Total War: Warhammer II - Curse of the Vampire Coast

Curse of the Vampire Coast é a nova expansão de Total War: Warhammer II, disponível no Steam por € 17.49, e acrescenta uma boa dose de conteúdo: quatro lordes lendários novos, a disciplina de magia Lore of the Deep, várias unidades, e um novo objetivo final para a fação Vampire Coast. À semelhança do que vimos na expansão Tomb Kings, esta fação de vampiros também não tem grande interesse nos problemas dos mortais. O seu objetivo passa por derrotar um ser antigo, Amanar, que navega os mares, e que impede que a Vampire Coast assuma o controlo dos oceanos.

Para atingirem esse objetivo terão à vossa disposição um exército de zombies, canhões, e caranguejos de guerra, entre outros seres bizarros. Pelo caminho vão enfrentar piratas e recolher as Pieces of Eight, que permitirão invoca os Regiments of Renown, entre outros eventos. Vão encontrar uma série de reviravoltas na fórmula tradicional de Total War: Warhammer, algumas que já vimos noutras expansões, e outras que são únicas a Vampire Coast. É uma campanha singular, em que não vão enfrentar piratas vindos de um filme da Disney, mas algo muito mais violento e implacável.

Sem entrarmos em pormenores da campanha, vão tentar aumentar o vosso nível de infame, realizado uma série de tarefas 'típicas', como pilhar aldeias, esmagar exércitos opostos, e assim por diante. Até existe uma tabela online para compararem o vosso nível de infamia com outros jogadores. Quanto mais fortes forem, mais poderosos serão os piratas rivais que vos tentarão derrubar, incluindo lordes Orc, Anões, Elfos, e até outros Vampiros. No início da campanha, o melhor a fazer é mesmo evitar estes exércitos, a menos que queiram passar as primeiras horas a erguer exércitos repetidamente.

Como a jogabilidade náutica é importante, isso significa que podem melhorar o vosso navio assombrado, à semelhança do que acontecia com a horda em Beastmen. Outra opção ao vosso dispor permite criar esconderijos de piratas em portos que conquistaram, que lentamente vão roubando recursos aos locais. São uma excelente fonte de rendimentos, que só pode ser perdida se outra facção conquistar ou destruir a aldeia. O jogo ganha ritmo conforme conquistam mais esconderijos, mas ao início da campanha, quando só têm um esconderijo e um navio, o jogo pode ser bastante lento.

O exército de Vampire Coast tem uma série de opções, para longo e curto alcance. Os mortos-vivos carregam armas, e podem causar danos devastadores, mas são também eles muito frágeis. O que não falta, contudo, é poder de fogo, na forma de canhões, morteiros, e os bombardeamentos da Queen Bess. O que a fação não tem são opções sólidas ao nível de infantaria de confronto físico, ou cavalaria. Para compensar, todas as unidades têm a capacidade causar medo, o que é particularmente útil contra tropas com baixo moral.

Vão encontrar uma série de monstruosidades entre o exército de Vampire Coast, mas o destaque tem de ser o Necrofex, um navio reanimado que ainda tem a sua tripulação de mortos-vivos lá aprisionados. O Necrofex vem equipado com um canhão enorme, capaz de disparar enquanto se move, e com uma capacidade destrutiva devastadora. Igualmente devastador, sobretudo para a infantaria inimiga, é o Bloated Corpse, zombies inchados que correm na direção dos inimigos para explodirem, deixando apenas manchas de sangue onde estavam os soldados adversários. O seu problema é que são vulneráveis a flechas, mas existem algumas abordagens furtivas.

Em suma, The Vampire Coast é uma excelente adição a Total War: Warhammer II, com um novo tipo de jogabilidade para a campanha, mecânicas novas ou re-imaginadas, e um exército com unidades divertidas e criativas. A fação em si é devastadora, mas exige agressividade e intensidade, não é para quem gosta de estar confortável a proteger-se. O início das campanhas podia ter um ritmo mais elevado, e acreditamos que a fação ainda tem de ser afinada para o multijogador, mas Vampire Coast mais do que merece o seu lugar entre o universo de Total War: Warhammer II.