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Blade & Soul

Blade & Soul

Já jogámos o novo MMO com inspiração nas artes marciais.

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É possível que já tenham ouvido falar deste Blade & Soul. Trata-se de um MMORPG que já está disponível há vários anos no oriente, mas que só agora vai chegar à Europa. O processo de adaptação terá demorado vários anos porque foi necessário mudar montanhas de texto e vozes para outros idiomas. Blade & Soul foi produzido pela Team Bloodlust, e a editora, NCSoft, tem planeada uma fase beta para o outono, com lançamento definitivo no inverno. O facto de chegar tão tarde implica naturalmente que o jogo já estará datado em alguns aspetos, mas por outro também significa que o MMO é hoje uma experiência muito mais estável, polida e funcional do que era aquando do lançamento original.

Recentemente o Gamereactor teve a oportunidade de experimentar a versão alfa do jogo. Jogámos as secções iniciais, que basicamente apresentam a jogabilidade e a história, antes de avançarmos na aventura para experimentármos uma das enormes áreas abertas.

Blade & Soul tem um estilo visual muito peculiar. Se graficamente está mais próximo de Final Fantasy do que Warcraft, a sua inspiração são os filmes de artes marciais como O Tigre e o Dragão. Personagens que podem saltar grandes estruturas com facilidade, ou deslizar pelas florestas com grande elegância, como se fosse um espetáculo mortal de balé. Como tantos outros MMO, também existe um sistema de Cooldowns em ação (que obriga a esperar antes de repetirem uma habilidade), mas existe uma certa fluidez e elegância nos controlos que realmente motiva a uma atenção redobrada à linguagem visual das personagem.

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Para explicarmos melhor, isto significa que dois golpes básicos estão atribuídos a cada botão do rato. Carregam uma vez, e usam uma ação, mas o golpe seguinte fica imediatamente disponível, e assim sucessivamente. A produtora colocou o ícone da ação seguinte junto à personagem, para que seja mais fácil perceber qual o movimento que vão executar a seguir. Como acontece nos jogos de luta, é vital que tenham um tempo de reação veloz. Uma rasteira, por exemplo, pode ser seguida por uma pisadela, desde que sejam mais rápidos a carregar no botão do que o adversário é a levantar-se. Por outro lado, se falharem, ficam à mercê do oponente.

Outro elemento que distingue Blade & Soul é a geografia. As duas áreas que explorámos - um dojo de arte marciais e um vale - são ambos muito inspirados nos mitos das artes marciais, mas são o tipo de cenários que os filmes do género adoravam conseguir replicar num ecrã verde. Ilhas flutuantes, templos em colinas, quedas de água impressionantes. O jogo tem também uma verticalidade considerável, já que o ponto mais alto do vale está a muitos metros do chão. É por isso conveniente que uma das primeiras ações que vão aprender permita deslizar pelo ar.

Esta mecânica também implica uma atenção redobrada por parte do jogador, enquanto utilizam a distância de visão para definir o caminho a seguir através das ilhas flutuantes. Em alternativa podem apanhar correntes de vento, que servem como atalhos entre localizações. Um dos aspetos mais importantes dos MMO é o sentido de progresso, não só da personagem, mas do jogador. Quando nos colocam num ponto mais avançado do jogo, torna-se difícil fazer sentido do mapa e dos objetivos, mas parece-nos que isto não será um problema se seguirem a evolução natural do jogo.

Se em certos elementos, Blade & Soul é inovador, noutros é claramente conservador. Vão conseguir escolher entre quatro raças jogáveis e seis tipos de classes diferentes. Existem especialistas em combate sem armas, mestres de espadas, fanáticos de machados, peritos de longa distância e espécies de magos. Decidimos começar com o mestre de espadas, que permite bloquear os ataques inimigos com facilidade. Para a segunda sessão de jogo, preferimos escolher um feiticeiro que domina os elementos de fogo e gelo.

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O jogo está a tentar passar uma sensação de grandeza e ligação às armaduras e as armas. A ideia é que será possível optar por dois caminhos: ou compram acessórios novos, ou melhoram os que já têm. Também é curioso o facto de existir uma diferença entre armadura e roupa, que permite equipar a aparência que desejam sem afetar os bónus do equipamento. É uma proposta interessante, mas que pode ter um impacto no PvP, já que será mais difícil identificar visualmente o nível dos oponentes.

Embora a produtora tenha referido que a sua interface foi desenhada de forma a que o jogador raramente tire os olhos da ação para olhar para a barra de ícones, a verdade é que sentimos uma necessidade mista de olhar para ambos. Os ataques em sequência são demasiado diversos para nos limitarmos aos dois botões do rato, mas é possível que consigam dominar o teclado, sobretudo se são peritos no género.

Além da exploração que acontece em mundo aberto, Blade & Soul também vai incluir masmorras, que podem ser completadas com dois, quatro ou seis jogadores. Também existem Raids para 24 grupos de jogadores, mas apenas para nível máximo. Só tivemos a oportunidade de experimentar parte de uma das masmorras, mas foi uma das primeiras e era muito simples.

Em resumo, foi uma amostra interessante de Blade & Soul. O espírito das artes marciais acaba por acrescentar uma camada peculiar a um esqueleto comum a muitos outros MMO. O facto de já incluir muito do conteúdo que foi entretanto lançado na versão asiática, significa que podem contar com várias horas de jogo. Agora resta esperar pela versão final para a Europa, para percebermos se Blade & Soul tem realmente algo de novo a acrescentar ao género, ou se estará destinado a desaparecer num oceano de outros MMO.

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