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Dark Souls III

Dark Souls III

Adivinhem quantas vezes morremos em apenas 30 minutos com o novo Dark Souls.

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A From Software é conhecida pela série Souls, mas parece que foi importante para a produtora intervalar com Bloodborne, mesmo que as duas séries partilhem várias semelhanças. E existem claras influências desse exclusivo PS4 em Dark Souls III. O nosso guerreiro pareceu-nos mais rápido e o combate mais fluido do que era nos antecessores, incluindo a versão remasterizada. Não pensem contudo que Dark Souls III será uma espécie de Bloodborne II. Não, a identidade de Souls continua bem intacta no novo jogo.

Os escudos, por exemplo, voltam a desempenhar um papel importantíssimo, depois de terem estado ausentes de Bloodborne (com exceção de uma pequena piada do jogo). Recentemente tivemos a oportunidade de experimentar uma curta demonstração, que arranca dentro de uma torre. Mal saímos da estrutura, fomos imediatamente confrontados com uma escolha - esquerda ou direita. Escolhemos seguir para a direita, onde encontrámos uma alcateia de lobos gigantes. Fomos uma presa fácil para este grupo de feras esfomeadas. Poucos segundos depois, acordamos perto de uma fogueira e voltámos a seguir o mesmo caminho, determinados a derrubar os lobos.

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Os controlos parecem muito idênticos ao que eram nos jogos anteriores, e depois de alguns minutos, a memória começa a colocar tudo no sítio certo. Rebolamos, contornamos e protegemos-nos dos ataques dos logos, e com alguns ataques rápidos da espada, despachamos os inimigos. Honra reposta, decidimos continuar a seguir caminho. Eventualmente chegámos a um enorme forte, com torres góticas e bandeiras rasgadas. É um cenário a lembrar Bloodborne, embora com uma iluminação menos sombria.

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Mais à frente encontramos monstros com pernas enormes, quase saídos de um filme de Tim Burton, que nos atacam a uma velocidade inesperada. Tentámos a mesma tática que usámos nos lobos, de os contornar, mas não resultou. Num ápice voltámos à fogueira. Rapidamente nos livramos dos lobos - e é assim que a fórmula de Souls funciona. Tudo é difícil, até perceberem como devem agir com um inimigo, o que os torna consideravelmente mais fáceis. O mesmo aplica-se aos monstros que nos mataram. Mais ágeis e confiantes para esta segunda tentativa, conseguimos espetar-lhes a espada pelas costas, assegurando um ataque crítico.

Um pouco mais à frente, chegámos ao fim do nosso caminho, que para grande desilusão nossa, é um beco sem saída. Tudo o que encontrámos foram itens básicos, como adagas para arremessar e bombas de fogo. Bem, lá tivemos de recuar e seguir caminho pela esquerda. Desta vez percebemos que estamos na direção certa, porque chegámos muito mais longe sem encontrar um beco. À semelhança de todos os jogos da saga, Souls III não terá qualquer tipo de mapa. Tudo o que têm à vossa disposição é a vossa memória e as vossas capacidades de navegação.

Acabamos por entrar numa casa muito escurecida, que nos obriga a trocar o escudo por uma tocha. O efeito de luz que provoca é agradável, ao contrários dos inimigos que nos esperam. Como estamos numa demonstração, preferimos ignorá-los, e seguimos para uma escada próxima, que nos leva para a superfície e para nova fogueira. É uma sensação que ainda não podemos comprovar com certeza, mas pelo que vimos nesta demonstração, Dark Souls III terá fogueiras mais próximas que os jogos anteriores - se não sabem, as fogueiras funcionam como pontos de Checkpoint, de onde podem continuar caso morram. É mais um ponto que Dark Souls III partilha com Bloodborne, na tentativa da From Software atrair mais jogadores para o seu RPG de ação, cada vez menos frustrante, mas sempre difícil.

A nossa curta aventura continua, até que estamos parados num telhado com uma paisagem perturbadora, onde criaturas estão de braços abertos para o que parecem ser cadáveres pendurados. É uma imagem sinistra, e honestamente, não nos atrevemos a tentar perceber se estes seres são amigos ou inimigos. Mais tarde encontrámos outra escada, que nos levou de volta a uma passagem que já tínhamos explorado.

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Aproveitamos para parar e apreciar os arredores. O forte no nosso campo de visão é realmente massivo, e considerando o pouco tempo que nos resta, só podemos imaginar como será explorá-lo durante horas quando a Bandai Namco lançar Dark Souls III a 17 de abril do próximo ano.

Este momento de paz dura pouco tempo, e seguimos caminho por um percurso que ainda não tínhamos explorado. É aqui que encontramos um cavaleiro corpulento. Ele é surpreendentemente rápido para o seu tamanho, e mal temos tempo de levantar o escudo e evitar o seu segundo ataque. O golpe que nos acertou tirou-nos quase a vida toda, o que normalmente indica uma espécie de mini-boss. Tentamos ganhar algum terreno e devoramos uma poção de saúde, enquanto vasculhamos os itens à procura de algo que nos ajude. Não sabemos quais são as fraquezas do inimigo, mas decidimos equipar a nossa espada com um feitiço de eletricidade.

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Com coragem renovada, guardamos o escudo e agarramos na espada com as duas mãos. Entre rebolões, conseguimos acertar algumas vezes no inimigo, o que lhe causou algum dano, mas não o suficiente para o derrubar. Pagamos caro pela nossa ousadia, e poucos momentos depois voltamos a acordar na fogueira. Estávamos ansiosos para tentar derrubar novamente este imponente inimigo, mas um representante da Namco Bandai informou-nos de que o nosso tempo tinha terminado.

O elemento que mais nos preocupou com Dark Souls III, é o facto de ainda apresentar uma fluidez instável. Isto é normal nos jogos de desenvolvimento, mas infelizmente, também é comum nas versões finais dos títulos da From Software. Talvez seja altura da produtora pensar em criar um motor de raiz para a nova geração, em vez de tentar adaptar o motor que usa desde Demon's Souls. Apesar dos problemas técnicos, Dark Souls continua a apresentar um design e uma atmosfera muito acima da média.

Somos fãs de Dark Souls, mas a quantidade de jogos que têm sido lançados nos últimos meses chegaram a esfriaram o nosso entusiasmo para este terceiro capítulo. Isso mudou com esta nova demo. O jogo apresenta pontos forte de Dark Souls e Bloodborne, o que implica um ambiente espetacular, uma jogabilidade mais veloz, e a energia única que só Dark Souls consegue transmitir.

Não fazemos ideia qual é o tipo de história que a From Software quer contar, ou que mais nos reservava esta demo, mas é precisamente esse tipo de mistério, incerteza e incentivo à exploração que adoramos em Dark Souls. Morremos algumas vezes a jogar esta demo, e de certeza que vamos morrer muitas mais na versão final, mas é precisamente isso que torna Souls em algo especial - o desejo de levantar e persistir face às adversidades.

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Dark Souls IIIDark Souls III
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