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Lords of the Fallen (2014)

Lords of the Fallen

Um RPG a lembrar Dark Souls, em breve na nova geração e PC.

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Lords of the Fallen é um jogo que tem suscitado alguma curiosidade entre quem já o viu, oferecendo a sensação de que se trata de um RPG de ação ao estilo de Dark Souls, para a nova geração e PC. No entanto, como se trata de uma produtora alemã, de um jogo original e com uma data de lançamento 'entalada' entre grandes lançamentos, não tem recebido a atenção que se calhar merece. Este artigo pretende corrigir isso.

O jogo está a ser produzido na CI Games, uma equipa liderada por Tomasz Gop, antigo produtor de The Witcher 2. Ainda não tivemos a oportunidade de jogar devidamente Lords of the Fallen, pelo que não sabemos se é realmente bom, ou não, mas já conversámos duas vezes com o produtor. Nas últimas E3 e Gamescom, o nosso colega britânico Gillen McAllister teve a oportunidade de conversar com Tomasz, que explicou vários elementos de Lords of the Fallen.

Um dos elementos imediatamente evidentes de Lords of the Fallen, é que tem um excelente aspeto. Não é o jogo mais impressionante que já vimos, mas é definitivamente nova geração, e isso deve-se a um motor que a Deck 13 e a CI Games produziram em conjunto. Mais importante que o grafismo, contudo, é o conceito, como nos explicou o produtor na E3.

"Como se trata de um RPG de ação, quisemos encontrar a nossa própria forma de abordar os elementos do género, como enredo, personagem, mundo e história, num jogo de ação, ou pelo menos, queremos que seja uma experiência de ação. É um jogo que vai concentrar-se muito mais na parte de ação do que na parte RPG, mas ainda assim acredito que o jogo terá uma história cativante e interessante."

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Lords of the Fallen (2014)Lords of the Fallen (2014)

O diretor resumiu depois a historia para o Gamereactor:

"É um mundo de fantasia, onde as pessoas enfrentaram e derrotaram o seu Deus juntamente com o seu exército demoníaco. Como conseguiram isso, os humanos agora acreditam que podem realizar atos épicos. Por exemplo, ele acreditam que é possível erradicar tudo o que existe de maléfico na natureza humana. Bom, não vamos agora discutir se isso é razoável ou não, mas lembrem-se que é um jogo de fantasia, e existem razões para que os humanos pensem que isso é possível."

"Por isso mesmo, os humanos criaram um documento com os piores pecados ou atos da humanidade. Se apanharem alguém a cometer estes atos, não os vão matar, mas antes marcá-los na face para que toda a sociedade saiba o que fizeram. Mas há algo mais interessante. Depois de algumas centenas de anos, que é quando o jogo começa, os demónios começaram a reaparecer e ninguém sabe porquê. É lógico que as pessoas pensem que devem combater estes demónios maléfico com outro mal menor. Vão tentar encontrar a pior pessoa, a que cometeu mais pecados, e torná-la no seu herói para combater os demónios. Mas ele não é de facto uma boa pessoa, nem o será durante o jogo, mas o mais importante é que é capaz, quase destinado a fazê-lo."

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O jogo terá a sua dose de masmorras (que RPG seria se não as tivesse?), mas há mais para ver no mundo (ou mundos) de Lords of the Fallen.

"O jogo não é baseado somente em masmorras. Tentamos misturar um pouco o progresso, para que por vezes sintam que o mundo é expandido, e que noutra ocasiões se fecha. O que é importante decorar é que as áreas nunca estão fechadas ao jogador. Quando chegam a uma zona nova, o mundo apenas expande, não se fecha. Podem sempre voltar atrás para explorar. Ao longo da narrativa principal, queremos oferecer ao jogador a sensação de que o progresso é dinâmico, e não linear."

