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Diablo III: Ultimate Evil Edition

Diablo III: Ultimate Evil Edition - PS3, PS4, X360, XOne

É a versão definitiva de Diablo III, excelente na geração anterior e sublime nas novas consolas.

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The Ultimate Evil Editon surge como a versão definitiva de Diablo III (para já, pelo menos), ao reunir o jogo original e a expansão num pacote desenhado para consolas as consolas antigas e para a nova geração. Assim, se já jogaram Diablo III no PC, na PS3 ou na Xbox 360, podem passar de imediato para os últimos parágrafos. Caso contrário, conheçam um pouco melhor este fantástico jogo da Blizzard.

Diablo III é um RPG de ação isométrico. Está recheado de monstros de todas as formas e feitios, quantidades absurdas de espólios (ou loot), apresenta localizações altamente detalhadas e cola tudo com uma história sobre anjos e demónios que, apesar de estar recheada de clichés, cumpre a sua função. Com a perspetiva isométrica vão controlar a vossa personagem, evoluindo-a enquanto a guiam pelo mundo, destruindo centenas de monstros pelo caminho.

O jogo original incluía quatro capítulos, reforçados nesta edição pelo quinto capítulo que foi introduzido com a expansão. Jogar por tudo isto uma única vez deve ocupar-vos entre 15 ou 20 horas, mas há muito mais, já que Diablo III foi construído de forma a encorajar os jogadores a continuarem no seu mundo por várias sessões. Existem vários níveis de dificuldade, que garantem tipos de recompensas diferentes, um modo Hardcore onde a morte é permanente (e para muitos é a única forma verdadeira de jogar Diablo III), e ainda um modo Adventure, que recicla conteúdo e oferece ainda mais incentivos para novas visitas.

Diablo III: Ultimate Evil Edition
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Para estreantes:

Reduzido ao seu elemento nuclear, Diablo III é um jogo sobre optimizar a personagem, enquanto abrem caminho através de hordas de inimigos. Apesar do conceito simples, Diablo III é triunfante sobretudo porque a Blizzard conseguiu atingir o ritmo perfeito para o jogo; vão sentir-se como um herói e, pela maioria do tempo, que estão em controlo total da situação.

A optimização da personagem que mencionamos em cima acontece de forma gradual e através de vários métodos. A mais óbvia é o equipamento que vão recolher, mas também com as habilidades que desbloqueiam ao subirem de nível. Este equipamento pode ser comprado a vendedores ou ganho em recompensas de Quests, mas a maioria será adquirida através dos espólios deixados pelos jogadores. Ao matarem monstros vão ganhar experiência, subindo de nível com alguma regularidade, adquirindo novas habilidades ou runas que podem usar para alterar a forma como os poderes funcionam (dica: desliguem a opção Elective Mode para controlarem a disposição dos vossos poderes).

Jogar Diablo é um processo evolucionário. Conforme adquirem mais equipamento e habilidades, vão lentamente moldar a vossa personagem para refletir o vosso estilo de jogo. Este processo arranca no início da aventura, quando escolhem a classe - o Crusader, da expansão Reaper of Souls, junta-se aos anteriores Barbarian, Demon Hunter, Monk, Wizard e Witch Doctor. Cada classe tem uma forma de jogar peculiar e será fácil encontrar uma que se adeque ao vosso gosto.

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Para a nossa primeira passagem por esta versão de nova geração de Diablo III, escolhemos o novato Crusader, já que conhecemos bem as outras classes das versões anteriores e Crusader só o conhecemos da expansão. O Crusader funciona um pouco como um paladino e um tanque, no sentido em que aguenta grandes quantidades de dano e mesmo assim aplica golpes devastadores. Conforme a personagem evolui, também o jogador melhora as suas habilidades e vai conhecendo as forças e fraquezas da personagem.

