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Estado da Nação: Xbox One

Desta vez olhamos para a nova consola da Microsoft, em vésperas da sua chegada a Portugal.

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Em parte reavaliação, em parte guia de compras atualizado, vamos olhar à vez para cada plataforma, contextualizar os recentes anúncios efetuados na E3 e o seu impacto futuro e considerar o que cada sistema oferece de imediato e dar as nossas recomendações pessoais quanto aos jogos obrigatórios.

Agora e amanhã

Antes de 2013, e sobretudo do anúncio original da Xbox One, era difícil pensar que a Microsoft estaria na situação em que se encontra de momento, com uma consola muito atrás em termos de vendas da sua concorrente direta, a PS4, da Sony. 2013 foi terrível para a Xbox One, logo a começar com o anúncio. Muitas críticas, muitas decisões polémicas e atrasos em vários territórios. Portugal, por exemplo, só vai receber a Xbox One no próximo dia 5 de setembro. A consola, felizmente, tem qualidade e as vendas até têm sido boas, mesmo considerando a diferença significativa para os números da PlayStation 4.

Estado da Nação: Xbox One
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O mais alarmante é que a situação podia ter sido muito pior. A Microsoft conseguiu fazer algumas correções, mudando a sua própria política para a consola e até alguns conceitos chave que tinha programado para a nova geração. A promoção de Phil Spencer para chefiar o departamento da Xbox foi um momento crucial para a viragem, que arrancou logo com a decisão de começar a comercializar uma versão da Xbox One sem Kinect.

Em resumo, 2013 e o início de 2014 foi um período complicado para a consola, mas a situação parece estar a mudar. A Microsoft está com outra mentalidade e isso estende-se também à Microsoft Portugal. André Cardoso chegou mesmo a afirmar que a Xbox One ambiciona lutar com a PS4 pelo primeiro lugar do mercado nacional.

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Exclusivos

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Com os maiores problemas para trás, e com o lançamento em Portugal a pouco mais de um mês de distância, o futuro da consola começa a ficar mais risonho. Antes do fim do ano vamos receber a fantástica Halo: The Master Chief Collection, uma coleção com versões melhoradas de Halo 1, 2, 3 e 4, além do acesso garantido à beta de Halo 5: Guardians, para 2015. A consola vai ainda receber alguns exclusivos interessantes, como Forza Horizon 2, Fable Legends e Sunset Overdrive, e a estes podem juntar outros títulos Xbox One que foram lançados durante o último ano, que chegam a Portugal com desconto, nomes como Forza Motorsport 5, Ryse: Son of Rome, Fighter Within, Crimson Dragon e Dead Rising 3, além do beat'em up digital, Killer Instinct.

E depois há Titanfall. O jogo também está disponível na Xbox 360 e no PC, mas o fantástico FPS online da Respawn assumiu-se claramente como uma grandes bandeiras da nova consola da Microsoft e em Portugal não deverá passar-se uma situação diferente.

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Aplicações & Interface

Quando a consola foi lançada, a interface estava longe de ser perfeita, mas pelo menos tem existido um esforço por parte da Microsoft para melhorar a sua eficácia (o mesmo passa-se com a PS4). Quando a consola chegar a Portugal, iremos pelo menos beneficiar de uma experiência mais optimizada e suave do que aqueles que a compraram aquando do lançamento original, em novembro de 2013.

A consola também estará localizada para português, juntamente com várias aplicações. Skype, Internet Explorer, Youtube, Twitch e muitas outras aplicações estarão a dispor dos jogadores logo a partir do dia 5 de setembro. Neste campo, a consola da Microsoft leva alguma vantagem em relação à PS4. E depois existe o EA All Acess, um novo serviço anunciado recentemente que permite aceder a jogos antigos da EA por cinco dólares mensais (ainda não existem preços europeus).

A visão original da Microsoft era fazer da Xbox One a caixa tudo-em-um para a sala de estar, e embora parte dessa visão tenha desaparecido com algumas das decisões que tomaram nos últimos meses, a Xbox One é neste momento a consola mais próxima desse conceito de centro de entretenimento.