"Existe uma missão principal no jogo, e vão sempre encontrar formas de continuar essa missão, mas todas as missões secundárias, o conteúdo de exploração, os colecionáveis, e as informações extra sobre o mundo, nada disto será forçado no jogador. Se os quiserem encontrar, vão existir formas de o fazer, mas será tudo opcional.

Lords of the Fallen (2014)Lords of the Fallen (2014)Lords of the Fallen (2014)

Lords of the Fallen permitirá aos jogadores equiparem vários tipos de armas e armaduras, e segundo Tomasz, este será um dos elementos mais interessantes e até divertidos do jogo.

"Acredito que para a maioria dos jogadores, o mais importante será o progresso da personagem e o combate. A forma como desenvolvem as vossas habilidades. Resumidamente, existem três pilares para esse elemento do jogo, e um deles é a magia. Esse é o único pilar que é definido ao início, quando escolhem a classe. Existe o Cleric, que tem uma árvore de habilidades regenerativas, existe o Rogue, que consegue matar rapidamente e silenciosamente, e claro, o guerreiro, muito destrutivo e bruto. Independentemente disso existem os atributos, que vão determinar a eficácia das armas ou das magias."

"O elemento mais complexo disto tudo é o equipamento. Existem armaduras, escudos, armas - cerca de 100. Algumas armas podem ser criadas e outras têm habilidades únicas. Tipo isto é personalizável, no sentido em que podem usar diferentes combinações de peças de armaduras, escudos ou armas. Podem carregar uma grande arma, carregar duas armas ou uma arma e um escudo. Isto tudo vai moldar a personagem, além da sua classe e progressão."

Lords of the Fallen esteve disponível na forma de uma demo durante a E3, e tratando-se de um jogo desafiante ao estilo de Dark Souls, tivemos curiosidade para saber quantos jogadores conseguiram terminar a demo.

"No primeiro dia da E3, só uma pessoa conseguiu terminar a demo. No segundo dia foram duas ou três pessoas, não me lembro exatamente, e hoje [terceiro dia da E3] houve uma pessoa que já conseguiu terminar a demo. Gosto muito de ver outros jogarem, e de os ver perceberem formas de lidarem com os bosses, e a sua satisfação quando são bem sucedidos. É quase como ver a nossa criança crescer."

Lords of the Fallen (2014)

Lords of the Fallen também marcou presença na Gamescom, juntamente com Tomasz Gop, que voltou a conversar com Gillen McAllister. Para o evento na Alemanha, a CI Games preparou uma nova demo, talvez mais difícil que a demo da E3.

"É curioso, porque ainda ninguém conseguiu vencer o boss da nova demo, mas todos estão a sair do stand satisfeitos com o que jogaram. Esta é a primeira vez que estamos a mostrar a dimensão demoníaca. Existe uma dimensão humana e uma dimensão demoníaca [e uma terceira, por revelar], e para nós é importante que os jogadores tenham uma perspetiva dos dois mundos, porque mais tarde terão de tomar decisões muito importantes."

Segundo Tomasz, Lords of the Fallen pode ser o primeiro jogo de nova geração verdadeiramente desafiante. Outro jogo que promete ser interessante, produzido pela From Software de Demon's Souls e Dark Souls, é Bloodbourne, pelo que é natural que exista alguma comparação... ou até competição?

"Penso que não, que não é competição. A forma como eu pessoalmente olho para isto, é que somos todos parte de uma equipa. Eu adorava que os dois jogos fossem encarados como projetos com o mesmo objetivo, mas com uma abordagem diferente ao desafio, e à sensação viciante de ultrapassar obstáculos. Eu joguei muitos jogos desafiantes no passado, e sei qual é a sensação de vencer esses obstáculos. Era isso mesmo que eu queria incorporar num jogo."

Lords of the Fallen será lançado a 28 de outubro, para PC, PS4 e Xbox One. Em baixo podem ver uma demo alargada do jogo, e as duas entrevistas, da E3 e da Gamescom, em inglês.

Vídeo de jogabilidade extenso.

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Entrevista E3.

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Entrevista Gamescom.

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