Zombie Vikings

Se, como nós, cresceram a jogar durante a década de 90, existem certos géneros clássicos que têm um lugar especial no vosso coração. Os jogos de ação lateral, como Golden Axe, Final Fight, Streets of Rage e Double Dragon, estão entre os exemplos de títulos que nos enchem de nostalgia e ainda hoje em dia é difícil resistir a um bom jogo do género. Apesar de ser um estilo clássico, ainda existe espaço para alguma inovação e modernização, como nos mostrou Castle Crashers há uns anos, por exemplo, e Zombie Vikings pretende seguir a mesma linha.

A produtora Zoink Games (Stick It to the Man!) pode não ser a escolha mais óbvia para tentar uma abordagem ao género, mas depois do sucesso que conseguiram com o seu divertido jogo de aventura, a produtora decidiu tentar a sorte com Zombie Vikings. É uma abordagem invulgar por parte da Zoink Games, e jogá-lo é uma experiência igualmente surreal.

A história é um pouco rudimentar e baseia-se na mitologia nórdica. Loki (quem mais?) está a preparar mais um plano maléfico e agora roubou o olho de Odin. O grande deus nórdico decide então ressuscitar quatro vikings lendários, e ordena-lhes que recuperem o olho roubado. Ou seja, ao contrário do que é habitual, em Zombie Vikings vão jogar como zombies a matar seres vivos. É um reviravolta que permite momentos engraçados e algumas mecânicas de jogo interessantes. Como já estão mortos, perder saúde não é algo necessariamente mau em Zombie Vikings, e permite algumas cooperações curiosas entre as personagens. Até podem enfiar a arma nos outros zombies e levantá-los para criar uma espécie de espetada de zombies.

Klaus Lyngeled, diretor criativo da Zoink Games, conversou com o Gamereactor depois da nossa sessão de jogo, e afirmou o seguinte:

"A história está montada de forma a que os jogadores tenham de percorrer 10 mundos diferentes à procura do olho de Odin. Ou seja, são 10 mundos e cada um tem algo como três ou três níveis e meio; o que significa um número a rondar os 30 níveis. O nosso objetivo é colocar a longevidade pouco acima das 10 horas. Mas isto é o conteúdo base, porque também existem missões secundárias que podem cumprir. São missões onde podem ganhar armas novas, algum dinheiro ou outros itens do jogo."

Podem portanto escolher entre quatro vikings semi-mortos, ou jogar em modo cooperativo com amigos. Um dos nossos favoritos é Seagurd, capaz de aplicar uma boa cacetada e de utilizar a sua lula mascote, InkyPinky, que pode atirar tinta ou invocar um enorme tentáculo gigante quando está carregado. Também existe o enorme Gunborg, o pequeno Caw-kaa, e Hedgy, que não tivemos tempo de experimentar.

É um grupo que oferece uma boa dose de variedade, mas é a forma como os guerreiros combinam na jogabilidade que pode acabar por distinguir Zombie Vikings. Se perderem a cabeça (são mortos-vivos afinal de contas), por exemplo, outro jogador pode espetar a vossa cabeça, permitindo-vos continuar a lançar ácido pútrido aos inimigos. Os outros jogadores têm depois de reunir o vosso corpo e cabeça. Existe espaço para muitos acidentes semelhantes, que podem provocar momentos hilariantes.

Pelo que nos disse Klaus, vai existir uma boa dose de conteúdo, e o estilo de arte peculiar é sem dúvida um dos pontos fortes do jogo. Divertimos-nos imenso com Zombie Vikings, mas um detalhe preocupa-nos. Devido ao estilo de arte que emprega e à natureza da jogabilidade, pode ser difícil perceber o que se passa no ecrã durante momentos de maior confusão.

É algo que pode ser resolvido e afinado antes do lançamento, ou é simplesmente um caso dos nossos olhos se habituarem às peculiaridades das personagens, mas durante esta curta sessão de jogo, o caos pareceu-nos demasiado confuso. De qualquer forma, Zombie Vikings tem lançado marcado para julho, no Steam e na PS4, e irá chegar a outras plataformas mais tarde.