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Hyrule Warriors

Hyrule Warriors

Um tributo honroso a The Legend of Zelda, com uma jogabilidade difícil de largar.

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A série de Dynasty Warriors já tem alguns aninhos, e embora o seu sucesso no Japão seja inquestionável, a popularidade da série na Europa é intermitente, nunca se tendo afirmado por completo no nosso território. Existem vários motivos para isso, mas um dos principais é a dificuldade dos jogadores em se identificarem com a história. Por cá não existe qualquer relação com o período dos Três Reinos na história da China, que é a base para Dynasty Warriors.

Hyrule Warriors tem ingredientes para mudar isso. Embora a estrutura siga a mesma linha que Dynasty Warriors, toda a história confusa dos Três Reinos foi substituída pelo mundo e personagens de The Legend of Zelda. A história é agora sobre a luta entre o bem e o mal, enquanto um rapaz com a Triforce enfrenta as forças da escuridão. É fácil identificarmo-nos com alguém como Link.

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É notável o esforço da Omega Force para honrar The Legend of Zelda, mas não esperem percorrer masmorras e resolver grandes puzzles com Hyrule Warriors. Isto é Zelda, sim, mas no recreio de Dynasty Warriors, e as regras são definidas pela série da Omega Force. A base da jogabilidade reside em mecânicas de combate, enquanto atravessam cenários a transbordar de inimigos. Também terão de reclamar fortalezas capturadas e correr contra o tempo, enquanto tentam cumprir todos os objetivos. Inicialmente é um pouco estranho, ver este tipo de jogabilidade e estrutura enquanto olhamos para personagens que reconhecemos do mundo de Hyrule. O jogo até tem uma justificação para o facto de estarmos a conhecer personagens que pertencem a várias dimensões diferentes de Zelda. Nesse aspeto, Hyrule Warriors fará as delícias dos fãs da Nintendo.

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Como acontece com Dynasty Warriors, cada missão de Hyrule Warriors decorre num mapa massivo, recheado de unidades inimigas, onde os números são claramente mais importantes que a inteligência. O jogador controla um único herói, desbastando inimigos através de uma lista de golpes que expande gradualmente pela aventura.

No início da campanha vão jogar apenas com Link, mas eventualmente serão acompanhados por outras personagens, como Impa, Darunia, Midna e Fi, que também poderão controlar. Cada personagem tem um estilo e armas distintos, e no início de cada missão são aconselhados sobre as escolhas que melhor se adequam aos obstáculos que vão encontrar pela frente.

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Cada uma das personagens que vão controlar tem ainda acesso a armas secundárias. São acessórios que permitem atordoar ou explorar os pontos fracos dos oponentes. Se são fãs de Zelda, vão certamente reconhecer os itens que compõem este arsenal, formado por bombas, bumerangues, ganchos e arco com flechas.

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Em cada missão acontecem alguns eventos pré-definidos. Alguns são acionados através do cronómetro, outros iniciam-se depois de cumprirmos alguns objetivos específicos. É uma falsa sensação de dinamismo, mas funciona e acrescenta alguma tensão e emoção às batalhas, que são normalmente pouco desafiantes. Gostámos particularmente da componente estratégica das fortalezas que tivemos de libertar. Para o conseguirem terão de derrotar o boss respetivo, com a ajuda dos vossos companheiros, mas terá sempre de ser o jogador a lidar com o obstáculo. De qualquer forma, a IA consegue normalmente responder à altura dos inimigos mais fracos.

Hyrule Warriors inclui também um modo especial de aventura, formado por missões específicas que nos permitem conquistar quadrados num mapa baseado no The Legend of Zelda original para NES. Estes níveis apresentam normalmente um ritmo mais elevado que a campanha principal, obrigando a lidar com determinados tipos de inimigos dentro de um prazo definido. Poderão ainda jogar Hyrule Warriors com um amigo, em modo cooperativo, que é bastante divertido. No entanto, se optarem por jogar com companhia, vão notar que o número de inimigos no ecrã é reduzido e podem experienciar abrandamentos mais notórios da ação.

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Independentemente do modo de jogo escolhido, Hyrule Warriors é um título com um conceito relativamente compacto. A estrutura, como é norma nos produtos da Omega Force, é bastante simples - alguns até a classificarão como excessivamente simples -, mas é também graças a essa estrutura que o jogo consegue manter o jogador agarrado horas a fio. Não está bem ao nível de um The Legend of Zelda, mas é um título com atrativos suficientes para os fãs da saga, sobretudo porque permite encarar o mundo de Zelda através de uma jogabilidade mais direcionada para a ação. Está aqui uma boa base, que merece continuar a ser trabalhada pela Nintendo e a Omega Force.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Bom leque de personagens. Fusão satisfatória entre as duas séries. Vários modos de jogo para experiências diferentes.
-
Jogabilidade algo simples. Alguma reciclagem de inimigos e bosses. Modo cooperativo é mais lento e tem menos inimigos.
overall score
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