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Borderlands: The Pre-Sequel

Borderlands: The Pre-Sequel!

Sim, é mesmo verdade. Sim, chama-se mesmo Borderlands: The Pre-Sequel! E sim, Claptrap é jogável.

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O rumor era mesmo verdadeiro: vai sair um novo jogo de Borderlands este ano e será o resultado de uma colaboração entre a Gearbox e a equipa que apoiou o Bioshock Infinite, a 2K Australia. Borderlands: The Pre-Sequel! passa-se entre Borderlands e Borderlands 2 e será lançado para PC, PS3 e Xbox 360.

A ausência das consolas de nova geração podem causar alguma estranheza, mas Randy Pitchford fez questão de explicar a ausência com motivos monetários. Segundo Pitchford, ainda não existem consolas suficientes para justificar o investimento necessário para adaptar os jogos: "existem menos Xbox One e PlayStation 4 do que nós vendemos cópias de Borderlands ". Aliás, Pitchford fez questão de relembrar que "fazer um jogo para a nova geração não é de borla."

Quanto ao jogo em si, pode de certa forma ser encarado como uma espécie de Borderlands 1.5. Da mesma forma que Batman: Arkham Origins da Warner Montreal distraiu os fãs de Batman enquanto a Rocksteady trabalhava em Batman: Arkham Knight, este Pre-Sequel! vai manter a série viva enquanto a equipa principal da Gearbox continua a trabalhar no seu projeto de nova geração.

Em resumo: é uma experiência nova e independente. Não é um DLC, mas também não é Borderlands 3. Pitchford até reforçou que "quero deixar bem claro que ninguém deve esperar que isto seja Borderlands 3, até porque está nas consolas de antiga geração." Afirmação interessante, que de certa forma indica que Borderlands 3 está mesmo em produção e que será lançado para as consolas de nova geração.

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Borderlands: The Pre-Sequel

Mas voltando a Borderlands: The Pre-Sequel!, podemos confirmar que corre numa versão modificada do motor gráfico de Borderlands 2 e inclui quatro personagens que serão jogáveis pela primeira vez, mas que serão familiares aos fãs de Borderlands. Essas personagens são: Athena (que apareceu no DLC The Secret Armory of General Knoxx), Wilhelm (primeiro boss de Borderlands 2, mas antes de se transformar num ciborgue), Nisha The Lawbringer (antes de se tornar no Xerife de Lynchwoo) e o Claptrap (sim, é mesmo o Claptrap, mas a produtora avisou que quem jogar com ele terá de se contentar com um ângulo de câmara à altura do joelho).

Os quatro vão estar a seguir as ordens de Handsome Jack, que aparentemente começa o jogo como um tipo muito simpático, embora eventualmente se torne no sacana que todos conhecemos em Borderlands 2. Segundo Pitchford, parte da motivação por trás de Pre-Sequel deve-se à vontade de explorar mais a personagem de Handsome Jack. O quarteto terá de visitar a lua de Pandora, enquanto tentam recuperar a estação espacial que preenchia o céu de Borderlands 2.

Embora sem especificar, a equipa promete "alguma variedade" para as localizações na lua, e até parece que o jogo não estará necessariamente limitado à lua. A visita à estação será, obviamente, o grande foco do jogo, mas a não ser que as várias caras familiares dos anteriores que já estão confirmadas para Borderlands: The Pre-Sequel! façam todas uma viagem à lua ao mesmo tempo, então é quase certo que parte do jogo também se vai passar em Pandora.

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Mas a demo a que tivemos acesso está toda concentrada na lua, e permitiu verificar algumas novidades da jogabilidade. À parte da nova localização, parece-nos bastante com Borderlands 2. Tem o mesmo estilo visual, a interface é muito parecida e graficamente parece semelhante. Não esperem por isso grandes mudanças.

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Uma novidade, contudo, é o novo medidor de oxigénio por baixo da barra de saúde. Existem momentos em que estarão em campo aberto e aí vão perder oxigénio (cada personagem tinha 150 unidades de oxigénio, perdendo uma unidade a cada segundo). Isto implica uma atenção redobrada à procura de estações que permitam reabastecer o oxigénio ou de kits portáteis renováveis.

O mesmo valor serve para alimentar os jet-packs, que permitem saltar duas vezes no ar ou cair rapidamente (estilo Mario), se carregarem no botão para agachar enquanto estão no ar. O senão é que o jet-pack consome oxigénio a grande velocidade, por isso terão de o utilizar com cuidado.

Graças à baixa gravidade, vão passar muito tempo no ar e também existem alguns truques novos que podem empregar. Se atirarem uma granada a um inimigo, vão fazê-los explodir para cima, permanecendo para sempre nessa trajetória. Outro truque passa por destruir o oxigénio dos inimigos. Existem vários tipos de oponentes - desde lunáticos aos saltos, a mini-bosses que parecem astronautas. Também encontrámos um boss chamado Red Belly, que nos pontapeou para fora da torre de comunicações e para o espaço. Tudo nos pareceu respeitar o humor peculiar de Borderlands, com a distinção de que a maior parte das novas vozes tem sotaque australiano (consequência de onde o jogo está a ser produzido).

Observámos a demo através dos olhos de Athena, com Wilheim como suporte. A Athena está classificada como Gladiator no jogo, mas segundo os produtores, funciona como um "tanque" dos MMORPG. Uma das suas principais habilidades é o Kinectic Aspis, um escudo de energia que absorve disparos e que depois podem arremessar aos oponentes (tipo Capitão América). Eventualmente podem aumentar o número de inimigos que o escudo atinge, antes de regressar ao braço de Athena.

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Em relação às árvores de talentos de restantes personagens, nada foi dito. Algo que certamente será relevado ao longo dos próximos meses. A título de curiosidade, os rumores de ontem apontavam o jogo com lançamento certo para 2014, mas a Gearbox preferiu não comentar, remetendo o anúncio da data para mais tarde.

Podem não ter revelado muito em relação às outras personagens, mas sempre mostraram algumas armas e ataques com elementos. Verificámos um efeito de criogenia, por exemplo, que vai abrandando os inimigos até os congelar, altura em que podem ser "partidos". Também vimos um novo veículo desenhado especificamente para a gravidade da lua, que se chama The Stingray.

Ou seja, tudo resumido, não é Borderlands 3. Mais uma vez, é um pouco como Batman: Arkham Origins. Uma forma de construir algo novo através de conteúdo já existente. Uma forma de manter a marca viva e os fãs atentos. Se estão satisfeitos com mais, parece-nos uma compra segura, mas não esperem melhor em termos de jogabilidade ou grafismo. Perguntamo-nos quantas mais produtoras vão optar por um percurso semelhante, durante a transição para a nova geração?

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