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FIFA 17: "Não ignorámos a jogabilidade."

The Journey centrou atenções no discurso da EA Sports, mas o diretor criativo garante que a jogabilidade de FIFA 17 sofreu muitas alterações.

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Com tudo o resto que acontece na E3, e também por ser num país que não liga muito a futebol, é fácil deixar que FIFA e PES caiam um pouco no esquecimento durante a feira, mas fizemos um esforço para que isso não acontecesse. A EA Sports tem muitas novidades planeadas para a nova edição, e o nosso colega Bengt Lemne passou alguns minutos com Matthew Prior, diretor criativo de FIFA 17, que assumiu a importância da nova edição.

"É um ano muito importante para nós, por vários motivos. Em primeiro lugar há a mudança para o Frostbite, um novo motor de jogo que nos permite abordar FIFA de forma mais criativa. Isso permitiu-nos criar o que estamos a discutir hoje, The Journey, um modo de jogo que não seria possível sem o Frostbite."

The Journey é um modo estória, com elementos RPG, e por isso mesmo será guiado por restrições narrativas.

"Os jogadores vão jogar apenas como Alex Hunter em The Journeu, porque queríamos manter a imersão e a qualidade visual que uma personagem definida nos permite. Este modo estória não vai substituir o modo Be a Pro normal, que ainda está no jogo, mas se permitíssemos que todos os jogadores criassem a sua personagem, não teríamos esta qualidade visual. O mesmo se passa em relação ao nome. Com o nome definido, os comentadores podem falar nele, e o público pode gritar o seu nome, por exemplo. Ter a personagem definida permite-nos ter uma experiência muito mais imersiva e emotiva. Se o que querem é criar um jogador e criar carreira, têm o modo Be a Pro no jogo."

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"Embora não seja possível mudar a personagem, oferecemos outras liberdades ao jogador. Se dois jogadores jogarem The Journey, e no fim falarem das suas experiências, podem encontrar muitas diferenças. Um exemplo disso é que podem assinar por qualquer clube da Premier League, o que logo aí muda o jogo em termos de rivalidades, por exemplo. As escolhas que tomam durante a estória vão ter um efeito de causa e consequência. Temos um sistema a trabalhar por baixo do jogo que analisa o comportamento do jogador, e se responderem muitas perguntas de forma imprudentes, vão começar a ser imprudentes. Isso tem impacto no relvado, e podem reagir de forma diferente a entradas duras. Uma versão calma de Alex Hunter pode originar sequências diferentes da de uma versão imprudente, por exemplo."

"E depois também existe o que fazem no relvado, onde nada é pré-programado, e cada pontapé que dão na bola está no vosso controlo. Não forçamos nada. Imaginem que têm uma entrada muito dura e são expulsos. Isso vai mostrar sequências só para esse contexto, e isto foi muito importante para The Journey, acrescentar esta variedade. Podem ganhar títulos ou podem descer de divisão. Queremos que a "viagem" seja muito pessoal para cada jogador."

Pela primeira vez em FIFA (excluindo jogos do EURO ou do Mundial), vamos ver treinadores licenciados, incluindo o "nosso" José Mourinho. Perguntámos se o plano passa por incluir todos os treinadores da Premier league.

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"Nós queremos incluir todos, mas como sabem o mundo do futebol é muito volátil. Sabemos que os treinadores são uma grande parte do futebol, e em muitas situações até acabam por ter personalidades mais fortes que os jogadores. Como queremos que FIFA seja tão autêntico quanto possível, desejamos incluir o máximo possível de treinadores, mas ainda não nos podemos comprometer com um número. Parte do apelo de The Journey é que nos permite ver além da cortina, para os bastidores do futebol, e os treinadores são uma grande parte disso, por isso decidimos incluí-los. Eles são uma grande parte de The Journey, mas vão aparecer noutros modos de jogo."

A EA Sports tem discutido a fundo o novo modo The Journey, a introdução dos treinadores, e a mudança para o Frosbite, mas muitos jogadores perguntam pela jogabilidade - um elemento sobretudo criticado em FIFA 15 e 16.

"Não ignorámos a jogabilidade. Uma das maiores mudanças foi na área dos lances de bola parada, que foram totalmente redesenhados de raiz. Implementámos um sistema de física e de drible novo que muda muita coisa, e criámos a Inteligência Ativa, que é uma grande novidade. Os jogadores vão mover-se de maneira diferente pelo relvado à procura de espaço, e vão pensar com maior antecipação nas jogadas. É um nível completamente novo de inteligência artificial, mas também acrescentámos mais técnicas de remate. Podem chutar rasteiro e forte, que não era possível antes. Mesmo que ignorássemos o Frostbite e Journey, este continuaria a ser um grande ano para FIFA só em termos de jogabilidade. Mudámos mesmo muita coisa, mas não precisam de se preocupar com demasiadas mudanças, porque temos recebido grande feedback de eventos, unânime de que as mudanças são muito boas. Além disso ainda temos alguns meses para afinar a experiência."

Podem espreitar em baixo a entrevista completa com Matthew Prior, que ainda falou da escolha pela Premier League e o campeonato excecional do Leicester, que se sagrou campeão inglês. Se ainda não o fizeram, podem ler a nossa antevisão aqui.

FIFA 17 será lançado a 29 de setembro para PC, PS4 e Xbox One.

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