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Periféricos

Como não poderia deixar de ser, o periférico mais importante da Xbox One é o Kinect. Anunciado como uma peça crucial da experiência que a Microsoft imaginou originalmente, a verdade é que a importância do Kinect conheceu um revés significado com o anúncio de uma versão da consola sem o periférico. Ainda assim, o Kinect poderá ser adquirido em conjunto com a consola ou em separado, a partir do dia 5 de setembro. Os comandos de voz estarão em inglês, mas a Microsoft já nos garantiu que estão a trabalhar numa versão portuguesa para o futuro.

Menos badalado, mas também extremamente importante, é o comando que acompanha a consola. É um melhoramento genuíno desde o controlador da Xbox 360, que já era bastante bom. Os novos gatilhos vibratórios têm um feedback fantástico e a nossa única queixa vai para os botões RB e LB, cujo plástico não é impressionante.

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Recomendações

Titanfall

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Titanfall talvez não tenha sido a revolução que muitos esperávamos, mas independentemente disso, é um FPS online de grande qualidade. Visualmente cumpre os requisitos, mesmo que raramente impressione, mas a fusão de uma jogabilidade estilo Call of Duty com a condução de Mechs em batalhas frenéticas resultou de forma exemplar. A campanha pareceu-nos um desperdício, mas de forma geral, Titanfall é um shooter de excelência, e um dos títulos obrigatórios da Xbox One.

Peggle 2

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Nos tempos da Xbox 360, foi Geometry Wars que liderou o deparamento de títulos digitais. Com a Xbox One, foi Peggle 2 que assumiu a liderança da nova geração do Xbox Live. Originalmente pareceu-nos menos robusto que o original, com menos conteúdo, mas a introdução gratuita do multijogador no início do ano resolveu esse problema. Agora é fácil recomendar este exclusivo temporário da Xbox One.

Super Time Force

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Em Super Time Force vão encontrar uma combinação de fantástica arte pixelizada com uma mecânica para recuar o tempo. O resultado é simplesmente espetacular. Juntem-lhe algum humor negro, boas secções de plataformas, e têm um exclusivo da Xbox One que merece toda a vossa atenção.

Dead Rising 3

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A maioria das queixas que tínhamos em relação aos dois primeiros jogos da série foram quase todos resolvidos para este terceiro jogo, apesar de se terem levantado outras questões. Dead Rising 3 não é perfeito, longe disso, mas é muito divertido e é um mundo aberto cheio de zombies que merece ser explorado. Teria provavelmente beneficiado de mais alguns meses de produção, para afinar a experiência, mas Dead Rising 3 estará quase de certeza em promoção a 5 de setembro e será obrigatório para todos os amantes do género de zombies.

Plants vs. Zombies: Garden Warfare

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Por falar em zombies, nunca pensámos que passaríamos tanto tempo com a versão shooter de Plants vs Zombies. Garden Warfare tem uma mecânica viciante, onde devem comprar pacotes de cartas para desbloquearem conteúdo novo e preencherem o álbum de cartas. A isto juntem várias atualizações gratuitas com modos, mapas e personagens, tornando-se difícil deixar Garden Warfare durante muito tempo. Gostaríamos que fosse mais equilibrado, mas o humor e o espírito do jogo compensam bem essa falha.

Forza Motorsport 5

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A maior crítica que podemos fazer a Forza Motorsport 5 é a falta de conteúdo. Conhecendo o passado da série e olhando para este jogo, é difícil deixar de imaginar que foram feitos vários compromissos para que Forza pudesse estar na Pole Position para o lançamento da Xbox One em novembro. De resto, o jogo conquistou-nos por completo. Visualmente é lindo de morrer, a condução é fantástica e o sistema de Drivatar é revolucionário. Dispensávamos as micro-transações, mas tudo considerado, Forza Motorsport 5 será a aposta número 1 para os amantes de condução.



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