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Prey

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As nossas impressões depois de 90 minutos na estação Talos 1.

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Prey é um nome que os jogadores mais atentos podem associar a problemas. A sequela para o jogo de 2006 tive uma série de atrasos até ser finalmente cancelada em 2014. Foi apenas em 2016 que Prey voltou a dar sinais de vida, não como uma sequela, mas sim como um reboot da licença que já nada (pelo menos do que sabemos) tem a ver com a aventura de Tommy Tawodi numa nave alienígena. Mas a verdade é que estamos felizes por estar em frente a um sistema de reciclagem, a controlar Morgan Yu (homem ou mulher, a escolha é vossa - não afeta em nada a jogabilidade), na estação espacial Talos I.

Fios velhos, discos rígidos estragados e, felizmente, sacos com vísceras alienígenas podem ser reciclados. Como recompensa por cuidarem do ambiente, recebem matéria-prima que podem usar para criar medkits, armas, munições e muito mais no Fabricator (mas apenas se tiverem as esquemáticas necessárias). É um mundo novo em Talos I e, infelizmente, está quase tudo morto nesta estação espacial privada situada em torno da Lua. O que pode estar vivo são alienígenas que parecem ser compostos por fumo negro - alienígenas estes que se podem transformar em qualquer objeto, seja ele uma chávena de café ou um medkit. Cria algumas surpresas desagradáveis, mas também é muito divertido.

Prey está a ser descrito como um thriller de ação na primeira pessoa, num ambiente de ficção cientifica - pelo menos foi o que os produtores lhe chamaram durante a apresentação. O jogo permite-nos viver a estória complexa de Morgan Yu e, tal como aprendemos nos primeiros vinte minutos, Morgan tem problemas com a noção de realidade - tal como já foi visto em The Truman Show - A Vida em Directo, o mundo não é verdadeiramente real. Este brilhante cientista deixou-se levar pelas experiências e transformou-se num rato de laboratório. As experiências estavam destinadas a melhorar a raça humana, talvez até salvá-la, mas as coisas não correram como planeado. Vão aprender tudo isto nos primeiros minutos de jogo, o que nos deixa completamente imersos neste universo. À primeira visto tudo é convincente e podem ver a marcas deixadas pela Arkane Studios. É como Bioshock Infinite no espaço - e isso é um elogio.

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Morgan Yu percebe rapidamente que Talos I está cheia de perigos. Já na entrada de um grande lobby, que funciona também como uma espécie de ponto central, fica claro que este não será um jogo pequeno. Explorar os escritórios, a estação médica e a zona informática apresenta várias opções para alcançar o objetivo proposto. Podem evitar os inimigos ou combater contra eles, consoante gastem os pontos de experiência em Neuromods, o que desbloqueia várias habilidades.

Inicialmente, a jogabilidade está pensada numa componente com mais ação e menos furtiva. Contudo, à medida que progridem, desbloqueiam habilidades alienígenas, algo sobre o qual já escrevemos na nossa primeira antevisão. Nas primeiras horas pareceu-nos impossível evitar por completo os alienígenas. De qualquer das formas, têm várias ferramentas ao vosso dispor para lidarem com eles. Começam por depender da vossa fiel chave-inglesa, mas o Morgan descobre rapidamente a Gloo-Gun - permite prender os alienígenas numa camada de espuma de alta tecnologia. Isto faz com que seja muito mais fácil lidar com eles, principalmente inimigos muito rápidos e agressivos, capazes de cuspir ácido e mudar de forma. Os Mimics mais pequenos também não são melhores, e se vierem em grupo, as coisas podem fugir rapidamente ao vosso controlo. A caçadeira é sempre útil, mas perde a sua força com o uso e fica completamente inutilizável, tal como o fato protetor de Morgan.

O inventário inicial está limitado a 45 blocos (Resident Evil diz olá) que são rapidamente preenchidos e obriga os jogadores a escolher cuidadosamente o que levar. Com o passar do tempo, é possível aumentar esse espaço para 84 blocos, combinar objetos ou melhorar as armas. Com a ajuda dos Neuromods, as habilidades podem ser melhoradas. Existem três áreas-chave: ciência, tecnologia e segurança. Podem melhorar as capacidades de hacking, a vida disponível ou ganhar a habilidade para reparar equipamento destruído em Talos I. As habilidades furtivas também podem ser melhoradas. Tudo isto permite moldar Morgan Yu ao vosso estilo de jogo, mas, de uma forma geral, o jogo foi criado com uma mistura de ação e exploração em mente.

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É possível melhorar tanto o fato e como o capacete com chips especiais que desbloqueiam novas habilidades. Também é possível consumir uma série de coisas espalhadas pela estação espacial, como uma banana podre ou uma garrafa de Kings & Way. Estas ações afetam o estado de espírito do Morgan, deixando-o mais assustado com o consumo de álcool, mas recuperando igualmente alguma energia.

Por mais estilosa que seja a estação, algumas das decisões de design estão longe de ser perfeitas. Os blocos de notas que apanham são mostrados como um enorme bloco de texto. Oferecem mais informação sobre o que se está a passar, mas há excertos mais importantes que são contados através dos registos de áudio. Também é possível ler e-mails, mas por vezes é necessário fazer hack aos terminais, o que requer uma habilidade específica (isto também se aplica a portas trancadas). Jogadores a pensar num caminho de exploração devem investir nos Neuromods que permitem estas ações logo no início do jogo. Apesar da jogabilidade favorecer a ação, Prey convida-vos a descobrir o mundo de jogo e a explorar caminhos e soluções alternativas. É muito semelhante a Dishonored 2 neste aspeto - mais um grande elogio.

Os quase 90 minutos a que tivemos acesso a partir do início do jogo mostram bem a direção que o jogo quer seguir. Temos de explorar Talos I sempre com a sensação que a qualquer momento um alienígena estranho vai saltar na nossa direção. Vão ter de aceitar que o inventário da personagem vai ser aberto vezes sem conta para examinar e mover objetos, e é necessária alguma habituação para usar o menu radial para as armas e atalhos criados. Mas estes são problemas menores e podem ser facilmente ignorados. Prey parece incrível e oferece uma estória entusiasmante e ambiciosa. Se gostam de ficção científica, devem ficar excitados com o que Prey está a propor.

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