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Blazblue: Central Fiction

Blazblue: Central Fiction

Mais um excelente jogo de luta da Arc System Works.

Foi um bom ano para fãs de jogos de luta. 2016 deixou-nos com Street Fighter V, King of Fighters XIV, Guilty Gear Xrd: Revelator, e agora este BlazBlue: Central Fiction. Isto depois de, no ano passado, termos recebido Mortal Kombat X, e com Killer Instinct ainda em excelente condição. Com tanta oferta, é Central Fiction capaz de se bater ombro-a-ombro com os restantes? Sim, é, mas tem os seus problemas, tal como os outros.

Antes de avançarmos para as falhas do novo BlazBlue, comecemos pelo que o jogo da Arc System Works faz bem. Os modos de treino são excelentes, tanto para novatos, como para peritos de BlazBlue. Existem três modos para praticarem: Training, Tutorial, e Challenge. Training é o modo de treino habitual, onde escolhem uma personagem e testam as suas habilidades. O Tutorial ensina as mecânicas básicas e avançadas de BlazBlue, e embora não seja essencial para peritos, será essencial para novatos. Por último, o modo Challenge, onde vão tentar cumprir desafios específicos para cada personagem. Os três modos em conjunto serão suficientes para ficarem confiantes com as mecânicas de jogo e as bases de cada personagem.

Como seria obrigatório, Central Fiction também inclui um modo Arcade, mas tem algo de diferente. Este modo está dividido em três arcos, com oito combates em cada, e no fim de cada arco vão observar uma sequência de vídeo específica para a personagem que escolheram. Gostámos desta estrutura, que tornou o modo Arcade mais interessante e oferece maior profundidade às personagens. Em alternativa existe também o modo de estória, que continua os eventos do jogo anterior, Chrono Phantasma.

Blazblue: Central FictionBlazblue: Central Fiction

A estória em si dura perto de 10 horas, e é provável que seja do agrado dos fãs da saga, sobretudo porque termina o arco Ragna. Já novatos podem ter maior dificuldade em compreender o que se passa e em apreciar a narrativa. Existe um glossário que podem consultar, mas será necessária muita dedicação para absorverem toda esta informação, sobretudo considerando que é um jogo de luta. Não existem muitas mudanças estruturais no modo de estória comparando com o que vimos em Chrono Phantasma, servindo-se de um estilo ao tipo de banda desenhada com batalhas intermédias. Uma nota apenas para ausência de vozes em inglês, o que obriga a ler imenso textos.

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Existem vários elementos que acrescentam valor e duração de jogo a Central Fiction. Grim of the Abyss é um modo com alguns elementos RPG, no sentido em que permite evoluir a personagem e equipar características especiais para enfrentar bosses. É um modo particularmente viciante, que pode ocupar-vos durante várias horas. Outro modo é Score Attack, onde devem obter a pontuação máxima, e ainda existe Speed Star, onde o grande adversário é precisamente o tempo. Isto tudo resume a experiência offline, que ainda inclui vários extras para desbloquearem, mas também existe um modo online que nos pareceu cumprir os requisitos básicos.

BlazBlue é uma maravilha para a vista, não tanto pela qualidade técnica, mas sobretudo pelo estilo que emprega. As 35 personagens jogáveis têm todas uma personalidade bem vincada, e beneficiam de excelente detalhe. O mesmo tem de ser referido dos efeitos visuais e dos cenários, tudo com um estilo de ilustração 2D soberbo. A experiência é ainda enriquecida pelos efeitos sonoros e pela banda sonora do compositor Daisuke Ishiwatari. Em termos técnicos há ainda que referir a rapidez dos carregamentos, um dado essencial em jogos de luta.

Falta falar das mecânicas de jogo. Como no antecessor, existem dois estilos para assimilarem: Technical e Stylish. Technical é o estilo de controlo base, e é o mais indicado para veteranos de jogos de luta ou jogadores que queiram explorar a profundidade de Central Fiction. Já o estilo Stylish foi desenhado para novatos, e permite executar vários movimentos com maior facilidade. É uma versão simplificada que pode ser útil durante as primeiras horas de jogo, mas aconselha-mos-vos a transitarem para Technical quando se sentirem confiantes.

O medidor Overdrive está também de regresso, embora agora indique quanto tempo o jogador tem de Overdrive, o que oferece maior profundidade tática. Também existem duas novidades: Active Flow e Exceed Accel. Active Flow é um bónus conferido a um jogador que prove ser agressivo durante o combate, enquanto que Exceed Accel é um novo ataque especial que só pode ser executado durante a transformação Overdrive.

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BlazBlue: Central Fiction tem alguns problemas menores, como a estória confusa e as muralhas de texto que impõe ao jogador, mas os fãs vão saber ultrapassar facilmente essas falhas. Se o fizerem serão premiados com uma experiência de combate soberba, ao nível de conteúdo, mecânicas de jogo, e espetáculo visual.

HQ
Blazblue: Central FictionBlazblue: Central FictionBlazblue: Central Fiction
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09 Gamereactor Portugal
9 / 10
+
Mecânicas de jogo profundas. Jogabilidade recompensadora. Modos de treino excelentes. Campanha de estória com qualidade. Muito conteúdo.
-
Modo de estória recorre imenso a texto e pode ser confuso para novatos. Não inclui vozes em inglês.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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