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Batman: Arkham Knight

E3 2014: Batman: Arkham Knight

A Rocksteady prepara-se para se despedir de Batman com estrondo.

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Por vezes é difícil esconder o entusiasmo por trás da máscara profissional que temos de vestir como jornalistas. Afinal de contas, somos também fãs ávidos de videojogos, e dada a forma como algumas apresentações são montadas, torna-se difícil disfarçar esse sentimento.

Algumas das reações mais recentes aconteceram na Creative Assembly, quando vimos Alien: Isolation pela primeira vez. Depois de uma sessão de jogo, sem saber o que esperar, não conseguimos impedir alguns palavrões pelo medo e pânico que o jogo nos induziu. Mais recentemente ainda, durante a E3, experimentámos Elite: Dangerous, ao lado dos produtores, que gargalharam quando largámos outro palavrão depois de observarmos um salto espacial pela primeira vez. Os produtores adoram este tipo de reações honestas, porque sabem que foi o seu jogo que as causou.

Batman: Arkham Knight já nos tinha impressionado, tanto em apresentações anteriores, como na conferência da Sony. Guardámos o novo (e último) capítulo da trilogia da Rocksteady para o final da E3. E fizemos bem, porque observamos uma sessão de jogabilidade à porta fechada, que nos deixou estonteados.

Batman: Arkham KnightBatman: Arkham Knight
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Sabíamos que a Rocksteady estava a construir o terceiro ato da sua saga Arkham (Origins pertence a outra produtora) em cima do que foi feito antes, mas existe muito mais a enfeitar essa base. A nova estrela é o Batmobile, que se transforma de bólide demolidor em tanque deslizante, tudo com um botão. Até podem controlar o carro à distância, para resolver puzzles e até em combate, como um golpe final de uma combinação. Os nossos olhos arregalaram com a presença de uma cidade de Gotham criada de raiz e super detalhada, desenhada para aproveitar o poder da nova geração de consolas (beneficiando também o PC no processo). Mas não foi só em largura que a cidade aumentou, Gotham também cresceu para cima, salve a redundância. Existe uma nova verticalidade fantástica, que de certa forma praticamente duplica as zonas exploráveis do jogo. E mesmo no carro, a correr a alta velocidade enquanto rebenta passeios e barreiras, podemos olhar para os edíficios em volta e no horizonte, sem qualquer perda de qualidade. A nova tendência Indie de Sony e Microsoft é louvável, mas foi para isto que gastaram o dinheiro numa consola nova.

Já estávamos à espera de algo impressionante, mas esta demonstração surpreendeu-nos. Ficámos literalmente de boca aberta, uma reação que provocou um sorriso ao produtor, provavelmente já brindado com reações semelhantes ao longo da feira. A E3 estava repleta de jogos bonitos, mas Arkham Knight estava entre os mais impressionantes.

O segmento que nos mostraram colocou o Batman à procura de um trabalhador da fábrica ACE (um piscar de olhos aos fãs de Joker), antes de ser confrontado com o Arkham Knight, uma figura misteriosa que foi criada de raiz para este jogo e que utiliza um fato semelhante ao do Cavaleiro das Trevas, embora ligeiramente mais militar e menos teatral. Depois de uma curta conversa entre ambos, iniciou-se um confronto entre o herói e alguns dos guardas ao serviço de Arkham Knight. O sistema de combate continua a ser dos melhores do mercado e agora está mais refinado. Depois de se livrar dos oponentes - nunca tiveram hipótese -, Batman liberta o trabalhador e coloca-o num compartimento do Batmobile, enviando depois o carro para outra zona da cidade para o deixar em segurança. Parece-nos que este tipo de missões de salvamento serão parte dos objetivos secundários.

A maior parte da cidade foi evacuada depois das exigências do Scarecrow, mas existem veículos armados a patrulharem as ruas, que terão de destruir com o Batmobile. Mas não se preocupem, são veículos controlados por uma IA, não têm passageiros, logo, Batman não está a quebrar a sua "única regra." Para o carro assumir a forma de tanque, têm de segurar um botão. Se o largarem, volta à figura normal.

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Batman: Arkham Knight

Os disparos dos veículos inimigos requerem normalmente um pequeno carregamento, suficiente para que possam direcionar o Batmobile para fora de perigo. Além disso, o poderosíssimo bólide de Batman vem equipado com um pequeno boost lateral. O carro vem tão carregado de truques como o seu dono. Existe um gancho, por exemplo, que permite puxar ou recolher objetos. Numa secção da demo foi necessário para subir um elevador desativado, para carregar Batman. Parece-nos que este tipo de controlo remoto do veículo terá uma grande importância no jogo.

Se existe algo que podemos apontar a Batman: Arkham Knight, ou pelo menos é uma pequena dúvida que temos, é talvez a possível falta de concentração que vimos em City e, em muito maior evidência, Origin. Neste aspeto Asylum ainda é o melhor da série, embora City seja obviamente maior.

Tirando esse pequeno apontamento, temos pouco que nos preocupe em relação a Arkham Knight. A Rocksteady conhece o Cavaleiro das Trevas como ninguém e tem dois excelentes jogos para o provar. Agora com o poder da nova geração, esta pode ser a despedida a produtora e o herói merecem. E nem sequer existe nenhum modo multijogador desnecessário para distrair a produtora.

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