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Until Dawn

Until Dawn

Jogo de terror chega à PlayStation 4 no próximo mês, mas o Gamereactor já jogou uma versão praticamente completa.

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O Gamereactor teve recentemente a oportunidade de visitar os escritórios da Sony, na Alemanha, para experimentar uma versão quase completa de Until Dawn, mas não fomos os únicos. Um dos jornalistas presentes estava claramente nervoso, apesar de - segundo o próprio . ter jogado vários títulos no género Survival Horror. Contudo, estava a mexer-se no sofá como se fosse uma adolescente inquieta à espera de um concerto de Katy Perry. Ele admite-nos que os sustos repentinos não são o seu forte. Bom, então este não é um jogo para ele.

O projeto da Supermassive Games vai dar que falar quando for lançado, por dois motivos: primeiro porque está na linha de jogos como Heavy Rain e Beyond: Two Souls, da Quantic Dream, no sentido em que muitos jogadores podem acusá-lo de ser mais filme interativo que videojogo (não que isso seja necessariamente mau na nossa opinião). Segundo, porque tem tudo para agradar aos fãs de jogos e filmes de terror, sobretudo o tipo que envolve sustos e sangue.

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A história de Until Dawn foca-se num grupo de 10 adolescentes que procuram passar o fim de semana numa zona remota em Blackwood Pines. O elenco é formado por personagens jovens, americanos e previsíveis, sempre com comentários de pouca profundidade. Autênticos clichés ambulantes, mas perfeitos para o ambiente que vão encontrar.

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A partir dos 10 minutos de jogo, todas as decisões tomadas pelo jogador enquanto encarna as várias personagens vão moldar significativamente a história. A sua habilidade nas secções de ação, repletas de QTE (sequências automáticas de botões), também vão ditar alguns dos acontecimentos do jogo. Durante a nossa sessão, assistimos à primeira morte no terceiro episódio da aventura. Until Dawn está estruturado como um programa de televisão, e cada episódio deve durar entre 30 a 60 minutos.

Mais fascinante é o que acontece entre episódios. A ação muda para um escritório de um psiquiatra, que tem a cara bem centrada na câmara. A consulta está a ser feita ao jogador, que deve responder a questões relacionadas com os seus maiores medos, mas essas respostas vão influenciar alguns eventos do jogo. Entre as escolhas possíveis respondemos que não gostamos de ratos, e num certo ponto da demo, enquanto abríamos um armário, saltou de lá um rato. Estamos curiosos para perceber como isto irá afetar os eventos nas sequências mais avançadas do jogo.

Mudando o foco para a jogabilidade, em certo ponto lembrou-nos dos Resident Evil clássicos, enquanto guiamos as personagens através de ambientes assustadores com perspetivas fixas da câmara. Posicionamentos muito cuidadosos para esconder as surpresas (e os sustos) do jogador. As interações com o cenário são limitadas, passando sobretudo pela exploração do ambiente à procura de pistas, mas existem alguns toques engraçados. Podem por exemplo utilizar o painel tátil do DualShock 4 para desbloquear o telemóvel, ou usar o sensor do comando como se fosse uma lanterna, enquanto tentam fornecer luz a outra personagem que tenta arranjar algo avariado.

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O progresso através da aventura é muito linear, até encontrarem os momentos em que terão de tomar escolhas. Existe uma mecânica curiosa, na forma de colecionáveis, que oferece pequenos vislumbres das possibilidades que algumas escolham podem trazer, amostras do futuro quase. São sequências interessantes, que jogam muito com o som e que conseguem causar alguma ansiedade. Aliás, essa é uma constante ao longo do jogo, já que a ausência de qualquer tipo de radar ou mini-mapa ajuda a um sentimento de perigo e isolamento.

Durante as horas que jogámos, sentimos-nos sempre curiosos para ver o que vinha a sair, e mesmo com as interações limitadas do jogo, nunca nos sentimos aborrecidos. Tem o potencial para manter o interesse e cativar jogadores como algumas das séries de suspende conseguem, prendendo a atenção de episódio para episódio. É também necessário realçar a qualidade técnica de Until Dawn, com espetacular detalhe gráfico. As expressões faciais das personagens são particularmente impressionantes, mesmo que algo tenha por vezes parecido estranho, mas pode ser uma questão de hábito. Em resumo, gostámos deste tempo com Until Dawn e vamos certamente voltar a jogá-lo numa noite escura e com fones nos ouvidos.

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