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Resident Evil 7: Biohazard

Resident Evil 7: Biohazard - Gold Edition

Análise à nova versão, e ao conteúdo do Season Pass.

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Resident Evil 7: Biohazard foi lançado em janeiro de 2017, e foi na altura analisado pelo Gamereactor. Na nossa opinião, tratou-se do melhor jogo de terror do último ano, e se ainda não o jogaram, podem aproveitar a recém-lançada versão Gold. Além de incluir o jogo base, esta edição inclui também todo o conteúdo do passe de expansões, que foi lançado ao longo dos últimos 12 meses. Mas será que vale a pena investir nesta edição mais completa ou no passe?

Numa resposta compacta, sim. O que aqui vão receber são episódios isolados que reforçam a narrativa geral de Resident Evil 7. Nenhum destes capítulos é obrigatório ou espetacular, mas como um todo, ajudam a completar a experiência do jogo. Isto é válido para a edição Gold, mas também para o passe de expansões, que custa € 29.99. Dito isto, vamos agora aprofundar o nosso pensamento sobre as expansões, e para isso teremos de falar dos eventos de Resident Evil 7. Ou seja, cuidado com spoilers! se não acabaram o jogo base.

A primeira expansão de Resident Evil 7 chegou logo no final de janeiro de 2017, na forma de Banned Footage Vol. 1, com os episódios Nightmare e Bedroom, mais o modo Ethan Must Die. Em Nightmare vão jogar com Clancy, preso na base da família Baker, e o objetivo é sobreviver até de madrugada. Sempre que conseguirem eliminar um monstro, vão ganhar pontos extra, e também devem recolher sucata para construírem itens. É um episódio de sobrevivência, em que enfrentam vários ondas de inimigos. Têm de mudar de sítio, preparar armadilhas, e maximizar os recursos para sobreviverem.

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Bedroom é uma experiência diferente. Vão continuar a jogar com Clancy, desta vez presos a uma cama enquanto Marguerite vos tenta dar de comer uma série de petiscos dos infernos. Como objetivo devem tentar fugir, utilizando as ferramentas disponíveis, enquanto Marguerite está ausente. Contudo, se ela descobrir que algo está fora do lugar, ou se detetar que estão a tramar alguma, irá castigar-vos. É uma experiência de jogo tensa, que vos obriga a pensar rápido e a memorizar como está tudo no quarto. Enquanto Nightmare está mais virado para o caos e a ação, Bedroom assume-se como uma espécie de thriller psicológico, com elementos de puzzles.

Banned Footage Vol 1. também inclui o novo modo Ethan Must Die. É um mini-jogo que coloca o jogador na casa dos Baker com recursos mínimos, onde devem tentar sobreviver até chegarem ao boss final. Existem inúmeras armadilhas à vossa espera, e terão de estar no topo das vossas capacidades, já que a morte é permanente - têm de recomeçar do início. A única vantagem é que, quando morrem, deixam uma pequena estatueta, que vos garante um item do inventário na próxima vez que jogarem.

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A segunda expansão, Banned Footage Vol. 2, chegou em fevereiro de 2017, com uma estrutura idêntica à da primeira expansão: dois episódios isolados e um modo de jogo. O modo de jogo é Jack's 55th Birthday, e não está exatamente ligado à estória em si. Basicamente têm de procurar comida ao longo da casa para oferecerem a Jack, enquanto enfrentam monstros com chapéus de aniversário. É uma proposta mais absurda e cómica que o habitual, que sem ser brilhante, ofereceu uma boa mudança de ritmo.

Um dos episódios extra é 21, e é baseado no jogo de cartas com o mesmo nome. O pobre Clancy desta vez está preso com outro prisioneiro, e Lucas obriga ambos a jogarem 21. Quando um dos participantes perde uma ronda, perde também um dedo. Mais uma vez, é um episódio inconsequente para o grande esquema de Resident Evil 7, mas oferece uma experiência diferente e uma nova perpestiva sobre a personagem de Lucas.

Depois temos Daughters, que na nossa opinião é o melhor episódio de Banned Footage Vol. 1 e 2. Desta vez vão jogar com Zoe Baker, antes do eventos do jogo base, e vão ver como era a vida normal da família Baker - até que Zoe decide trazer a jovem Eveline para a abrigar de uma tempestade. Como provavelmente já sabem, se acabaram o jogo base, esta foi uma péssima ideia, que acabou mal para a família Baker e para Zoe. Neste episódio terão de navegar novamente a casa, embora numa perspetiva muito mais narrativa do que prática, enquanto observam as transformações que tornaram a casa e a família no pesadelo que conheceram em Resident Evil 7.

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Depois de Banned Footage Vol 1 e Vol 2, chegaram outras duas expansões. Not a Hero é uma adição gratuita para todos os jogadores, e serve como a continuação direta de Resident Evil 7. Aqui vão jogar com Chris Redfield, o herói clássico de Resident Evil, que tenta perseguir e apanhar Lucas. Como podem calcular, se conhecem este membro da família Baker, esperam-vos várias armadilhas e truques, mas também muita ação. Há quem defenda que o terceiro ato de Resident Evil 7 é o mais fraco, já que está mais virado para a ação, mas é precisamente isso que vão encontrar aqui. Chris é um militar, e está equipado com armas grandes e explosivos. Com duração de uma hora, aproximadamente, não é um capítulo particularmente memorável, mas encerra o capítulo na estória de Lucas. Ainda assim, esperávamos mais da adição de Chris Redfield, mas considerando que é conteúdo gratuito, não podemos criticar muito.

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Por fim, temos End of Zoe. Esta foi a última expansão, um epílogo que isoladamente custa € 14.99, e que presume que o jogador escolhe Mia em vez de Zoe no jogo base. Vão jogar "com um membro desconhecido da família Baker", enquanto tentam descobrir uma cura para a própria Zoe. O início deste episódio é promissor, mas rapidamente se torna numa desilusão, sobretudo por causa do sistema de combate. Basicamente vão estar a combater com os punhos durante a maioria do tempo, excepto momentos em que podem usar lanças e bombas.

Acaba por ser uma experiência frustrante, sobretudo quando estão a combater bosses e inimigos mais poderosos. É uma pena, mas pelo menos na nossa opinião, este design para passar a expansão toda ao soco, não é muito agradável. Em termos narrativos, é uma estória de vingança, que tem um momento particularmente fantástico, e como tal poderá ser bastante apreciado pelos jogadores, apesar do sistema de combate.

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A terminar, vale a pena referir que a maior parte do conteúdo das expansões pode ser desfrutado em realidade virtual se tiverem o PSVR, tal como o jogo base, salvo alguns modos de jogo extra. As expansões, e consequentemente o passe de expansões e a edição gold, não são particularmente impactantes ou memoráveis. Se procuram algo profundo, que acrescente várias horas de jogo e uma experiência nova, como as expansões de The Witcher 3: Wild Hunt, então vão ficar desiludidos. O que vão encontrar aqui são mini-episódios, alguns isolados, que ou oferecem algum contexto extra, ou novas perspetivas e formas de abordar o jogo.

Estas expansões têm certamente o seu mérito, e em conjunto acabam por formar uma experiência mais completa que o produto base, e é esse o valor da edição. Com um custo de € 49.99. Resident Evil 7: Biohazard - Gold Edition é a versão definitiva do jogo, e se ainda não têm o jogo, esta é a versão que recomendamos.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Narrativa reforçada com novas estórias. Mini-jogos isolados e divertidos. Atmosfera continua excelente.
-
Nada é particularmente memorável. Algumas mecânicas não funcionam muito bem.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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