A Blizzard fez um excelente trabalho no equilíbrio entre variedade, flexilidade e acessibilidade. Podem optar por um estilo mais direto ou ataques à distância, magia ou domínio sobre criaturas - a escolha é vossa. Dentro de cada classe existem várias opções e possibilidades, que ainda permitem personalizar ainda mais a experiência (mais uma vez lembramos que podem desligar a opção Elective para terem mais controlo sobre os poderes). Mas há mais. Podem ser acompanhados por seguidores, aventureiros controlados pela inteligência artificial que vão conhecendo ao longo da aventura. Só podem ser acompanhados por um seguidor de cada vez, mas podem escolher um que complete ou equilibre o vosso estilo de jogo.

A vossa jornada pela história vai levar-vos a algumas localizações fantásticas, e como é hábito na Blizzard, podem contar com algumas sequências cinematográficas de luxo. A arte é fantástica, do ambiente aos cenários de fundo e os níveis estão recheados com pormenores e objetos que se partem. Estes níveis são, na maioria, criados aleatoriamente e têm várias rotas possíveis, normalmente recompensado o explorador com equipamento ou Quests secundárias.

As bestas que preenchem cada um dos cinco capítulos apresentam-se em várias formas e tamanhos. Melhor ainda, a interação com estes inimigos - seja com um machado, um escudo, ou magia - é imensamente satisfatório. A Blizzard mostra a mestria do seu design em Diablo III e até consegue evitar um dos erros mais comuns neste tipo de jogo, já que mesmo em situações caóticas, é fácil perceber o que se passa e onde está a personagem. Os controlos, primariamente desenhados para o rato no PC, foram exemplarmente adaptados às consolas, funcionando agora mais como um jogo de ação, com um controlo direto sobre a personagem.

Diablo III: Ultimate Evil Edition

Para repetentes:

Se jogaram Diablo III no PC, na PS3, ou na Xbox 360, já sabem tudo o que descrevemos nos últimos parágrafos, por isso falemos do que é novo neste pacote.

Em cima já falamos do Crusader, e do quinto ato que foi introduzido na expansão Reaper of Souls, exclusiva de PC. Ultimate Evil Edition é assim a única forma de aceder a este conteúdo nas consolas. Depois há o modo Nemesis, onde serão confrontados com inimigos que tenham matado os vossos amigos. Estes inimigos ficam mais fortes conforme matam jogadores e à partida podem ser um obstáculo interessante, no entanto, como testámos o jogo numa altura em que este ainda não tinha sido lançado, não encontrámos muitos destes inimigos.

Outra novidade é o Apprentice Mode, que permite a personagens novatas receberem um "boost" temporário se jogarem com personagens mais fortes no modo cooperativo, seja online ou no modo local. É uma boa forma de equilibrar os dois jogadores, impedindo que um seja carne para canhão enquanto o outro desbasta todos os inimigos.

Diretamente da expansão chega o Adventure Mode, onde os lutadores podem revisitar localizações conquistadas no passado para tentarem matar inimigos mais fortes e com isso receber espólios mais fortes. Ao matarem os bosses neste modo vão recolher pedras que permitem abrir os Nephalem Rifts. Tratam-se de masmorras geradas aleatoriamente, recheadas de inimigos, que culminam com uma batalha contra um Rift Guardian. Mais uma vez, serão bem recompensados em caso de vitória.

Para resumir: Diablo III: Ultimate Evil Edition é a versão definitiva do RPG de ação da Blizzard (até à próxima expansão, pelo menos). O jogo tem bom aspeto nas versões de última geração, mas é na PS4 e na Xbox One que realmente brilha, não só graficamente, mas também ao nível da performance. Se são grandes fãs, podem considerar adquirir esta versão, embora o preço possa afastar alguns jogadores. Mas se nunca jogaram Diablo III, e têm um mínimo de interesse no género, Ultimate Evil Edition é obrigatório.

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09 Gamereactor Portugal
9 / 10
+
É a edição mais completa. O jogo corre maravilhosamente. Cooperativo, local ou online, é fantástico.
-
O preço pode ser um pouco exagerado para quem já tem Diablo III numa das outras plataformas.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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