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Nero

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A meio caminho entre Myst e Journey, o primeiro jogo de Storm in a Teacup deixou boas primeiras impressões.

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À semelhança do que acontece em Portugal, também em Itália se está a gerar grande entusiasmo pelos projetos locais. Existem vários pequenos estúdios a trabalhar em jogos interessantes que mostram uma coragem e uma visão que simplesmente escapa aos grandes AAA. A Storm in a Teacup é um desses estúdios, situado em Roma, que está em funcionamento há pouco mais de um ano. A equipa foi formada por dois veteranos locais da indústria - Carlo Alimo e Ivo Bianchi - que decidiram unir forças para a realização de um projeto ambicioso chamado Nero.

A produção definitiva do jogo arrancou em fevereiro passado, que para já, é um exclusivo de Xbox One. Em termos de resumo básico do conceito, pode ser descrito como uma aventura gráfica situada entre Myst e Journey. O Gamereactor teve entretanto a oportunidade de experimentar Nero durante uma visita aos estúdios da Storm in a Teacup.

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O impacto inicial é imediatamente preenchido por uma atmosfera quase de sonho. Nero passa-se num mundo que se distingue pelo tom negro e roxo, mas que utiliza fortes cores fluorescentes para destacar elementos das personagens e do cenário. Começamos por controlar uma criança, que tinha acabado de sair de um pequeno barco num cais abandonado. No cenário são visíveis palavras literalmente a flutuar, que parecem descrever parte de uma história maior e que vão fazendo sentido com o decorrer da aventura. É uma boa forma de nos motivar a continuar a percorrer a floresta densa que temos pela frente, à procura de novas pistas e elementos da história. São fragmentos que indicam mais um pouco do passado da personagem e o seu propósito.

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É difícil não ficar impressionado com a beleza do mundo de Nero. O estilo empregado pelo estúdio é impressionante e tem uma magia muito própria - que só é quebrada pelos vários 'bugs' que o jogo ainda apresenta. Nero ainda está longe do lançamento, pelo que apresenta várias falhas que - esperemos - não estarão presentes na versão final.

Depois de um curto período de exploração, encontrámos o primeiro puzzles; é um jogo de aventura e vão ter de resolver vários problemas. A criança faz-se acompanhar de uma pequena bola mágica que permite mover obeliscos e formar um padrão, desbloqueando o percurso. Por toda a beleza e magia que o jogo inspira, existe aqui algo de perturbador e misterioso no mundo de Nero. É o tipo de jogo em que a atmosfera e a banda sonora têm de ser perfeitas, ou a experiência irá sofrer demasiado.

A nossa (curta) sessão de jogo termina pouco depois, quando chegamos a uma sala com camas de hospitais colocadas umas em cima das outras, além de registos médicos e outros itens semelhantes. É uma quebra estranha para o estilo que o jogo estava a apresentar e que estabelece uma nova camada de mistério. Prece-nos o tipo de experiência em que convém evitar 'spoilers' a todo o custo.

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Esta primeira incursão pelo mundo de Nero deixou-nos intrigados. Parece existir um equilíbrio muito curioso entre o surreal e o real, que nos deixou com a pulga atrás da orelha. Queremos explorar mais e descobrir o que se passa e qual é o passado daquela criança. Parece-nos claramente o tipo de jogo que pode ter um impacto forte no jogador, embora seja ainda cedo para ter certezas.

Nero está para já previsto como um exclusivo de Xbox One e não existem (de momento) planos para o libertar noutras plataformas. O jogo tem lançamento marcado para 2015, embora a Storm in a Teacup prefira não se comprometer com uma data, até porque como nós próprios vimos, ainda existe muito trabalho pela frente. Seja como for, a magia de Nero deixou uma forte primeira impressão. Espreitem o trailer em baixo para ficarem com uma ideia do estilo de Nero.

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