Português
Gamereactor
análises
Dying Light

Dying Light: The Following

Depois de sobreviver na grande cidade, é tempo de passar a ação para o campo.

HQ

Uma das grandes surpresas de 2015 foi Dying Light, um jogo que pegou no conceito das mecânicas de Parkour de Mirror's Edge e incorporou-as num mundo consumido pelo apocalipse zombie. Agora chega a grande expansão, The Following, que troca a grande cidade (dividida em duas áreas) de Dying Light e atira a ação para uma zona rural. A primeira vez que saem da caverna e apreciam o mapa e paisagem que têm à vossa frente é um momento especial, sobretudo porque a variação de cenário foi perfeita para o jogo.

Além de impressionante, esta vasta área é também bastante plana, e existe um motivo de design por trás dessa decisão: a implementação do buggy. Bastaram poucos minutos de condução para percebermos que as mecânicas de jogo estão tão sólidas como as de Parkour. Isto resulta na adição de duas novas árvores de talentos para o protagonista. Além de Survivor, Agility e Power, agora também podem evoluir nos departamentos de Legendary e Driver. O primeiro permite ganhar algumas habilidades especiais, depois de maximizarem as árvores de talentos originais, mas a categoria mais importante é Driver. Existe um medidor de condução, que sobe conforme mantêm a velocidade máxima, atropelam zombies, e realizam saltos com o carro. Ao subirem de nível podem melhorar o buggy, instalando nitro, endurecendo-o e aumentando a sua aceleração geral.

HQ

Embora resistente, o buggy não é invencível e pode avariar-se. Quando isso acontece podem recolher vários itens espalhados pelo mundo, que vos permitirão reconstruir peças ou até um carro novo de raiz. Existem muitos outros carros espalhados pelo jogo, como já acontecia no mapa original, por isso não terão muitas dificuldades para conseguir recursos para o carro. Também será necessário procurar gasolina, sobretudo nas horas iniciais, em que o buggy pode ser bastante "comilão", mas podem evoluí-lo de forma a tornar-se mais eficiente

Publicidade:

Dying Light não é o primeiro jogo (fora do género de corridas) a utilizar condução na primeira pessoa. Far Cry e Grand Theft Auto V (versões PC, PS4 e Xbox One) são dois exemplos de jogos que conseguiram implementar bem esse tipo de jogabilidade na primeira pessoa com sucesso. The Following vai um pouco mais longe, e é uma delícia conduzir o buggy na primeira pessoa. A produtora gastou claramente algo tempo a afinar a condução e isso será um considerável ponto a favor para quem aprecia o género.

A história desta expansão também merece nota positiva, mas vamos tentar não revelar demasiado. The Following segue Kyle Crane, que procura desesperadamente uma cura para o vírus dos zombies, já que o Antizin está a perder o seu efeito. Ao deslocar-se para a zona rural, Kyle terá a hipótese de encontrar drogas mais pesadas, e isso reflete-se no tipo de personagens e situações que vão encontrar. Uma grande parte da história envolve um grupo, ou culto, que afirma ter encontrado uma cura, mas primeiro terão de ganhar a sua confiança antes de acederem às suas pressões.

Existe um sistema que mede a confiança do grupo em Kyle, e conformem vão conquistado o vosso lugar, serão também recompensados pelo vosso árduo trabalho (leia-se carnificina de zombies). Como já devem calcular, isto significa que existem missões secundárias e primárias que podem abordar, e pelo meio vão receber itens, armas e acessórios. A forma como este grupo foi construído está mais próximo de uma verdadeira comunidade de sobreviventes do que o conjunto que encontrámos no jogo original, e o jogador acaba por ter uma ligação mais forte às personagens.

HQ
Publicidade:

O mapa de The Following é bastante plano e amplo, o que não é necessariamente positivo. Não existem viagens rápidas e se morrerem terão de percorrer um caminho considerável para voltarem ao local da morte, e sem grandes hipóteses para praticarem parkour. Sempre que morrem regressam à torre mais próxima que desbloquearem, mas mesmo com essa vantagem, vão existir ocasiões em que terão de caminhar quilómetros até recuperarem o buggy.

Jogar Dying Light: The Following a solo é divertido, mas não se compara ao modo cooperativo. Podem jogar toda a aventura com três amigos, o que abre obviamente muitas possibilidades, sobretudo com o buggy. Esta foi a nossa função favorita no jogo original, e nesta expansão é ainda mais divertido causar o caos com um grupo de amigos. A tudo isto juntem novas armas, novos tipos de inimigos, e vários segredos, para ficarem com uma expansão excelente para Dying Light. Se gostaram do jogo base, coloquem The Following na vossa lista de prioridades.

HQ
Dying LightDying LightDying Light
Dying LightDying LightDying Light
09 Gamereactor Portugal
9 / 10
+
Boa física para a condução. Grafismo impressionante. Mapa enorme para conduzir. História interessante.
-
Pode tornar-se algo aborrecido sem amigos. Regressar ao buggy depois de morrermos pode ser complicado.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

Textos relacionados

3
Dying LightScore

Dying Light

ANÁLISE. Escrito por Markus Hirsilä

Parkour, sobrevivência e mundo aberto, num dos melhores jogos de zombies dos últimos anos.



A carregar o conteúdo seguinte