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Age of Empires IV

Age of Empires IV - Primeiras Impressões

Jogámos finalmente a sequela moderna de Age of Empires.

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Os fãs de Age of Empires têm sido bem servidos com o relançamento da trilogia original e medições Definitivas, mas por muito boas que sejam (e são) essas versões, nada se compara com o lançamento de um jogo totalmente novo. É isso mesmo que será entregue com Age of Empires IV, um jogo com o qual passámos algumas horas recentemente. O trailer de revelação já mostrou que Age of Empires IV (AoE IV) vai levar os jogadores de volta à Idade Média. Philippe Boule, líder de narrativa da Relic Entertainment, explicou que escolheram a Idade Média porque "oferece uma riqueza de civilizações" por onde os jogadores podem escolher. O diretor do jogo Quinn Duffy acrescentou o seguinte: "Age of Empires IV é o sucessor espiritual de Age of Empires II", pois "será familiar, mas também inesperado".

À semelhança do que já tinha sido feito com as edições definitivas, a Relic pretende instruir os jogadores em certos aspetos da História, à medida que vão jogando. No jogo poderá encontrar oito civilizações jogáveis, com mais quatro previstas para depois do lançamento, cada uma focada no surgimento de uma nova Era ou civilização. Uma delas será baseada na conquista normanda da Inglaterra, que começou com a invasão de Guilherme, o Conquistador, e a Batalha de Hastings em 1066. A campanha seguirá não apenas Guilherme, mas a sua descendência, até quando a Carta Magna foi assinada em 1215.

Adam Isgreen, Diretor de Criação, disse que isso permitiu aos criadores usarem o jogo para contar uma espécie de "história humanizada". Também referiu que "durante a campanha, um narrador fornecerá contexto sobre a História que está prestes a fazer". Além disso, entre as missões, poderá ver vídeos curtos de locais atuais com estruturas e figuras medievais adicionadas. Age of Impires IV irá incluir perto de " três horas de documentário e imagens históricas".

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Age of Empires IV

Neste evento tivemos a oportunidade de conhecer quatro das civilizações jogáveis: inglesa, mongol, chinesa, e o sultanato de Delhi. Esta última civilização é inédita em Age of Empires, e apresenta uma impressionante arquitetura do sul da Ásia, com imponentes unidades montadas em elefantes. Sobre as opções de civilizações, Quin Duffy disse: "Tentámos encontrar civilizações que deixaram uma marca na história e que resistiram ao teste do tempo desde então até agora."

Algumas civilizações serão familiares, como a fação inglesa, que será muito parecida com os britânicos do Age of Empires II. Já os mongóis "irão ultrapassar os limites do que o Age of Empires fez antes." Os mongóis serão capazes de empacotar e mover as suas estruturas, e terão acesso a um curral de ovelhas, o que significa que não dependem de bagas desde o início. Cada civilização precisará priorizar de forma diferente os quatro tipos de recursos que existem no jogo.

O que permanecerá familiar, porém, é a mistura entre unidades genéricas e uma série de unidades e tecnologias exclusivas. As unidades genéricas serão partilhadas por todas as civilizações, mas pelo menos terão uma aparência própria para cada civilização. Os lanceiros mongóis usam sua armadura lamelar característica, enquanto que os lanceiros do Sultanato de Delhi usam turbantes, por exemplo. O clássico "triângulo" entre piqueiros, cavalaria e arqueiros, que se anulam uns aos outros, também permanecerá o mesmo.

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As Eras para avançar em relação aos jogos anteriores também estarão presentes, começando na Idade das Trevas e avançando até à Idade Imperial. Elas funcionarão de forma semelhante a Age of Empires III. Cada avanço nas Eras irá obrigar a escolher um caminho de especialização chamado 'marcos'. Não temos a certeza de como será realmente em Age of Empires IV, mas imaginamos que poderá escolher certas vantagens econômicas ou um caminho de especialização militar, que lhe pode dar uma vantagem.

Um novo elemento de jogabilidade que foi apresentado é a mecânica de emboscada, embora não tenha sido detalhada para já. Guerras em cerco também foram reformuladas, com paredes e portões que podem ser guarnecidos para disparar flechas. Além disso, as paredes podem ser montadas por unidades, o que significa que os arqueiros podem subir e atirar pela primeira vez na série. Por outro lado, os inimigos também podem escalar as paredes usando equipamento específico.

Uma novidade para a série (não tanto para o género) são as unidades heroicas, que possuem "habilidades especiais limitadas", de acordo com Quinn Duffy. Haverá a unidade Mongol Khan, que pode disparar uma flecha com fogos de artifício, motivando as outras unidades. Estas unidades não serão invencíveis ou esmagadoras, mas vão oferecer pequenas vantagens durante os combates. Só não sabemos muito bem como as unidades de herói serão diferentes entre campanha de história e multijogador.

Age of Empires IV

Quanto ao estilo visual, será muito mais cartoonista do que os dos jogos mais antigos. O diretor de arte Zach Schläppi explicou que o estilo de arte menos realista foi uma escolha deliberada: "Precisamos que o jogador identifique e compreenda rapidamente o que se passa. É um equilíbrio entre História, jogabilidade, e o ADN da série". Esperemos que não levem os elementos estilo desenho animado longe demais, pois isso poderia prejudicar o sentimento de realismo histórico. Fora isso, o jogo apresenta bom detalhe gráfico, estando a correr num motor atualizado que a Relic já usou noutros jogos.

Concluindo, muita História será empacotada dentro de Age of Empires IV, com oito civilizações para o lançamento, e outras quatro previstas para o futuro, todas detalhadas através de documentários em vídeo e outras informações. "Familiar, mas inesperado", parece-nos uma boa forma de identificar o jogo, e um bom objetivo para traçar. A nossa única preocupação prende-se com o estilo visual. Esperemos que a Relic não exagere, e consiga mesmo assim manter algum realismo histórico.

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ANÁLISE. Escrito por Marco Vrolijk

A campanha é boa e a imersão história é excelente, mas o multijogador deixa a desejar.



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