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Monster Hunter Generations Ultimate

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Monster Hunter estreia-se na Switch com uma espécie de 'melhores êxitos'.

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Muitos provavelmente preferiam ver Monster Hunter: World na Nintendo Switch, mas a verdade é que Generations tem também grande valor. Trata-se de uma espécie de compilação dos monstros mais icónicos da saga, e serve quase como uma lição de história de Monster Hunter ao longo de vários anos na Nintendo 3DS. Ultimate é a versão remasterizada de Generations XX, que tinha sido lançado apenas no Japão, e inclui 20 monstros exclusivos, dois novos estilos de caça, e missões de categoria G. Mais importante ainda, é o primeiro Monster Hunter na Nintendo Switch, e ter a opção de jogá-lo em TV ou em modo portátil é uma delícia.

Se por acaso o vosso primeiro contacto com Monster Hunter foi com World, de PC, PS4, e Xbox One, vão ter um choque se jogarem Ultimate. O mundo não é aberto, e muitas das ferramentas que tornam World tão acessível, não estão neste jogo. Tudo é muito mais críptico, e é bem provável que visitem a internet com frequência à procura de guias e conselhos. O desafio é maior, mas decidir se isso é bom ou mau, cabe um pouco ao critério do próprio jogador. Se Monster Hunter: World é o início de uma nova era para a saga, Generations Ultimate é o fim da era anterior, mas uma despedida grandiosa.

A premissa é a do costume. Vão aceitar missões para caçarem e matarem uma grande variedade de animais e bestas, tendo ao vosso dispor uma vasta gama de armas, acessórios, e estilos de caça. Quanto mais animais caçarem, mais recursos terão para criarem novas armas e equipamentos, que por sua vez permitirão caçar monstros maiores com recompensas melhores. É o loop típico de Monster Hunter, um loop que já manteve muitos jogadores agarrados durante horas a fio, e Generations Ultimate pode fazer o mesmo a muitos jogadores de Nintendo Switch. Também existem missões para recolher recursos específicos, capturar animais vivos, duelos na arena, e missões especiais em que jogam com o Palico, o companheiro felino que acompanha normalmente o jogador. Potencialmente, podem retirar perto de 100 horas de Monster Hunter sem grande esforço.

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Generations inclui 93 bestas, a maioria aproveitadas de jogos anteriores. Alguns são originais, mas fãs da saga vão reconhecer monstros populares como Ratholos e Gypceros. Dois destaques, na nossa opinião, é o dragão ancião Nakarkos, e o híbrido entre mocho e borboleta Malfestion. É um elenco gigantesco, que tem mais 62 monstros que Monster Hunter: World, por exemplo. Com este número elevado de monstros vem também um vasto leque de armaduras e armas que podem criar.

Então e diferenças entre a versão 3DS e a nova versão Switch? Bem, existem várias. Ultimate inclui mais 20 monstros, dois novos estilos de caça (Valor e Alchemy), e uma nova classe de Palico chamada Beast. E depois há a introdução das missões de categoria G, missões extremamente difíceis para os veteranos tentarem. É um jogo a rebentar com conteúdo, embora seja compreensível que alguns jogadores receiem estar a comprar o mesmo jogo duas vezes.

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Se por acaso tiverem a versão 3DS, e comparem a versão Switch, podem transferir os vossos dados de uma consola para a outra, através de uma aplicação gratuita na eShop. E depois há também o facto de as duas versões suportarem jogabilidade cruzada, o que significa que podem jogar na Switch com um amigo a jogar na 3DS.

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Graficamente, a versão Switch leva naturalmente vantagem, com melhores texturas, um alcance de visão superior, e modelos mais detalhados. Não é nenhum portento gráfico, já que no fundo ainda é um jogo construído para 3DS, mas é inegável que a versão Switch é consideravelmente mais bonita. A nossa maior queixa é o facto do jogo continuar a apresentar problemas de fluidez, com quebras visíveis durante algumas batalhas. Esperávamos um trabalho de optimização mais positivo por parte da Capcom.

Além da maior dose de conteúdo e dos melhoramentos gráficos, a versão Switch conta ainda com outras novidades. Um dos maiores destaques é o suporte para o segundo analógico, permitindo controlar a câmara com maior facilidade. A interface e o sistema de menus também foram trabalhados, e estão agora mais acessíveis (embora continuem a ser confusos de forma geral). Depois já também a hipótese de jogar numa TV e com um comando "a sério", já que acaba por ser uma experiência superior a jogar com os controlos da Nintendo 3DS.

Monster Hunter: World é um jogo fantástico, e é uma pena que - para já - continue ausente da Nintendo Switch, mas os fãs da saga também vão ficar bem servidos com Generations Ultimate. Se são novatos, é um excelente ponto de entrada com conteúdo que nunca mais acaba, embora devam ter noção da longa curva de aprendizagem. Se já são veteranos, então podem saber que este é provavelmente o melhor Monster Hunter de última geração que podem obter.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Inclui muito conteúdo. É a fórmula clássica de Monster Hunter. Inclui jogabilidade cruzada e partilha de saves com a versão 3DS.
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Visualmente é algo desapontante, e mesmo assim, não consegue apresentar uma fluidez estável.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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