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Empire of Sin

Empire of Sin

Prepare a sua Tommy Gun, porque está na hora de deixar a sua marca em Chicago de 1920.

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O conceito principal deste Empire of Sin, produzido pela Romero Games de John e Brenda Romero, passa por construir e gerir uma organização criminal em Chicago da década de 1920. Estamos a falar de uma nação em plena Lei Seca, e será por aí, pela venda de álcool proibido, que irá gerar a maior parte da sua receita. Existem oportunidades para investir noutros negócios, como casinos e bordéis, mas o álcool será a sua fonte de rendimento mais constante.

Em termos de jogabilidade prática, Empire of Sin divide-se entre duas fórmulas: gestão do império, e combate estratégico por turnos. De forma muito básica, é como misturar um Civilization do crime com um XCOM da década de 1920.

No lado da gestão do negócio, terá de investir na compra de propriedades e funcionários, e encontrar formas de os melhorar e expandir. Em termos práticos, esta expansão pode passar por adquirir uma fábrica de álcool, e um bar onde vender esse álcool, por exemplo. Em termos de evolução, pode melhorar a qualidade das bebidas e a capacidade de produção da fábrica, e expandir os lugares, a segurança, e o ambiente dos bares. Tem de gerir o negócio de forma a atrair o interesse dos clientes, enquanto se mantem seguro dos criminosos rivais. O dinheiro também pode ser usado a nível pessoal, sobretudo para contratar serviços, como segurança pessoal, que podem ser melhorados e equipas com equipamento superior - mas nada disto será barato.

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Depois temos o combate, que funciona de forma muito semelhante a Xcom. Estamos por isso a falar de uma jogabilidade por turnos com perspetiva isométrica, com movimento em grelha. Cada personagem tem dois pontos de habilidade por turno, que tem normalmente de gastar em movimento e em ações, como ataques. Tal como em Xcom, cobertura é importante, e cada ação tem uma percentagem de sucesso que depende de vários fatores, como ângulo, pontaria da arma, e distância. E tal como em Xcom, esta questão das percentagens pode ser algo frustrante, como 90% de sucesso não é o mesmo que 100%, e falhar um tiro à queima-roupa para depois sofrer um, pode ser uma experiência muito frustrante.

No início da aventura pode escolher com que criminoso irá jogar, de uma lista de pessoas reais como Al Capone e Dean O'Bannion. Cada um destes génios do crime tem as suas fraquezas e forças, mas também habilidades e capacidades específicas. Angelo Genna, por exemplo, tem acesso à habilidade Fan of Knives, que lhe permite atirar uma série de facas certeiras ao inimigo. Outras características suas incluem descontos relativos ao bar e um guarda extra em cada fábrica de álcool, mas todas as personagens contam com atributos deste tipo.

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A Romero Games decidiu dividir Chicago numa série de mapas, cada um representativo de um bairro da cidade. Nestes bairros pode controlar a sua personagem através da mesma perspetiva isométrica do combate, mas também pode optar por jogar simplesmente através do 'mapa-mundo'. Não existe uma forma certa de jogar, mas nós acabámos por preferir jogar ao nível da rua, já que acrescentou mais imersão, sobretudo porque existem vários detalhes para experienciar. Ficámos surpreendido com a vida que a cidade consegue apresentar, mesmo neste formato isométrico.

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Empire of Sin é sem dúvida um jogo com boas qualidade. O mundo é vivo e interessante, as interações entre personagens são imersivas, e o sistema narrativo, embora não deslumbre, permite tomar algumas decisões que dão maior personalização ao jogo. Mais importante ainda, gerir o império e todas as suas particularidades, é extremamente divertido, e esse lado de Empire of Sin realmente cativou-nos.

Infelizmente existem também alguns problemas, como o sistema de combate, que tem as mesmas forças e fraquezas de Xcom. Falhar um tiro com grandes probabilidades de sucesso é realmente frustrante, ao ponto de por vezes parecer que as probabilidades estão erradas. O maior problema, contudo, diz respeito a bugs e problemas técnicos. Desde loadings intermináveis, a quebras de funcionamento bruscas, experienciámos um pouco de tudo, e por vezes, estes problemas obrigaram-no a recuar largos minutos para um save antigo. E só estamos a falar dos mais graves, por existem muitos mais menores, que embora não estraguem o jogo, prejudicam a experiência. Está prevista uma atualização para resolver parte destes problemas, mas não podíamos ignorar o número e a gravidade dos problemas que encontrámos.

É uma pena, porque gostamos realmente de Empire of Sin. Como está, é difícil recomendá-lo, mas o tipo de jogo que vale a pena voltar a investigar depois de algumas atualizações. Se a Romero Games resolver a maioria dos problemas, e deixar que Empire of Sin realmente cumpra o seu potencial, então vai encontrar aqui um jogo de gestão e de combate tático de boa qualidade. Resta esperar para ver como a Romero Games reage a estes problemas.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
Boas mecânicas de gestão. Personagens interessantes. Excelente recriação de Chicago da década de 1920.
-
Combate pode ser frustrante. Tem demasiados problemas técnicos e bugs.
overall score
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