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Detroit: Become Human

Entrevista Detroit: Become Human

"Pensámos de forma realista no que o futuro pode ser para a humanidade."

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Detroit: Become Human é o projeto atual da Quantic Dream e David Cage, os criadores de aventuras interativas como Fahrenheit, Heavy Rain, e Beyond: Duas Almas. O novo foco é no futuro, numa sociedade onde os andróides são quase tão humanos como nós. À semelhança de Heavy Rain, Detroit: Become Human terá três personagens jogáveis - todos andróides. Kara e Connor já conhecíamos, e agora fomos apresentado a Markus. David Cage explicou-nos o que distingue cada uma destas personagens.

"Em Detroit: Become Human vão jogar com três andróides, e o que os três têm também em comum é o facto de estarem a descobrir as suas emoções, e de quererem ser livres. Kara é uma fugitiva, que escapar para que possa ser livre. Connor é o caçador de andróides com comportamentos anormais, e ajuda os humanos a parar e a destruir esses andróides. Markus é o líder da resistência de andróides."

"Markus é capaz de desbloquear livre arbítrio nos andróides, e a maioria decide segui-lo e ajudá-lo. A cena que mostrámos na E3 é a sensivelmente um terço do jogo, e já muito aconteceu antes disso. Neste ponto o jogador já sabe qual é o passado e a estória de Markus, de onde vem. Depois desta sequência também vai acontecer muita coisa, e terão de lidar com as consequências das vossas decisões. É uma cena muito importante, a primeira em que o veêm a converter andróides, e de certa forma é isso o que os líderes fazem, convertem as pessoas para o seu lado."

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Detroit: Become Human é obviamente um jogo futurista, com elementos de ficção científica, mas não é totalmente irrealista. Aliás, Segundo David Cage, este é um futuro muito possível.

"A reação humana é um ponto muito interessante da estória que queríamos abordar, porque acreditamos que no futuro próximo teremos relações diferentes com a tecnologia. Estamos cada vez mais dependentes de tecnologia, e hoje em dia é quase impossível imaginar viver sem computadores e telemóveis. Neste futuro próximo a tecnologia vai também tirar-nos os nossos empregos, e tentámos pensar de forma muito realista no que o futuro pode ser para nós. Estudámos várias pesquisas, e descobrimos que algumas dessas pesquisas apontam para um aumento no desemprego a rondar os 30 e os 35%. Isto apenas devido ao facto de substituirmos humanos por máquinas em várias profissões. Os andróides nunca se queixam, nunca ficam doentes, e trabalham 24 horas por dia, e penso que isto será um tópico muito importante no futuro próximo."

"Não quisemos inventar muito, não é muita ficção científica. É apenas 20 anos no futuro, e tentámos pegar no mundo que conhecemos hoje e imaginar a sua trajetória numa forma muito realista. É interessante, e levanta muitas questões. Aliás, o ponto de de Detroit não é responder essas questões, mas levar o jogador a pensar em tudo isto, e colocá-lo numa posição em que possa encontrar as suas próprias respostas."

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À semelhança dos outros jogos da Quantic Dream, Detroit: Become Human terá uma estória com muitas possibilidades. As escolhas do jogador vão moldar o progresso narrativo, e até a sua conclusão, e à semelhança de Heavy Rain, qualquer personagem pode morrer.

"Detroit é talvez três vezes maior que Heavy Rain. É mais longo, mas também mais amplo em termos de oportunidades, pelo menos do que posso perceber neste momento. É incrivelmente complexo, é como jogar um livro de "escolha a sua própria aventura", onde cada linha tivesse uma decisão para tomarem. Não queremos fazer algo que se esconda por trás de ilusões, mas algo real, com consequências reais para as vossas escolhas. Algumas dessas decisões serão espetaculares, e vão formar estórias muito diferentes."

"Todos os andróides podem falhar e morrer, e como argumentista tenho de pensar numa estória com um final infeliz, um final feliz, e muitos outros tipos de finais. O meu desejo é que sejam todos igualmente bons, emotivos, e interessantes. Foi um grande desafio, como argumentista, escrever todas as possibilidades desta estória."

"Ainda há muito trabalho pela frente, sobretudo porque colocámos a fasquia muito alta, e queremos que todas as possibilidade tenham o mesmo requinte. Neste momento está tudo feito, as gravações estão feitas, e agora é preciso colar tudo, tornar a experiência divertida, e trabalhar com o compositor."

Detroit: Become Human será lançado em 2018, em exclusivo para a PlayStation 4. Em baixo podem ver a entrevista completa do nosso colega Bengt Lemne.

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