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Starcraft II: Legacy of the Void

Starcraft II: Legacy of the Void

Depois de Terran e Zerg, chegou finalmente a vez dos Protoss mostrarem porque são a raça superior de StarCraft II.

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Legacy of the Void é o capítulo final da trilogia de StarCraft II, introduzindo a campanha dos Protoss depois de jogarmos com Terran e Zerg em Wings of Liberty e Heart of the Swarm, respetivamente. As três raças lutam, neste momento, pela salvarem o universo da ira de Amon e os seus Híbridos, mas os Protoss têm um objetivo ainda mais pessoal nesta batalha - o de reclamar a sua terra natal e salvar uma cultura que está à beira da extinção. É uma proposta épica, que envolve toda a civilização Protoss, depois da abordagem mais pessoal de Hearts of the Swarm.

Os Protoss têm noção da dificuldade da tarefa que os espera, e tudo fizeram para se prepararem para a batalha. Sem a ameaça constante dos Zerg dominados por Kerrigan, a avançada raça alienígena construiu uma armada poderosíssima para reconquistar o seu planeta. A primeira missão é um passeio, que pretende precisamente passar essa mensagem de poder aos jogadores, enquanto esmagam legiões restantes de Zerg.

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Os Protoss são um povo exilado, obrigado a 'viver' nas estrelas com uma frota gigante, sempre com o sonho de um dia reconquistarem a glória do passado. Enquanto Jim Raynor era um 'combow' impulsivo em Wings of Liberty, e Sarah Kerrigan era vingativa e impiedosa em Heart of the Swarm, o novo herói Artanis emerge como um comandante sensível e altamente dotado taticamente. Por norma, considera sempre as ações que toma, e nunca coloca a sua ambição pessoal acima das do seu povo. É uma história diferente das perspetivas dos anteriores, mais pessoais. Aqui estão a lutar por algo superior, pelo futuro de uma raça inteira.

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Todos estes pormenores refletem-se nas missões de história, com tarefas muito específicas e cujo propósito oferece sempre algum tipo de vantagem tática. Os jogos de StarCraft sempre conseguiram conferir um sentimento de importância às missões das campanha, e Legacy of the Void não é exceção.

O culminar da história que estamos a acompanhar desde 2010 é espetacular, completa com sequências épicas que ainda têm espaço para algumas questões filosóficas mais subtis. A ameaça apresentada por Amon sempre pareceu vaga e distante nos jogos anteriores, mas em Legacy of the Void é bem real e próxima. Outro elemento comum aos três episódios de StarCraft II é a qualidade das cutscenes, sempre um regalo para os olhos. São dois mundos completamente diferentes - o das sequências cinemáticas e a jogabilidade de estratégia -, mas a verdade é que não podemos deixar de apreciar a história principal que é contada nestes vídeos. Os mais curiosos também podem descobrir pequenas narrativas paralelas, que se passam durante e entre missões.

Tudo isto é o espetacular embrulho de StarCraft II, mas o núcleo de toda a experiência é a estratégia em tempo real de que a jogabilidade ultra-polida do jogo permite desfrutar. Esta campanha inclui algumas novidades em relação aos antecessores, a começar por Spear of Adun, a nave comandada por Artanis que é o centro de operações entre missões. A presença da nave influencia também a jogabilidade, com a capacidade para colocar Pylons no mapa ou até a opção para invocar um ataque aéreo a partir do espaço.

A campanha de StarCraft II está longe de ser um aperitivo, mas para muitos jogadores, é o multijogador que concentra todas as atenções. Foi um dos principais jogos que motivaram a transmissão de partidas online, muito antes de Dota ou League of Legends aparecerem. O segredo para esta qualidade está no equilíbrio quase perfeito da jogabilidade, e se algo parecer estar a desequilibrar minimamente o jogo - nem que seja os pontos de armadura de uma unidade -, é rapidamente corrigido por atualizações. Legacy of the Void acrescenta mais algumas unidades, mas sempre respeitando essa premissa essencial. Outras novidades surgem ao nível dos modos de jogo, incluindo uma variante cooperativa, e outro modo em que dois jogadores - oponentes - têm de unir forças para ultrapassarem um inimigo comum.

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Visualmente não existem grandes alterações, o que é ligeiramente desapontante. StarCraft II está longe de ser um jogo feio, mas cinco anos depois, começa a notar-se a sua idade em vários setores técnicos, mas não em termos de estilo. As animações e o design das personagens e dos cenários continuam soberbos, e como sempre, as vozes dos atores, a banda sonora, e os efeitos sonoros são de qualidade de topo.

StarCraft II é exatamente o que esperavámos - um final épico para uma fabulosa série de estratégia em tempo real, mas que não acrescenta nada de revolucionário à fórmula. A jogabilidade, o design das missões e dos mapas, a história (mesmo que por vezes exagerada), e o multijogador requintado, são garantias de um produto de qualidade elevada. Se não gostaram dos anteriores, Legacy of the Void não vos irá converter, mas se jogaram Wings of Liberty e Heart of the Swarm, estão à espera de quê para comprar Legacy of the Void?

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
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A fórmula de StarCraft II continua deliciosa. Jogabilidade fantástica Conclusão épica para a saga. Excelente nível de produção, incluindo na banda sonora e nas vozes.
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Menus algo confusos. Grafismo desatualizado. História por vezes exagerada. Não existem adições realmente surpreendentes.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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