Se gostam de personalizar e optimizar personagens, e apreciam o género de estratégia em tempo real e RPG de ação, então devem manter este Kyn debaixo de olho. É um jogo para um único jogador, baseado num estilo de fantasia nórdico, onde vão controlar várias personagens enquanto combatem todo o tipo de bestas.
Nesta impressão inicial, pareceu-nos ser um jogo algo complexo. Cada uma das três personagens que controlámos tinham a sua árvore de habilidades específica, e com a quantidade de espólios que os inimigos largam, vão mudar o seu equipamento regularmente. Também podem criar conjuntos de equipamento que podem mudar instantaneamente para se ajustarem aos requisitos de cada batalha.
A versão que experimentámos permitia selecionar grupos predefinidos, desenhados para mostrarem os vários estilos de jogo disponíveis. Optámos pela definição mais equilibrada - a santa trindade dos RPG, se quiserem - com um 'tanque', um mago e um arqueiro. Outra opções permitem criar equipas especializadas, como dois arqueiros e um mago, por exemplo (a nossa configuração favorita). Para coordenarem as três personagens vão precisar de estar atentos, pelo menos nas primeiras horas. Pagámos caro por algumas distrações, quando devíamos estar a prestar atenção ao cenário.
À semelhança de Diablo e outros jogos do género, cada habilidade fica atribuída a uma tecla do teclado ou a um botão no comando (também será lançado para PS4). Nesse tipo de jogos é comum existir um botão que pausa a ação, normalmente o Espaço se for um teclado. Neste caso a ação não pára completamente, mas abranda durante alguns segundos, permitindo redefinir o plano e as ações das personagens.
Vão encontrar vários tipos de inimigos durante o jogo. Os maiores adversários requerem ataques concentrados, embora as unidades básicas sejam despachadas com relativa facilidade. Os grupos de inimigos são normalmente equilibrado, incluindo magos que podem regenerar a saúde dos companheiros. É importante que eliminem as unidades por ordem de importância, embora por vezes possa ser complicado contra grupos maiores.
A julgar pela demo, Kyn não será um jogo fácil, pelo contrário. Se não gostam de um bom desafio, ou têm pouca paciência para uma abordagem de tentativa e erro, não será para vocês. Existe muito que ponderar durante o jogo e precisam de aproveitar todas as vantagens que têm, incluindo abrandar rapidamente a ação para mudar uma peça de equipamento. Um elemento que foi referido no evento, mas que não tivemos oportunidade de explorar a fundo, é a sinergia entre personagens, algo que só começa a ser evidente depois de um período mais alargado de tempo. O jogo também vai empregar um sistema de inteligência artificial que começa a evoluir ao longo da aventura, mas este é outro elemento que terá de ser analisado melhor mais tarde.
A verdade é que Kyn parece ser um jogo muito variado e só abordamos a sua superfície. Cada personagem individualmente pode não ser tão complexa como o herói singular que controlam em Diablo, por exemplo, mas o jogo final permitirá formar grupos de seis (embora a demo estivesse limitada a três) e a sua gestão irá obrigar a uma atenção redobrada. O início até pode ser um pouco esmagador, exigindo muito do jogador, mas supomos que é algo que melhora com o tempo. Estamos no entanto um pouco preocupados com o ritmo da ação, algo que terá de ficar para uma revisão na análise.
Visualmente, Kyn não engana as suas origens como jogo produzido com a tecnologia Unity. Tem um aspeto engraçado, com ambientes bem decorados, e apresenta um estilo arrojado com uma palete de cores bem viva. Quando ao sistema de menus, embora complexo, tem uma navegação relativamente facilitada e as informações no ecrã nunca são intrusivas. O som pareceu-nos agradável, sem se destacar por aí.
Encontrámos alguns problemas com o percurso de algumas personagens, que ficaram presas no cenário de tempos a tempos, mas nada de alarmante. A dificuldade e a complexidade dos sistemas é um pouco assustador de início, mas é algo que poderá ser considerado como um ponto a favor para muitos jogadores. É o tipo de aventura de que precisamos de ver muito mais para termos sequer uma ideia da real qualidade do jogo, mas as primeiras impressões foram agradáveis.