Não pela qualidade do jogo em si, que é boa, mas pelo facto da sua produtora, a Sega Studios Australia, estar a fechar portas. Este remake do clássico de plataformas dos anos 90 tem vários atrativos e tínhamos a esperança de que a produtora pudesse fazer o mesmo com outros títulos
Mas vamos ao que interessa. Esta versão de Castle of Illusion tem a mesma premissa que o original - é necessário recolher sete gemas espalhadas por vários mundos, incorporados no castelo da bruxa. Isto tudo para salvar a pobre Minnie, claro. Até os controlos são essencialmente os mesmos - o Mickey pode saltar na cabeça dos inimigos ou atirar-lhes maçãs.
A produtora adicionou novas secções em 3D, além da estrutura clássica de plataformas em 2D. O castelo em si é um ambiente tridimensional que pode ser explorado, com portas que só são desbloqueadas através das gemas. Quando estão nos mundos em si, a câmara varia entre as duas perspetivas, seja para efeitos teatrais, como virar um canto, ou para realçar alguns momentos durante as batalhas com os Bosses.
É uma forma interessante de injetar algo de novo na jogabilidade e dada a qualidade visual do jogo (os cenários estão incrivelmente detalhados, sem nunca distraírem demasiado da jogabilidade), é um dos poucos jogos que nos fazem ansiar por uma televisão 3D.
Problemas? Sim, existem uns quantos. Alguns dos níveis mais labirínticos (como o cenário coberto de açucar), podem resultar em momentos de frustração, enquanto tentam perceber onde está a saída. A materialização de inimigos também pode ser excessivamente repentina, praticamente impedindo qualquer tempo de reação. E além disso, é bastante curto. Acabámos o jogo em pouco mais do que duas horas, embora desbloqueiem um modo contra o tempo depois de o terminarem uma vez.
Mas mesmo considerando a sua duração, também é desafiante e detalhado, com muitos elementos escondidos no cenário. Castle of Illusion: Starring Mickey Mouse tem uma certa magia que se deve ao trabalho da produtora, e que gostaríamos de voltar a ver. Uma pena.