Magicka 2

A produção do Magicka original foi atribulada, amaldiçoada por vários problemas graves, como a impossibilidade de jogar online aquando do lançamento e a incapacidade da produtora para lançar o jogo nas consolas, apesar de várias tentativas. Ainda assim, Magicka é o maior sucesso da editora Paradox Interactive, com mais de dois milhões de exemplares vendidos e um mar de pacotes de DLC pelo caminho.

Este sucesso deveu-se sobretudo ao sistema de combate incrivelmente profundo e variado do jogo, onde quatro feiticeiros unem forças no ecrã para combinarem elementos e criarem feitiços. Adicionem resmas de inimigos, co-op para quatro jogadores e 'fogo amigável', para terem uma experiência divertida com vários momentos de glória e alguns acidentes hilariantes. Depois de produzir alguns DLC, a produtora original Arrowhead Game Studios partiu para outros projetos, deixando Magicka nas mãos da Pieces Interactive. E enquanto a Arrowhead Game Studios começou a trabalhar em Gauntlet e Helldivers, a Piece Interactive deu início à produção da sequela.

As razões exatas para o impedimento do lançamento de Magicka nas consolas são ainda hoje algo desconhecidas, apenas se sabem alguns rumores. Tratando-se de uma editora puramente digital, a Paradox Interactive teve dificuldades para se afirmar na PS3 e na Xbox 360, mesmo com um jogo de tanto sucesso como Magicka. Ainda assim, e apesar de ser um exclusivo PC, Magicka foi concebido com o comando em mente, e não a tradicional combinação rato/teclado. Talvez por isso esta sequela pareça tão natural com o DualShock 4 nas mãos (jogámos no PC, mas com o comando da PS4). Trocar de elementos foi tão simples como carregar num gatilho e tocar no botão correspondente.

O universo e a história de Magicka estão recheados de cliché, mas é tudo muito intencional e divertido. É o tipo de jogo que não se leva a sério. A ação deste Magicka 2 arranca pouco depois dos eventos de Magica: Wizard Wars, DLC do original. Foi uma guerra civil entre feiticeiros e isso provocou grandes baixas entre o lote de magos de Midgard. Mesmo os que sobreviveram encontram dificuldades para manter a sanidade intacta. Não sabemos muito mais sobre a história de Magicka 2, excepto que as quatro personagens partiram para o mundo à procura de extinguirem o mal, ajudados por uma personagem chamada Vlad. Nesta demo tivemos a oportunidade de experimentar um nível recheado de neve. Embora os ambientes sejam diferentes do original, a sequela mantém a cultura nórdica como referência. O conceito do jogo é essencialmente o mesmo, mas foram feitas algumas alterações, como o sistema de artefatos, que aumentam o valor de repetição do jogo.

Estes artefatos funcionam de forma semelhante às caveiras de Halo, no sentido em que oferecem soluções para alterar as regras do jogo. Podem tornar a ação mais fácil ou mais difícil, por exemplo diminuindo a saúde das personagens e aumentados as dos inimigos. Existem muitas opções para refinarem a experiência ao vosso gosto, o que é fantástico, porque é precisamente este tipo de funções que aumentam a diversão do modo cooperativo, sobretudo local.

Durante a apresentação foi referido, repetidamente, que o modo online tem sido uma prioridade da equipa desde o início da produção, para impedir que aconteçam os mesmos problemas que afetaram o original. O conceito de Magicka era brilhante, e a sua premissa mantém-se totalmente intacta com esta sequela. O jogo terá consideravelmente mais itens (robes, bastões, etc) e feitiços, para uma experiência ainda mais variada. Também nos pareceu bastante mais polido e com um design que beneficia o modo cooperativo. Mais importante ainda, divertimo-nos imenso durante esta sessão com Magicka 2 e mal podemos esperar para o experimentar de novo.