Total War: Warhammer - Call of the Beastmen

Quando a Creative Assembly anunciou as raças que seriam jogáveis a partir do lançamento do jogo, rebentou a especulação entre os fãs sobre que raças seria introduzidas no futuro via DLC. Pelo menos agora sabemos quem veio primeiro - os Beastmen -, uma escolha que poucos jogadores terão adivinhado.

Call of the Beastmen é a primeira mini-expansão de Total War: Warhammer, e introduz a raça de guerreiros centauros com o mesmo nome. Uma raça que os jogadores podem defrontar contra a inteligência artificial, mas que só é jogável para quem comprar a expansão, que custa € 17.49.

Estas monstruosidades com cascos são velozes, impiedosas, e têm uma queda para emboscar os inimigos. Além de introduzir a raça como jogável para o multijogador, Call of the Beastmen também inclui uma pequena campanha de estória sobre os Beastmen, um pouco à semelhança de Alexander para Rome: Total War. Os eventos ocorrem com maior frequência, e devido à forma como os Beastmen preenchem o mapa, a ação raramente pára. A lua negra Morrslieb é uma presença constante durante estes eventos, e quando a fase da lua muda, o jogador podem escolher entre criar tropas com um desconto, ou contratar veteranos, por exemplo.

A campanha funciona bem como introdução para os Beastmen, e o seu líder, Khazrak The One Eye. A vossa tarefa será a de esmagar os impérios inimigos, enquanto aumentam a vossa própria horda imparável. O costume, portanto.

No mapa da campanha, os Beastmen funcionam de forma semelhante aos Chaos ou aos Orks. Não podem ter aldeias ou cidades, e o seu departamento diplomático é muito limitado. Se aumentarem o fervor do vosso exército, vão surgir unidades controladas pela inteligência artificial para vos ajudar nas vossas conquistas (semelhante ao que acontece com o exército WAAAGH dos Orks). A sua árvore de tecnologia é pequena, e as opções de construções são escassas - se querem uma raça para encolher e ficar recostado num canto, os Beastmen são uma péssima escolha. Mesmo em movimento, os seus exércitos estão em modo de emboscada, por isso vão existir mais combates dessa natureza do que é habitual com outras raças. Gostámos dos Beastmen enquanto raça, mas gostaríamos de ter visto alguma originalidade nas suas habilidades - a maioria são combinações do que vimos noutras raças.

No campo de batalha, os Beastmen atacam rápido e forte. As suas investidas contra os inimigos estão entre as mais mortíferas do jogo, sobretudo se tiverem a cavalaria e os Minotauros entre o grupo. Estes Minotauros conseguem romper através de praticamente tudo, e podem abrir pontos fracos para os outros soldados explorarem. Quase todas as unidades dos Beastmen são rápidas, e até a sua unidade de "artilharia, os Cygor, move-se mais veloz do que unidades semelhantes de outras raças. Quando os Cygor atacam com os seus projéteis monstruosos, esmagando a infantaria indefesa, não resistimos a soltar um pequeno sorriso. Os Beastmen também conseguem invocar o Lore of Beasts, que oferece habilidades únicas.

As unidades disponíveis aos Beastmen têm alguns pontos de destaque, como os Minotauros, os Cygors, e os pontiagudos Raszorgors, mas as suas unidades médias são algo desapontantes e muito semelhantes entre si, carregando machados, escudos, e acessórios semelhantes. Embora possam existir parecenças com os Orks, os Beastmen acabam por oferecer uma experiência algo distinta, sobretudo devido à velocidade das suas unidades. Estes guerreiros em cascos conseguem causar grandes danos numa primeira fase de combate, mas não foram feitos para batalhas duradouras. Quanto mais tempo passar num combate, menos hipóteses terão de o vencer.

Call of the Beastmen pode não ser exatamente o que muitos fãs esperariam para a primeira mini-expansão de Total War: Warhammer, mas é uma introdução válida ao jogo. A campanha é sólida, e serve como uma apresentação de qualidade para os Beastmen. Quanto à raça em si, consegue ser diferente que baste para justificar o investimento, sobretudo por parte dos jogadores mais devotos do jogo da Creative Assembly.