de temas, narrativa, e objetivos, o que aumenta o valor de repetição de Evil Genius 2: World Domination - e mais génios irão chegar no futuro. Se escolher jogar com Red Ivan, os seus súbitos serão mais eficazes a defender as suas bases, mas se jogar com Maximilian, pode recrutar mais trabalhadores e ganhar imenso dinheiro, por exemplo.

Quanto as Forces of Justice invadirem as suas bases, terá de comandar os seus súbitos, as suas personagens únicas, as suas armadilhas, e o seu supervilão, para travar o ataque. Quando isso acontece, terá de carregar num enorme botão vermelho que faz soar o alarme, e é hilariante ver os pequenos bonecos em pânico conforme a base se prepara para o ataque. A eficácia da Forces of Justice vai depender da dificuldade do jogo, da altura em que está na campanha, e de quem o está a atacar. Por vezes podem tentar destruir a sua base com fogo, noutras podem tentar explosivos, e ocasionalmente até podem ir atrás do seu ouro. Seja qual for o objetivo, terá de fazer de tudo para travar os seus planos, e isso implica atenção dividida entre as bases e o mapa-mundo.

Quase todas as operações no mapa-mundo custam capangas, já que eles nunca regressam à base depois de serem enviados. Isso significa que precisa pensar sobre quando, onde e como gastar recursos. Se enviar toda a sua guarda em uma missão ao mesmo tempo que as Force of Justice atacarem a sua base, será difícil sobreviver. Os agentes do inimigo vêm em várias formas e podem abrir portas, sabotar armadilhas e incendiar metade da base, e vai precisar de músculo para afastar as ameaças. Manter um equilíbrio entre a tripulação na base e aqueles que envia para as operações é fundamental para que possa ter sucesso no jogo. Dito isto, na dificuldade normal, pode dizer-se que o jogo é razoavelmente gentil, e a únida coisa da qual não pode recuperar, é da morte do seu génio do mal. Se isso acontecer, o jogo acaba, como no original.

Publicidade:
HQ

Quando pensamos no nosso tempo com o jogo, são os detalhes idiotas de que mais nos lembramos. Desde como os trabalhadores têm que passar por uma porta giratória repetidamente para se tornarem trabalhadores da operação de cobertura, até à tortura de inimigos com cócegas nos pés. O detalhe em Evil Genius 2: World Domination é delicioso, e faz toda a diferença para manter o jogo divertido. Quanto a defeito, podemos referir que existem poucas ilhas para a criação da base, e que as super-armas podem ser algo dececionantes. A informação apresentada ao jogador é normalmente eficaz, mas nem sempre, e gostaríamos de ver esse elemento da interface melhorada no futuro.

Evil Genius 2: World Domination é o equivalente a fazer de vilão num filme de Austin Power. É maroto, estranho, divertido, desafiante, e caótico, e todas as personagens são caricaturas e clichés do que conhecemos da cultura pop. Melhora vários elementos do original, mesmo que sem apresentar novidades drásticas, e é uma recomendação fácil caso seja fã de estratégia e procure algo divertido com humor.

HQ
Evil Genius 2: World DominationEvil Genius 2: World DominationEvil Genius 2: World Domination
Evil Genius 2: World DominationEvil Genius 2: World DominationEvil Genius 2: World Domination
08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Boas mecânicas de jogabilidade. Experiência de jogo muito polida. Humor excelente. Bom incentivos para repetir.
-
Poucos níveis. Interface precisa de uma atualização.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

Textos relacionados



A carregar o conteúdo seguinte