Os jogos de sobrevivência estão claramente a formar um grupo nicho no mercado, e existem cada vez mais opções para o género - sobretudo os que vivem de experiências online. DayZ, Ark: Survival Evolved, Rust, The Forest, e agora Conan Exiles. Embora seja baseado no universo criado por Robert E. Howard, aqui não vão jogar com o famoso Bárbaro, mas antes como um exilado num mundo persistente online. É um mundo temível, cheio de monstros, inimigos, e pior ainda, outros exilados que querem o que têm. À excepção de coelhos, veados, e outras criaturas, tudo neste mundo desolador quer matar-vos.
Vale a pena entrar em Conan Exiles sem grande conhecimento sobre o mesmo, porque foi assim que fomos surpreendidos. Quando o jogo começa estão a ser puxados de uma cruz, e depois vão percorrer um percurso num enorme deserto até encontrarem uma hárpia. Mas antes disso tudo, o que provavelmente vai acontecer é a vossa personagem morrer de sede. É quase impossível evoluir a personagem na primeira vida para conseguir saciar essa sede. O mesmo pode ser dito da cama necessária para servir como ponto de reentrada, ou um baú para guardar itens. Por outras palavras, terão de ultrapassar várias tentativas e erros para começarem a avançar de forma estável.
Depois de morrerem à fome e à sede algumas vezes, devem conseguir encontrar um lago onde pode saciar a sede ao nadarem um pouco, mas depois têm de ponderar onde podem encontrar comida. A resposta está nas várias criaturas que povoam o deserto, mas só depois de subirem de nível algumas vezes vão ter a capacidade de criar uma arma. E mesmo depois disso, as vossas opções serão picaretas e pequenos machados, utilizados para recolher recursos. Causam dano, mas são ferramentas, não armas. Depois de começarem a entender como funcionam as criaturas - quais atacam, quais fogem, quais alimentam melhor, podem finalmente começara a pensar em criar um pequeno acampamento.
É aqui que Conan Exiles começa a perder ritmo. Cada peça de construção tem um custo relativamente alto, como 50 pedras para criarem apenas um bloco, o que obriga a pensar um pouco no que vão fazer daqui para a frente. Podem tentar ficar próximo desta área inicial, onde existe água e criaturas com abundância, e até alguns recursos para construções, ou podem tentar a sorte como nómadas, avançando pelo mundo a evoluir as capacidades de sobrevivência e a descobrir coisas novas.
As mecânicas de construção de Conan Exiles são já positivas, sobretudo considerando que o jogo ainda está em Acesso Antecipado e a ser produzido. As construções em si parecem bastante sólidas, independentemente de serem construídas numa superfície plana ou junto a um falésia. Gostámos da forma como tudo parece ser uma união de materiais resgatamos, e ainda assim conseguir apresentar um aspeto confortável, permitindo também criações muito distintas e únicas.
O jogo consegue realmente transmitir a sensação de que estamos a controlar um exilado; alguém que não é desejado pela sociedade, onde é cada homem ou mulher por si próprio. Ao construírem a vossa área, lembrem-se de deixar algum espaço para outras personagens. Podem encontrar outros exilados controlados pela inteligência artificial que podem agredir e trazer de volta ao acampamento inconscientes. Depois podem obrigá-los a cumprirem uma série de tarefas. Os problemas começam a surgir quando tentam navegar este mundo de forma indepenendente, sobretudo em servidores de PvP, onde todos se podem atacar. E já agora, terem a capacidade para raptar exilados controlados pela IA é algo que só deve ficar disponível depois de 10 horas de jogo.
Existe muitas opções de jogabilidade disponíveis, mas recomendamos que pelo menos comecem pelos servidores PvE se estiverem a jogar sozinhos. Nestes servidores têm o benefício de proteger as portas, janelas, baús, e outras proteções. Se estiverem a jogar juntos, quantas mais pessoas estiverem a trabalhar no mesmo objetivo, vai depressa vão naturalmente consegui-lo.
Conan Exiles não é um jogo que impressione quando começa, mas vale a pena o investimento de tempo. Depois de começarem a aprender o seu sistema peculiar de evolução da personagem, e a entender como funciona o mundo, podem começar a apreciar uma experiência de sobrevivência profunda, que vai muito além dos pénis das personagens que foram tópico de conversa nas útimas semanas. Ainda está em desenvolvimento, mas já é um dos jogos de sobrevivência mais interessantes do mercado.