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Ace Combat 7: Skies Unknown

Ace Combat 7: Skies Unknown

De volta ao cockpit, mas agora em realidade virtual.

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A Bandai Namco organizou um evento recente em Londres, onde mostrou muitos dos jogos que vão lançar nos próximos meses. Um desses jogos foi Ace Combat 7: Skies Unknown, mas não no seu formato tradicional. A versão disponível era específica para a realidade virtual, compatível com o PlayStation VR. Considerando como funciona a realidade virtual, juntar Ace Combat e VR parece-nos uma combinação óbvia.

Sentámos-nos no assento indicado, equipámos o PSVR, e começamos de imediato a curta demo que estava disponível. A demonstração começou já a bordo de um avião, ainda estabelecido num porta-aviões (dentro da nossa cabeça não paramos de cantar o tema de Top Gun. Eventualmente levantámos voo (uma operação sempre entusiasmante em realidade virtual) e partimos para o formato mais simples que um jogo deste tipo pode ter - existem inimigos, e temos de os abater.

Os controlos funcionaram exatamente como esperávamos, e foram fáceis de aprender em poucos momentos. Mesmo que nunca tenham jogado outro Ace Combat, se já pilotaram um avião em jogos como Grand Theft Auto V ou Just Cause 3, não devem precisar de muito tempo para se sentirem confortáveis com os controlos. Para baixo no analógico esquerdo, e o avião levanta, para cima, e o avião desce. O R2 acelera, e o L2 abranda, enquanto os botões estão atribuídos a armas. Para virar, podem usar o analógico para curvas apertadas, ou os L1/R1 para virar o avião com maior controlo.

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Utilizar as armas não foi complicado, mas já exigiu mais alguns minutos de habituação. É preciso alinhar a mira no sítio certo para danificarem os adversários com as metralhadoras, e embora os mísseis sigam os alvos presos, o seu número é tão limitado que os têm de guardar para situações especiais.

A experiência de jogo em si foi Ace Combat típico, e não pedimos mais que isso. Por outro lado, jogar em realidade virtual acabou por acrescentar outro tipo de imersão ao jogo, embora não tenha sido perfeito. Para começarmos com um aspeto positivo, gostámos da liberdade disponível para o movimento da cabeça. Podem olhar à volta do cockpit sem virarem o avião, o que significa que, se passarem por um alvo, não precisam de virar o avião por completo para terem uma ideia de onde está - basta olhar para o lado. E pelo menos pela parte que nos toca, virámos o avião nesse sentido sem pensarmos muito no que estávamos a fazer. Virámos a cabeça, e o avião (controlos) seguia-nos por instinto.

Outro aspeto positivo de Ace Combat 7 em realidade virtual é a qualidade gráfica da experiência. O cockpit tem um detalhe fantástico, com uma excelente profundidade 3D, e os ambientes por onde voámos - como ilhas e nuvens - pareciam estupendos. Em termos de imersão, existe de facto uma diferença grande entre jogar com ou sem realidade virtual, porque neste modo parece realmente que estava a bordo de um avião.

O que pode não ser muito bom para alguns estômagos.

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Se voássemos num avião destes, a esta velocidade, e a fazer este tipo de manobras, é provável que ficássemos mal dispostos. E foi isso que nos aconteceu durante a demonstração. Normalmente conseguimos resistir a enjoos, mas Ace Combat 7 deixou a sua marca, não só durante a sessão de jogo, mas até largos minutos depois de termos terminado. É uma experiência muito intensa, e vários jornalistas queixaram-se do mesmo, ao ponto de que vários não conseguiram terminar a demo. Se é algo que vai afetar todos os jogadores? Não, mas convém deixar ficar o aviso, e é algo que tem de ser considerado se normalmente ficam enjoados.

É um jogo que vai pedir que executem manobras a grande velocidade, virando o avião de pernas para o ar, e rodopiando para evitar fogo inimigo. Infelizmente, Ace Combat 7 é tão realista, que pode ser quase realista demais nesse aspeto. O jogo foi desenhado para ser intenso e veloz, e isso pode ser o seu maior entrave à experiência de realidade virtual.

Em resumo, se não fossem os enjôos causados pelas manobras, diríamos que Ace Combat 7: Skies Unknown é uma excelente experiência de realidade virtual com grande potencial e um nível de imersão fantástico. Tão fantástico, que provavelmente vão causar tanta má disposição, como voar num avião destes sem treino. Resta ver se o efeito é suavizado na versão final do jogo.

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