Português
Gamereactor
especiais
Necropolis

Necropolis: "Mistura de Dark Souls ligeiro com Spelunky"

Mike McCain explica o novo projeto dos criadores de Shadowrun Returns.

HQ

Os grandes eventos de videojogos, como a E3, a Gamescom e neste caso a PAX East, oferecem uma excelente oportunidade de conhecer alguns projetos independentes interessantes, como este Necropolis. O nosso colega Bengt Lemne esteve à conversa com Mike McCain, diretor de arte do jogo, que aproveitou para explicar o que é afinal Necropolis.

"É um jogo de ação na terceira pessoa, no género Roguelike, e o que estamos a fazer é pegar nessa fórmula clássica, com masmorras geradas aleatoriamente, muito valor de repetição e morte permanente das personagens, e no topo dessa estrutura estamos a acrescentar um sistema de combate na terceira pessoa que vive muito à base de timing. Pensem numa mistura entre um Dark Souls ligeiro com Spelunky."

Considerando que a arte de Necropolis é um dos elementos do jogo que imediatamente cativam a atenção do jogador, pedimos ao diretor de arte que nos falasse desta escolha para o estilo de arte de Necropolis.

"É um tipo de arte que está a ganhar popularidade no design gráfico e até em alguns videojogos, que utilizam um grafismo com poucos polígonos, muito minimalista, com uma iluminação e renderização bastante cuidadosas. O objetivo era implementar isso no jogo numa forma um pouco estranha e com muitas construções triangulares. Também fomos buscar inspiração em jogos como Journey e The Legend of Zelda: Windwaker, jogos com um visual mais estilizado. Em essência queríamos criar algo novo, fresco e abstrato."

Publicidade:

"Como é um estilo visual tão minimalista, assim que conseguimos estabelecer a aparência do que queríamos fazer, foi fácil criar vários tipos de objetos, ambientes e espaços para o jogo. Como não estamos a acrescentar detalhes em tudo, apenas no que realmente importa, isso permite-nos criar uma experiência mais expansiva."

Necropolis

Mike McCain também aproveitou para nos falar um pouco sobre a história e o mundo de Necropolis.

"Necropolis passa-se num mundo de fantasia, construído por um feiticeiro há mais de 1000 anos. Esse feiticeiro construiu a Necropolis no auge do seu poder, mas entretanto desapareceu e o servo que entretanto deixou para trás ficou encarregue da masmorra. O problema é que com 1000 anos, esse encarregado começou a perder a sanidade e assim que entrarem na masmorra, ficarão aprisionados e terão de procurar a saída."

Publicidade:

"Como é um Roguelike, sempre que morrerem, é de vez. Depois terão de recomeçar a aventura, como um novo aventureiro que ficou preso na masmorra. Ao avançarem pelo jogo vão encontrando alguns itens, como armas e armadura, e da próxima vez que começarem a aventura podem utilizar esses itens. Também vão colecionar livros, que têm habilidades passivas e ativas, e ao recomeçarem a aventura podem equipar um certo número dessas habilidades que desbloquearam, e com o passar do tempo isso permite alterar bastante a jogabilidade."

"Ou seja, se morrerem assim que entraram na masmorra, provavelmente não têm nada de novo para usar, mas a ideia é que encontrem quase sempre algo que possam equipar na aventura seguinte. Os livros que vão colecionar não incluem apenas habilidades, mas também informações. Podem descobrir que um inimigo gosta de comer outras criaturas de cristais, e da próxima vez podem enganar esse inimigo para que vá caçar as criaturas de cristal. Existem muitos dados deste genero que podem aprender com os livros, sobre a mitologia e o ambiente da Necropolis, informações que podem usar para vossa vantagem."

Necropolis está ainda uma fase primária de produção mas parece já ser um projeto muito curioso. Em baixo podem ver a entrevista completa, em inglês.

HQ

Textos relacionados

0
NecropolisScore

Necropolis

ANÁLISE. Escrito por Aldin Sadikovic

Uma mistura de Picasso com Dark Souls e uma pitada de Rogue. Esta é a descrição sucinta.



A carregar o conteúdo seguinte