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AER: Memories of Old

AER

Ainda falta algum tempo para o lançamento, mas estamos ansiosos para voltar a voar nos céus de AER.

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Quase todas as indústrias gostam de seguir modas e tendências - até os videojogos. Por vezes são os zombies que ganham popularidade, noutras ocasiões surgem vários jogos onde a experiência cooperativa é o grande foco. A indústria está cheia de tendências, ligadas a temas, géneros ou estilos visuais. Neste momento, parece-nos que os jogos em mundo aberto são a grande tendência nos videojogos.

Com o aumento do poder das consolas, muitas produtoras optaram por expandir os seus mundos de jogo, oferecendo maior liberdade ao jogador e conteúdo para explorarem. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, The Witcher 3 e The Legend of Zelda (Wii U) são exemplos de jogos que eram algo lineares e que agora decidiram abrir os seus mundos de jogo, juntando-se a outros títulos como Just Cause 3, Batman: Arkham Knight e No Man's Sky. Só para referir alguns jogos que serão lançados nos próximos meses.

É em No Man's Sky que a produtora sueca Forgotten Key parece ir buscar mais inspiração. O estúdio, formado por seis elementos, começou a trabalhar no projeto sem qualquer ideia para a história ou mecânicas de jogo, mas tinha um conceito bem definido para o que queria abordar com AER - exploração e descobrimento. E foi isso que tivemos a oportunidade de experienciar numa visita ao estúdio. O mundo de jogo é formado por várias ilhas pequenas flutuantes - algumas incluem residentes e vida animal, outras destacam-se com ruínas misteriosas. O conceito de pequenas ilhas e um estilo visual Cel-Shading, lembra-nos de imediato de The Legend of Zelda: The Wind Waker - com a diferença de que aqui não vão andar de barco, mas voar.

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O protagonista pertence a uma tribo nómada, que tem uma particularidade muito curiosa. De tempos a tempos, nasce alguém nesta tribo com um dom que lhe permite assumir a forma de um pássaro e voar. Esta pessoa é depois escolhida e treinada para ir numa peregrinação, à procura de indícios do passado. Durante uma sessão nos estúdios da Forgotten Key, tivemos a oportunidade de explorar um pouco desse mundo, e até descobrimos que existem outras pessoas que podem assumir uma forma animal. Também descobrimos que algo de errado se passa com o mundo. Encontrámos um local onde existe uma escuridão que se está a alastrar - naturalmente, cabe aos jogadores descobrir o que está a causar isto e parar o seu avanço.

A experiência é maioritariamente composta pela capacidade de voo do protagonista e por um grande sentido de exploração e descoberta. Os controlos de voo são muito simples, permitindo bater asas para ganhar altitude, ou mergulhar em voo picado para ganhar velocidade. Também é possível abrandar o ritmo para aterragens em locais específicos. Um dos produtores fez uma comparação curiosa com Wipeout, mas AER lembrou-nos mais de Pilotwings. O que importa é que o voo pareceu funcionar bastante bem, o que é um excelente sinal considerando que a produção ainda está numa fase muito primária.

Embora o mapa ainda estivesse limitado em termos de conteúdo, ficou evidente a noção de exploração que o jogo pretende transmitir, com muito para descobrir nas ilhas flutuantes. Na versão final, a maior parte do mapa estará aberta logo de início e serão livres para explorar na ordem que preferirem.

Existe um outro jogo digital que tem um conceito semelhante - No Man's Sky - onde será possível explorar uma galáxia inteira. Nesse sentido, existem semelhanças evidentes entre os dois jogos, embora o papel de Auk em AER seja um pouco diferente - aqui terão o objetivo de salvar um mundo em perigo. Outra diferença é que o mundo de AER é finito, com localizações definidas e construídas pela equipa, além de existirem monstros que terão de enfrentar ou tentar evitar (se estiverem curiosos com No Man's Sky, podem espreitar a nossa antevisão mais recente).

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AER: Memories of Old

AER também apresenta um estilo visual peculiar, com uma abordagem minimalista ao detalhe. As superfícies, os objetos e as criaturas mostram uma ausência de detalhe pouco habitual, onde os polígonos acabam por ser evidentes. É uma abordagem artística, provavelmente mais fácil de realizar que um estilo realista, mas que sabe utilizar as cores vivas dar grande ambiência ao jogo. Por momentos parecia que estávamos a voar dentro de uma pintura moderna - e a equipa de produção reconheceu que Journey e The Legend of Zelda: Wind Waker foram uma inspiração.

Todas estas referências e comparações a outros jogos, são claramente favoráveis a AER, mas a experiência em si acaba por ser muito peculiar. Existe um verdadeiro sentido de liberdade e de descoberta, que provavelmente será apreciada pelos jogadores mais aventureiros. É cedo para perceber qual será a forma final de AER -só será lançado para PC, PS4 e Xbox One em 2016 -, mas estamos ansiosos para voltar a explorar o mundo criado pela Forgotten Key.

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