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Hunt: Horrors of the Gilded Age

Hunt: Horrors of the Gilded Age

O antigo estúdio de Darksiders mostrou-nos o seu novo trabalho, agora sob o nome de Crytek USA.

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Considerando as histórias recentes de que a Crytek está com grandes dificuldades financeiras e que nem sequer consegue pagar ordenados, não é surpresa o número de rumores sobre falência ou a possível venda da empresa. Isto, contudo, pode desviar atenções do facto de que a Crytek teve uma presença bastante forte na E3. Mostraram o seu novo MOBA, Arena of Fate, o FPS da Crytek UK, Homefront: The Revolution, e ainda este Hunt: Horrors of the Gilded Age, da Cyrtek USA - um jogo free-to-play que promete a qualidade de um jogo de 60 ou 70 euros.

O conceito de Hunt: Horrors of the Gilded Age passa por missões cooperativas com grandes batalhas de bosses. Um pouco semelhante ao conceito de Left 4 Dead, mas jogado numa perspetiva na terceira pessoa. Curiosamente, mesmo tratando-se de um género muito diferente, nota-se que é a produtora que nos trouxe os dois Darksiders anteriores, já que um pouco do ADN dessa série passou para este Hunt. Os bosses, por exemplo, apresentam o mesmo tipo de peso e de movimentos que reconhecemos de Darksiders.

Hunt: Horrors of the Gilded Age

Na verdade, é um jogo de caça. Um jogo de caça onde assumem os papéis de uma espécie de liga de super-caçadores obcecados com o objetivo de encontrar e abater seres sobrenaturais. Hunt utiliza a tecnologia CryEngine, o motor que alimentou Crysis, e está a ser produzido para PC e consolas de nova geração. Assim, não é de estranhar o excelente aspeto que já apresenta.

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O mapa que nos mostraram na E3 passou-se num pântano de Louisiana, nos EUA, um ambiente normalmente associado a bruxas, e foi precisamente isso que caçámos na E3. Fomos ainda informados que os mapas são gerados proceduralmente, de forma a garantir variedade e suspense sempre que repetem os mapas.

"O jogo é todo sobre caçar criaturas da mitologia e do folclore," disse-nos o diretor Adams. "Ao olhar para várias áreas do mundo - e o plano a longo prazo é inserir áreas de todo o mundo - existe muito material, mas para a primeira área queríamos algo que estivesse mais próximo do folclore local e existem muitas coisas que podemos utilizar ligadas a pântanos. Além disso é um cenário que não aparece muito em videojogos. Toda a cultura vodu e tudo isso nunca foi muito explorado no nosso meio, por isso achámos que seria um bom ponto de partida."

Hunt: Horrors of the Gilded Age

Quando a THQ teve de fechar portas, a Vigil Games (agora Crytek USA), estava a trabalhar num projeto novo ("os direitos disso não nos pertencem"), pelo que a equipa teve de começar tudo do início depois de assinarem com a Crytek. Quando começaram a trabalhar no projeto, o tema era original, mas foi curioso perceber que estiveram vários títulos baseados no século XIX e em histórias sobrenaturais na E3. The Order: 1886, Bloodborne, The Devil's Men e BattleCry são alguns exemplos, embora com conceitos diferentes.

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Até chegármos ao fim da apresentação e da demo, ainda não nos tinhamos apercebido que o jogo utiliza uma estrutura free-to-play, à semelhança de Warface e Arena of Fate, também da Crytek. Para dizer a verdade, nunca nos pareceu um jogo limitado em nenhum aspeto, um preconceito normalmente associado a jogos free-to-play - daí a nossa surpresa quando percebemos que era esta a estrutura do jogo. É ainda mais surpreendente porque não é um exclusivo de PC - também será lançado para PS4 e Xbox One.

Ao contrário de outros jogos do género, Hunt: Horrors of the Gilded Age não vai incluir classes predefinas. Em vez disso os jogadores poderão definir os seus papéis no grupo através do tipo de armas e habilidades que escolhem antes de abordarem um mapa.

Hunt: Horrors of the Gilded AgeHunt: Horrors of the Gilded AgeHunt: Horrors of the Gilded Age

"Se viram algo num filme ou num livro sobre aquele período de tempo, é provável que encontrem uma relação no jogo. Podem jogar com uma personagem tipo Sherlock Holmes, ou com um atirador ao estilo de Clint Eastwood. Ou até Annie Oakley. Se quiserem, podem criar um caçador de bruxas e criaturas sobrenaturais. Têm controlo absoluto sobre o vosso aspeto, as armas que carregam e as habilidades que podem usar. É nesse aspeto que o jogo incluir vários aspetos inspirados no género RPG," disse-nos Adams.

Considerando o passado da editora, mas sobretudo a qualidade dos jogos que apresentou na E3, incluindo este Hunt: Horrors of the Gilded Age, esperamos que a Crytek possa ultrapassar esta fase complicada. Este jogo em particular parece-nos uma proposta muito interessante, do tipo que provavelmente pagaríamos 60 ou 70 euros por ele.

Em baixo podem espreitar a entrevista, em inglês, com o diretor David Adams

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