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Forza Horizon 2

Forza Horizon 2

Forza vai expandir - literalmente - os horizontes no outono. Mas será realmente este o melhor formato para Forza?

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Quando a Playground pegou em Forza há alguns anos, receberam instruções para fazer algo diferente do que a produtora original - Turn 10 - já tinha feito com Motorsport. A opção recaiu por abrir os horizontes da série e expandir desde as pistas fechadas para um mundo aberto. E assim nasceu Forza Horizon. O nome, Forza, é o mesmo. O tema, de condução semi-realista, também. Mas o facto do mundo ser muito maior torna-o numa experiência diferente. Querem conduzir um pouco em terra batida? Não precisam de ir ao menu selecionar essa opção - basta conduzir até lá.

O Horizon original não foi o primeiro jogo de condução a abrir os seus "horizontes", longe disso, já existiam vários títulos do género em mundo aberto. O que realmente distinguiu o jogo dos demais foi o sabor a festival que a Playground introduziu, uma espécie de interpretação moderna do que foi outrora o espírito dos jogos de condução da Sega. A competição é tão feroz e séria como em Forza Motorsport, mas o ambiente à volta é mais descontraído. Menos condução elitista, mais espírito de festa.

É esse mesmo conceito que é transportado para a sequela. É o mesmo tipo de design e as mesmas ideias, mas agora adaptadas à nova geração, com a Xbox One. O jogo também será lançado para Xbox 360, mas essa versão está a ser produzida por inteiro na Sumo Digital - tudo o que a Playground faz é Xbox One. Durante a E3 tivemos a oportunidade de experimentar uma demonstração com três carros. A corrida levou-nos sensivelmente desde o centro do mapa até à costa, terminando num porto com multidões em histeria e jatos a voar por cima. Não sabemos se foi a música, a linda paisagem que observámos durante a corrida ou o delírio da multidão, mas toda a experiência lembrou-nos de Outrun, o clássico da Sega.

A Playground sabe como tornar a rota atrativa, além das curvas da própria estrada, levando-nos entre o campo e as montanhas. Quando atravessámos um campo de feno, observámos enquanto balões partiam no horizonte. Inconscientemente inclinamo-nos para a direita na cadeira, ao passarmos por baixo de uma rocha pendurada, e chocamos contra a barreira de uma ponte distraídos com a vista (a opção de "rebobinar" a ação ainda está presente - utilizámo-la para voltar atrás e impedir o embate na ponte, mas acabamos por chocar com um carro logo de seguida). E ainda existe a banda sonora personalizável, para um último toque pessoal.

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Estamos impressionados com o design, mas não tanto com o grafismo. A passagem para um mundo tão expansivo tem o seu preço, pelo que Horizon não consegue ter o mesmo impacto visual que Motorsport 5. Ainda assim o jogo tem bom aspeto e achamos que a escolha para uma localização com sabor europeu foi a decisão certa. As rotas e as estradas parecem naturais e não criadas para servir o jogo. Reparámos em variedade e distrações suficientes para nos encherem o olho, mesmo durante uma sessão curta de jogo.

Os atalhos oferecem mais opções, além dos caminhos indicados pelo GPS. Quando chegámos ao campo de feno que mencionámos em cima, a IA optou por cortar caminho pela propriedade de alguém, cortando uma curva completa. Existem, porém, algumas desvantagens por tomar estes atalhos. Nem todos os carros se portam bem em terrenos destes e se não seguirem o percurso regular, não vão ganhar alguns pontos de experiência.

Três corridas depois, não podemos dizer que não nos divertimos, mas ainda é muito cedo para o sim ou sopas. É preciso perceber melhor como funcionam os sistemas por trás do jogo e a própria estrutura. E ainda falta ver o resto do mundo e como funciona o online. Se pode ser mais divertido que Forza Motorsport 5? Sim, pode vir a ser, mas ainda é cedo para o julgar devidamente.

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