Português
Gamereactor
antevisões
Rise of Incarnates

Rise of Incarnates

É a nova grande aposta da Bandai Namco e o Gamereactor já teve oportunidade de a experimentar.

HQ

Os jogadores japoneses já se renderam ao tipo de jogos de luta com quatro lutadores, dois para cada lado, com séries como Gundam à frente do conceito. É um tipo de jogo em arenas que funcionam bem com dois amigos lado-a-lado, mas só dois. Menos, torna-se num beat'em up como os outros. Mais, e a ação dispersa-se demasiado. É um conceito relativamente novo para a maioria dos jogadores ocidentais, embora já tenhamos experimentado combates de dois para dois noutros tipos de jogos.

Rise of Incarnates é uma série completamente nova, baseada num género pouco explorado fora do Japão. É também um jogo que a Bandai Namco pretende utilizar para se infiltrar no espaço dos free-to-play, embora não tenham revelado modelos de negócio para já. Deixaram, contudo, a garantia de que não será possível pagar para ganhar (ou pay-to-win). O que é certo é que o jogo estará disponível para PC via Steam, um formato pouco habitual para a Namco Bandai e que mostra bem a mudança de mentalidade da editora.

Esta novo rumo é também evidente pelo próprio conteúdo do jogo. Apesar de ser produzido no Japão, Rise of Incarnates tem em mente o público ocidental, embora procure não perder alguma identidade nipónica. Em termos de design da jogabilidade e de estilo visual, o jogo é claramente japonês, mas o esforço de tornar a jogabilidade acessível e apelativa, com várias funções características do tipo de jogo mais ocidental, não deixam dúvidas para quem Rise of Incarnates é orientado.

Rise of Incarnates
Publicidade:
Rise of IncarnatesRise of Incarnates

Até agora só foram anunciadas quatro personagens, todas inspiradas em deuses de várias mitologias ocidentais. A história refere como estes "deuses" são, numa primeira instância, perseguidos pelas suas habilidades, obrigando-os a refugiarem-se, para depois reaparecerem mais tarde, numa batalha que ditará o destino do mundo. Cada personagem tem dois nomes, um civil e outro histórico. Por exemplo, Ares, que é o Deus da Guerra segundo a mitologia grega, também tem o nome de Terence Blake em Rise of Incarnates. Uma das suas habilidades especiais permite-lhe invocar um guerreiro alado, que atacará os seus inimigos.

Mephistopheles (Mefistófeles) é uma personagem com cabelo comprido, também conhecido como Jedrek Tyler. A própria Morte, o Grim Reaper, vai pelo nome de Gaspard Watteau, e a única personagem feminina apresentada até agora chama-se Lileth, mas também responde como Miriaea Valentin. Cada personagem tem ataques especiais inspirados na sua persona mítica. O Grim Reaper pode ativar um ataque especial que lhe permite partir para a ofensiva em cima de uma onda de corpos. Mephistopheles pode transformar-se num ser demoníaco com asas e Lileth pode assumir a sua forma de Succubus, depois de beijar um oponente.

Os controlos foram inspirados na série Gundam, embora ajustados e reequilibrados para serem mais acessíveis. Ainda assim, parece-nos existir uma boa dose de variedade nas ações ao dispor dos jogadores. As personagens podem saltar e planar durante algum tempo no ar, causando o caos a partir de cima. Alguns são peritos em ataques à distância, outros têm grande poder de curto alcance. Experimentámos três das quatro personagens em exibição, e embora o tempo disponível não fosse tremendo, pareceram-nos diferentes o suficiente. Dito isto, também nos pareceu evidente que as animações dos ataques e da movimentação das personagens retêm a mecanização das origens do género. Rise of Incarnates não é uma mera adaptação de Gundam, mas ainda existe espaço para diferenciar ainda mais as duas séries.

Publicidade:
Rise of IncarnatesRise of IncarnatesRise of Incarnates

O jogo terá uma série de arenas, a maioria inspirada em localizações reais. Durante a apresentação reparámos no Palácio de Westminster, em Londres, e no Arco do Triunfo, em Paris. Contudo, durante a sessão de jogo só pudemos experimentar o nível em Nova Iorque, onde era bem visível a cabeça da Estátua da Liberdade. Pareceu-nos existir alguma interação com o cenário, mas esta sessão de jogo não foi suficiente para perceber de que forma isso pode variar de cenário para cenário.

A dinâmica do combate de dois para dois pareceu-nos interessante, e requer alguma coordenação com o parceiro. De outra forma, os jogadores correm o risco de se isolarem facilmente, e tornar-se-ão alvos fáceis para uma dupla minimamente coordenada.

O caminho para a vitória não é particularmente complicado. Cada equipa partilha cinco vidas entre os dois elementos e uma barra de saúde para cada um. É declarada vencedora a equipa que conseguir esgotar a barra dos adversários cinco vezes. Ou seja, mesmo que joguem bem, só serão tão fortes como o vosso parceiro. A produtora afirma que existem muitas táticas ao dispor dos jogadores e que esta estrutura de dois contra dois oferece maior profundidade estratégica que outros jogos de combate com grupos maiores.

Rise of IncarnatesRise of Incarnates

A qualidade do emparelhamento do jogo vai ser crucial para o seu sucesso a longo prazo. Se não reunir equipas relativamente equilibradas, o interesse dos jogadores irá dissipar-se rapidamente. Se resolverem esse elemento crucial para qualquer jogo competitivo deste género, Rise of Incarnates pode ser genuinamente divertido, embora ainda esteja longe do lançamento.

Esperemos que a Bandai Namco aproveite esse tempo para equilibrar as classes, polir a experiência e criar parâmetros eficazes para o emparelhamento das equipas. Ainda existe muito trabalho a fazer, mas ficámos curiosos com o potencial do conceito e até com esta primeira amostra da jogabilidade. Outro elemento crucial será a forma como a Bandai Namco vai abordar o modelo free-to-play. Existem muitas dúvidas em redor de Rise of Incarnates, mas gostámos das batalhas que experimentámos na sessão de jogo, e para já, isso é suficiente para nos deixar esperançosos com o futuro do projeto.

Em baixo podem ver uma entrevista em inglês com os produtores do jogo.

HQ

Textos relacionados

0
Rise of Incarnates

Rise of Incarnates

ANTEVISÃO. Escrito por Mike Holmes

É a nova grande aposta da Bandai Namco e o Gamereactor já teve oportunidade de a experimentar.



A carregar o conteúdo seguinte