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Tales of Xillia

Tales of Xillia

Tales of Xillia é absurdo e resulta por causa disso mesmo.

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Assim que aceitarem as suas peculiaridades, vão apreciar Tales of Xillia. Alguns jogadores não vão compreender ou aceitar o apelo da série, mas os fãs dos RPG oriundos do Japão vão com certeza desfrutar do jogo.

Humanos, espíritos e monstros coexistem no mundo colorido de Rieze Maxia, mas uma pode rosa nova arma chamada Lance of Kresnik ameaça mergulhar o planeta em guerra. Cabe à mestre espiritual Milla Maxwell salvar, tanto o mundo dos homens, como o dos espíritos. Acompanhada por um simpático estudante de medicina chamado Jude, os dois embarcam numa jornada épica de exploração e descoberta, encontrando novos inimigos e aliados ao longo do caminho.

Os jogadores devem escolher com que protagonista vão desfrutar da história. Ambos partilham a maioria dos eventos, mas ocasionalmente seguem percursos separados. Desta forma o jogo promove a repetição futura da história, mas se a ideia é boa, a execução é faltosa. É frustrante perceber que perdemos partes essenciais da história, e devido à quantidade massiva de conteúdo que é partilhado, voltar a jogar tudo de novo com outra personagem não é particularmente excitante.

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Cada personagem tem uma personalidade bem vincada, embora evidentemente cliché. Milla, a primeira personagem jogável feminina de um jogo Tales é despassarada, ingênua e, num primeiro instante, irritante. Jude conquistou-nos mais rapidamente, mas também revelou ser um pouco mais seca que os outros membros do grupo. O restante elenco corresponde aos estereótipos dos RPG japoneses, composto por uma rapariga calma com poderes misteriosos, um sábio homem velho que partilha regularmente algumas lições de história e um ladrão de pouca confiança, mas carismático.

A jogabilidade mais interessante acontece durante as batalhas. Uma mistura eficaz de poder de fogo, magia e espadas, que está mais próximo dos jogos de ação do que é normal para os RPG japoneses. Os jogadores movem-se livremente enquanto atacam em tempo real. Os ataques básicos e as habilidades conhecidas como Artes são os instrumentos principais que permitem construir combinações de golpes e ligar ataques. As Artes só podem ser utilizadas enquanto existirem pontos, por isso não podem ser utilizadas repetidamente para alcançar uma vitória fácil.

Os jogadores também podem combinar as habilidades com outros membros da equipa. Além de curarem o jogador ou bloquearem ameaças, os companheiros acrescentam a sua própria força aos ataques especiais, criando um ataque devastador e por vezes decisivo. As particularidades do sistema de combate podem ser algo complicadas de início, mas com alguma prática chegarão a um ponto onde se sentirão verdadeiramente poderosos.

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Cada vitória é recompensada com pontos de experiência que podem ser gastos no sistema Lilium Orb, que representam as evoluções disponíveis a cada membro da equipa. Existem muitas opções por onde podem desenvolver as personagens, permitindo um input significativo de como vão lutar.

Foras dos combates, o mundo de Rieze é um local interessante para explorar. Vão provavelmente sair do percurso principal com facilidade. Por vezes podem encontrar áreas que são demasiado difíceis para visitarem com o vosso nível, mas a cada momento existe algo novo para descobrir. Apesar das animações serem algo presas e existirem pequenas falhas gráficas, o cenário é na sua maioria fantástico. Com um estilo que parece desenhado à mão, as vistas destacam-se pelos detalhes preciosos e uma variedade que impressiona.

Tales of Xillia é dificilmente uma prioridade para quem tem uma PS3. Alguns até podem começar a jogar, mas podem desistir com o ritmo feroz com que a história decorre ou com a natureza muito japonesa do jogo.

Mas apesar de algumas falhas, Xillia triunfa onde realmente importa. O mundo nunca é aborrecido, a exploração é excitante e o combate soberbo. Se caírem pelos seus encantos vão encontrar muito para desfrutar, incluindo um visual impressionante, uma boa dose de personalização, humor e uma história agradável.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
JRPG tradicional. O sistema de evolução é excelente. Música e vozes bastante boas.
-
É só para fãs do género .O conteúdo separado por personagens não é suficiente para voltar a jogar.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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