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Quake Champions

Quake Champions

Estivemos na estreia europeia de Quake Champions, em Berlim, e passámos algumas horas com o jogo.

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Desde Quake III que a série é conhecida pelos combates online frenéticos, com muito movimento, e reações rápidas dos jogadores. Foi isso que tornou Quake III num ícone do género, uma experiência extremamente popular e um dos principais impulsionadores dos jogos online. Para fãs de Quake, mexer nessa fórmula seria sacrilégio, mas é precisamente isso que a id Software está a fazer com Quake Champions. É um novo começo, embora construído nas fundações da saga.

O que a id Software fez com Doom, em 2016, foi fantástico. Conseguiu ressuscitar a licença com um jogo soberbo, atualizando-se sem perder a essência da saga. Ainda assim, o que se destacou em Doom foi a campanha, não o multijogador. Se não apreciaram o que a id Software fez com o online de Doom, então é provável que Quake Champions não seja para vocês. É uma abordagem antiquada ao género e ao design, com muita verticalidade, arenas algo fechadas, e um ritmo intenso.

Quake Champions vai ser lançado no PC como um jogo free-to-play, o que significa que será gratuito jogá-lo, mas estará apinhado com micro-transações. Formas de aumentar os pontos de experiência ganhos, caixotes com espólios, e opções cosméticas vão estar entre as recompensas que podem conquistar enquanto jogam, mas também podem adquirir tudo isso com dinheiro real. Ainda assim, não será possível comprar armas ou formas de melhorar especificamente o desempenho em jogo.

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O principal diferenciador de Quake Champions e os jogos anteriores são precisamente os "Champions", heróis com aparências, atributos, e habilidades próprias. Este elemento será suficiente para dividir a comunidade de fãs de Quake, já que vão certamente existir os que preferiram uma experiência competitiva mais pura. Mesmos atributos, mesmas armas - ganha o melhor. Com a introdução dos Champions, vão existir várias vantagens e desvantagens, o que promove uma atitude mais virada para a equipa, e não tanto para o confronto individual. É um Quake mais próximo de algo como Overwatch, e como no jogo da Blizzard, podem mudar de campeão sempre que morrem. Durante as nossas sessões tivemos a oportunidade de experimentar uma série de personagens, mas nenhuma nos pareceu particularmente desequilibrada, apenas diferente. Ainda assim, isto é algo que só será realmente evidente depois de muitos dias de jogo, não horas.

O jogo incluía nove campeões, cada um com elementos diferentes de armadura, velocidade, saúde geral, capacidades, e dano. Galena, uma espécie de paladino moderno, foi uma escolha popular devido à sua capacidade de se curar e aos companheiros. A sua habilidade para colocar um artefacto no chão que cura todos os colegas durante 30 segundos torna-a numa personagem importante de suporte. O lagarto Sorlag é o completo oposto, capaz de suportar dano e mais importante ainda, danificar os oponentes com vários efeitos tóxicos. Gostámos da variedade de personagens que vimos nesta versão do jogo, misturando alguns conceitos típicos com outros menos comuns.

Também reparámos que Quake Champions tem uma excelente sensação de agilidade e movimento, o que nos pareceu fundamental considerando o legado de Quake. Os dois mapas que experimentámos, com design apertado e vertical, manteve o combate sempre intenso e em movimento. A forma como os mapas estão desenhados significa que os jogadores podem aparecer de todas as direções, e como é típico da série, existem vários itens espalhados pelos cantos. Armas, munições, armadura extra, e outros acessórios semelhantes. Um item novo, mas importante, permite reduzir o tempo de espera das habilidade, permitindo usar as capacidades da personagem mais vezes durante a partida.

Embora o jogo tenha um ritmo elevado, as personagens de Quake Champions foram desenhadas para sobreviverem largos segundos. É algo muito mais próximo de Overwatch do que Call of Duty, onde os jogadores podem morrer com grande facilidade. Se forem atingidos, não é morte certa, ainda têm uma pequena hipótese de reagir e virar o confronto a vosso favor.

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Nesta sessão de jogo, Quake Champions lembrou-nos um ritmo a que estávamos habituados em Quake III, mas com muitas opções de design modernas. A introdução dos campeões, o formato free-to-play, os pontos de experiência e os caixotes de espólios... são tudo opções modernas que foram introduzidas na base de Quake III. Até agora, temos boas impressões de Quake Champions, mas não precisam de se guiar pela nossa opinião. Se quiserem, podem experimentar o jogo durante a versão beta, desde que façam o registo aqui.

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