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God of War

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Sem deuses para enfrentar na mitologia grega, Kratos vira-se para a mitologia nórdica com a ajuda do seu filho.

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Os deuses do Olimpo estão mortos, brutalmente assassinados por Kratos em God of War III. A sua estória trágica de vingança concluiu há mais de sete anos, com o lançamento original na PS3, mas a aventura de Kratos ainda não terminou. Agora, com uma estória que arranca muitos anos depois dos eventos do terceiro jogo, o espartano vira-se para a mitologia nórdica, com Odin, Loki, e Thor entre a lista de potenciais vítimas.

Este novo God of War não é literalmente um reboot, já que é a mesma personagem, e todos os eventos dos jogos anteriores aconteceram dentro deste universo. Contudo, é de muitas formas um novo início para a saga de Kratos, ao nível de mecânicas de jogo, de abordagem ao combate, e de estrutura do mundo. Muito mudou no mundo de God of War, incluindo o próprio Kratos, que agora é pai, tem uma barba enorme, e é interpretado por um novo ator, Christopher Judge (Terrence C. Carson emprestou a sua voz a Kratos nos jogos anteriores).

Kratos agora vive nas montanhas nevadas, com o filho Atreus, e esse elo será a base da estória e até da jogabilidade. Será uma estória de redenção, de um pai que tenta proteger o seu filho, não só dos muitos perigos que habitam a região nórdica, mas também da raiva que consumiu outrora o próprio Kratos. "É uma estória sobre Kratos ensinar ao seu filho como ser um deus, e sobre o seu filho ensinar a Kratos como ser um humano novamente," disse-nos um representante da Santa Monica Studio. Aparentemente Atraeus sabe que o seu pai é um semi-deus, mas não conhece inteiramente o seu passado (como o que aconteceu com a sua família original, por exemplo).

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Quando o jogo começa, Atreus é ainda uma criança inexperiente, que nunca matou, e nunca caçou verdadeiramente. Segundo a Santa Monica Studio, Atraeus irá crescer durante a aventura, e passará a ser um companheiro válido para Kratos. Olhando de fora, sem termos ainda jogado verdadeiramente God of War, lembra-nos um pouco a relação entre Joel e Ellie em The Last of Us.

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Atreus também pode ser utilizado em combate, e até existe um botão que pede especificamente ao rapaz que ajude Kratos. Ele terá acesso a um arco e a habilidades únicas, que podem neutralizar inimigos, mas também pode servir para resolver puzzles e ultrapassar secções de plataformas. Segundo o estúdio, Atreus nunca será uma preocupação para o jogador (a menos que a estória a isso obrigue) em termos de jogabilidade, e promete que o rapaz será perfeitamente capaz de ficar fora de perigo.

O combate será também muito diferente do que conhecemos nos jogos originais. Para começar, a perspetiva fixa da câmara em ângulos pré-definidos deu lugar a uma câmara móvel colocada atrás de Kratos. As habituais lâminas de Chaos foram trocadas por um machado mágico, que à semelhança do martelo de Thor, pode ser arremessado e 'chamado' a qualquer momento no jogo. Quando não tem o machado na sua posse, Kratos serve-se dos próprios punhos para desfazer os inimigos, e a certo ponto terá também acesso a um escudo. Supomos que ao longo da aventura irá encontrar mais armas e acessórios. God of War continua a ser um jogo violento, e Kratos não é nenhuma flor que se cheire, mas não parece ser tão brutal como God of War III - poucos jogos o são. O facto de ser uma estória de redenção, e de passagem de testemunho para o filho, batem certo com a redução da brutalidade (ainda que, repetimos, continue a ser um jogo bastante violento).

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Uma das medidas mais ambiciosas da Santa Monica Studio é a estrutura de jogo. Segundo a produtora, o jogo nunca vai cortar o plano da câmara. Vão jogar God of War de princípio ao fim sem ecrãs de loadings, e sem cortes para sequências de vídeos. Uma medida bastante ambiciosa, sobretudo considerando que este mundo promete ser o maior já criado pelo estúdio. Aparentemente existem muitas áreas secretas pelo caminho, e os jogadores terão de procurar recursos para criarem itens numa espécie de semi-mundo aberto. Podem ainda contar encontrar inúmeras criaturas mitológicas, incluindo mortos-vivos, dragões, trolls, e até a própria Jörmungandr, a Serpente do Mundo, que diz a lenda, é tão grande que cobre o planeta inteiro.

Não mencionámos ainda a excelente qualidade gráfica de God of War, algo que tem sido sempre uma das marcas da saga em todas as plataformas por onde passou, nomeadamente PS2, PS3, PSP, e agora PS4. Depois de seis jogos sempre com o mesmo estilo de jogo, a Santa Monica Studio decidiu mudar radicalmente a experiência de God of War, e o resultado é francamente promissor.

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