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Knack

Knack

O "outro" exclusivo de PlayStation 4.

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Além de Killzone: Shadow Fall, Knack é o outro grande exclusivo de PlayStation 4 (Resogun está para breve, não nos esquecemos). Um título indicado para toda a família, mas que por trás do verdadeiro requinte visual, esconde um jogo de plataformas antiquado.

Não é muito sensato esperar que os jogos de lançamento de consolas novas sejam obras-primas. O hardware ainda não foi explorado pelas produtoras, e o tempo é simplesmente demasiado curto para permitir algo transcendental. Killzone: Shadow Fall prova que, mesmo com estas restrições, é possível fazer algo de muito bom com a PlayStation 4, mas Knack não consegue atingir o mesmo grau de qualidade.

Este jogo produzido por Marc Cerny, que é também a mente por trás da PlayStation 4, também não consegue igualar o espanto visual que é o novo Killzone, embora não seja feio, longe disso. O estilo assemelha-se ao que encontramos nos filmes de animação recentes, com muita vida e cor, e encaixa bem no género de plataformas.

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O nosso herói, Knack, é uma criatura robótica que ganha vida graças a uma relíquia antiga. Knack consegue recolher mais relíquias durante o jogo, que aumentam o seu tamanho. A história concentra-se na hostilidade entre humanos e Goblins. E claro, a caça por relíquias. Não vamos ao ponto de classificar a história como "má", mas as motivações das personagens, bem como as suas relações umas com as outras, não fazem muito sentido.

Apesar do seu aspeto algo infantil, não esperem passar Knack com grande facilidade. As mecânicas da jogabilidade são simples de aprender, mas o timing é fundamental. Os golpes inimigos causam dano a sério e mesmo na dificuldade Normal, uma morte pode significar um retrocesso considerável. Na dificuldade acima é ainda pior, já que o espaço para erros diminui e os Checkpoints são escassos.

Embora seja divertido a espaços, a monotonia das mecânicas de combate eventualmente começam a cansar. Só têm um ataque básico e nem sequer conseguem bloquear. A lentidão de Knack também não ajuda. Não existem muitos poderes especiais e só os podem usar de vez em quando. Podem recolher alguns acessórios que acrescentam alguma profundidade (como um medidor de combos e uma forma de abrandar o tempo), mas foram partidos em pedaços que terão de recolher ao longo dos níveis.

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Mas a maior falha de Knack é o facto de ser realmente antiquado. As secções de plataformas são básicas e aborrecidas e os níveis são tão estáticos que nos lembram da era da PlayStation 2. São muito brilhantes, mas não existe qualquer tipo de interação. Os níveis são inacreditavelmente lineares, autênticos corredores repletos de encontros previsíveis com os inimigos. Knack começa o jogo num tamanho reduzido, enfrentando inimigos de estatura semelhante. Conforme vai recolhendo relíquias e cresce, o mesmo acontece com os inimigos. Existem vários tipos de oponentes, mas as suas armas e poderes repetem-se.

Em alguns níveis Knack consegue recolher itens elementais, em vez das relíquias normais. Gelo, madeira, aço e armaduras cristalinas são introduções bem-vindas, já que acrescentam alguma variedade. Mas parece-nos que foram mal aproveitadas. Com um pouco mais de imaginação, os produtores podiam ter conseguido algo especial com estes elementos.

Jogámos Knack na dificuldade Normal, e foi desafiante. Alguns momentos foram autênticos testes de paciência, mas de forma geral a dificuldade é equilibrada. Demorámos cerca de 11 horas para terminar o jogo, por isso não podemos chamá-lo de curto. Por outro lado, alguns cortes até teriam sido benéficos, já que podia quebrar a repetição excessiva. No último terço já só queríamos que terminasse.

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Ao acabarem a história vão desbloquear alguns desafios novos, com testes de tempo e combates em arenas, mas as mecânicas são as mesmas. Para quem acabar Knack na dificuldade mais difícil, existe um nível ainda superior.

Apesar de todo este negativismo, convém realçar que Knack não é um mau jogo, mas também não vai deslumbrar ninguém, muito menos considerando que é uma PlayStation 4. Como jogo de plataformas parece antiquado, sobretudo depois de termos jogado Super Mario 3D World na Wii U. Considerando que é um título de lançamento para a PS4, Knack é um petisco aceitável, embora existam várias opções superiores para acompanhar a vossa consola nova.

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06 Gamereactor Portugal
6 / 10
+
Visual limpo. Boas performances dos atores de voz. Jogabilidade sólida. Localização portuguesa.
-
Falta motivação e personalidade ao próprio Knack. Retiram controlo ao jogador com frequência. Design repetitivo.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Arttu Rajala

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